terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Geoge Steiner - Bons Professores

Pediram para dizer o que eu achava que era Um Bom Professor

Acho que mais e melhor que as minhas opiniões sobre o tema, que cada pessoa pode dar sobre uma profissão e o que consideramos boas práticas e bons desempenhos , é preferivel ler e ouvir quem realmente pensa e sabe do seu oficio.
Pelo que deixo aqui uma frase que encontrei de um grande professor que é muito respeitado por muitos professores. Professor George Steiner.

«Despertar noutro ser humano poderes e sonhos além dos seus; induzir nos outros um amor por aquilo que amamos; fazer do seu presente interior o seu futuro: eis uma tripla aventura como nenhuma outra.»

" A avaliação pode ser um poderoso meio de melhoria generalizada das práticas escolares e, consequentemente, das aprendizagens dos alunos. O problema é considerar-se que qualquer avaliação é, em si mesma, uma coisa boa, sem cuidar de perceber que ela não substitui o árduo e difícil trabalho pedagógico dos professores nem os esforços dos alunos para vencer problemas de aprendizagem. É preciso compreender que a avaliação, por si só, não resolve problema rigorosamente nenhum! Uma boa avaliação ajuda-nos a compreender melhor uma dada realidade e pode contribuir para a melhorar e para a transformar. Mas teremos sempre que reconhecer os seus limites e perceber a relevância da utilização que fazemos dos seus resultados. Receio que a avaliação se banalize no pior sentido e se transforme num mero procedimento de controlo burocrático-administrativo, em vez de um poderoso e exigente processo de regulação e de melhoria. E também receio que a avaliação e os avaliadores se tornem numa espécie de juízes, acima de qualquer suspeita e de qualquer escrutínio… Sem quaisquer limites."
Domingos Fernandes; Jornal "a Página" , ano 16, nº 170, Agosto/Setembro 2007, p. 35.

No Blog Matemática na Cidadela , no post "Ser Professor" da Professora Margarida Pinto Teixeira


Para quem não conhece a Editorial Gradiva tem uma coleção de livros de George Steiner. Deixo aqui três que me deixaram muito curioso na leitura deste escritor.



As Lições dos Mestres

Fundamentais no desenvolvimento da cultura ocidental, Sócrates e Jesus foram mestres carismáticos que não deixaram obra escrita nem fundaram escolas. Nas realizações dos seus discípulos, nas narrativas de paixão inspiradas pelas suas mortes, Steiner divisa as origens do vocabulário íntimo, dos reconhecimentos codificados de grande parte da nossa linguagem moral, filosófica e religiosa. Partindo de diversas tradições e campos do saber, o autor examina e desenvolve três temas subjacentes: o poder do mestre para explorar a dependência e vulnerabilidade do aluno; a ameaça de subversão e traição do mentor pelo seu pupilo; a troca recíproca de confiança e afecto, aprendizagem e instrução entre professor e discípulo.
Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham.

«A necessidade de transmitir conhecimento e competências, o desejo de os adquirir são constantes da natureza humana. Mestres e discípulos, ensino e aprendizagem deverão continuar a existir enquanto existirem sociedades. A vida tal como a conhecemos não poderia passar sem eles. Contudo, há mudanças importantes em curso. […] A computação, a teoria da informação e o acesso à mesma, a ubiquidade da Internet e da rede global envolvem muito mais do que uma revolução tecnológica. Implicam transformações de consciência, de hábitos de percepção e de expressão […] O impacto sobre o processo de aprendizagem é já capital. […] [Contudo] a aura carismática do professor inspirado, o romance da persona no acto pedagógico perdurarão certamente […] a sede de conhecimento, a necessidade profunda de compreender, estão inscritas no melhor dos homens e das mulheres. Tal como a vocação do professor. Não há ofício mais privilegiado.»


Os livros que não escrevi

Os temas tratados variam substancialmente e desafiam tabus convencionais: a experiência do sexo em línguas diferentes, as reivindicações do sionismo, um amor mais intenso pelos animais do que pelos seres humanos, o privilégio dispendioso do exílio, a teologia do vazio. Com uma honestidade desarmante, Steiner passa além da sua enorme erudição e da racionalidade pela racionalidade para nos mostrar «unicórnios no jardim da razão».

Uma percepção unificadora subjaz a diversidade de Os Livros Que Não Escrevi. O melhor que temos ou podemos produzir é apenas a ponta do icebergue. Por detrás de cada bom livro, como que recortado numa sombra iluminada, encontra-se o livro que ficou por escrever, aquele que teria fracassado melhor.

Provas e três parabolas
Um meticuloso revisor de provas italiano, membro do Partido Comunista, vê-se confrontado com duas crises simultâneas na sua vida: a perda da visão e a desintegração do comunismo na Europa de Leste. Estudiosos do Talmude discutem a reacção de Abraão ao pedido feito por Deus, de sacrifício do filho Isaac. Uma personagem selecciona momentos fulcrais da tradição cultural ocidental.
Neste conjunto de narrativas breves, George Steiner aborda temas que lhe são caros: o conflito entre possíveis sistemas de crença, a intensidade de pensamento e linguagem, a justiça humana posterior à queda de regimes despóticos. No final, deixa os leitores com um gesto de esperança
LN

2 comentários:

Asdrúbal de Sousa disse...

muito bem, e tua significação é a combinação?

Asdrúbal de Sousa disse...

acrescentamento: e já tiveste algum(a)?