quarta-feira, 6 de julho de 2011
Zero , 0 , Nada
Quanto vale a palavra de Pedro Passos Coelho?
Santana Castilho *
Sob a epígrafe “Confiança, Responsabilidade, Abertura”, o programa de Governo garante-nos que “… nada se fará sem que se firme um pacto de confiança entre o Governo e os portugueses … “ e assevera, logo de seguida, que desenvolverá connosco uma “relação adulta” (página 3 do dito).
Tentei perceber.
Com efeito, é difícil estabelecer um pacto de confiança com um Governo que não se conhece no momento em que se vota. Mas, Governo posto, o que quer isto dizer? E que outra relação, se não adulta, seria admissível? O que se seguiu foi violento, mas esclarecedor. Passos afirmou em campanha que era um disparate falar do confisco do subsídio de Natal? Afirmou! Passos garantiu que não subiria os impostos e que, se em rara hipótese o fizesse, taxaria o consumo e nunca o rendimento? Garantiu! Passos prometeu suspender o processo de avaliação do desempenho dos professores? Prometeu! Mal tomou posse, sem pudor, confiscou, taxou e continuou. O homem de uma só palavra mostrou ter várias. Ética política? Que é isso? Confiança? Para que serve isso? Relação adulta? Que quer isso dizer?
Não tinha que ser assim, julguei que não seria assim. Mas foi, fatalmente! Passos reconduziu-me a Torga que, se tivesse algum apreço pelos políticos, não se teria demarcado deles de modo tão eloquente: “ A política é para eles uma promoção e para mim uma aflição. E não há entendimento possível entre nós … Separa-nos um fosso da largura da verdade … Ouvir um político é ouvir um papagaio insincero.” Conhecíamos as divergências de Passos Coelho, relativamente a José Sócrates. Começamos agora a conhecer as convergências. Se a palavra de Sócrates já estava politicamente cotada, faz agora sentido perguntar: quanto vale a palavra de Pedro Passos Coelho?
O programa de Governo para a Educação está longe de constituir o plano coerente, arrojado e corajoso de que o país necessitava, para combater o estado de calamidade educativa a que chegamos. Retoma a retórica habitual enganosa: enuncia preambularmente princípios consensuais, para logo os anular através das respectivas medidas. A gasta autonomia e a estafada desconcentração estão lá. Mas não é preciso ser-se iluminado para perceber que, quanto à rede de escolas e gestão das mesmas, é mais controlo centralizado e mais concentração desumanizada e desertificante do interior do país. A suspensão do encerramento de algumas centenas de estabelecimentos não é ditada pela alteração de políticas. Justifica-a o atraso das obras em curso nos grandes centros educativos. Logo que concluídas, prosseguirá a transferência das crianças e a actividade da Parque Escolar, sobre a qual não há uma palavra.
A municipalização da Educação, para que o programa aponta, terá como consequência a feudalização educacional pelo caciquismo local. Quem esteve atento às recentes movimentações nos processos de escolha dos directores não pode deixar de ficar apreensivo. Não me espantará se, a breve trecho, a progressão na carreira docente e o próprio despedimento dos professores depender da decisão dos directores que, por sua vez, dependem dos Conselhos Gerais.
Até Sua Santidade a Troika é profanada no programa para a Educação. Ela manda diminuir o financiamento do ensino privado? O programa faz prever o seu aumento! Ela recomenda o reforço da Inspecção-Geral da Educação? O programa passa ao lado.
Claro que as direcções regionais e o cortejo de custos e prebendas que significam resistem à prudente via reformista.
A prova de acesso à docência é recuperada. Foi instituída por Maria de Lurdes Rodrigues, que, entretanto, não a pôs em prática. Estipula que, para se exercer actividade docente num estabelecimento de ensino público pré – escolar, básico ou secundário, não chega o grau académico de mestre. É preciso aprovação numa prova de avaliação de conhecimentos e competências. Recuperando-a, Nuno Crato vem dizer duas coisas: que não confia nas instituições de ensino superior que formam professores e que nós, portugueses, não devemos confiar no Estado. Com efeito, as universidades e os politécnicos, que formam professores, não são clandestinos. Foram reconhecidos pelo Estado como competentes para tal, através de uma agência externa, tão do agrado do ministro. Para operarem, têm que obedecer às exigências do Estado. O Estado fiscaliza-as e pode fechá-las, se deixar de lhes reconhecer qualidade. O Estado é, pois, tutor de todas. Mas, mais ainda, o Estado é dono da maioria. Neste quadro, esta prova de avaliação de conhecimentos e competências mostra que o Estado não confia em si próprio. E faz com que todos aqueles que pagaram propinas durante anos para obterem uma habilitação profissional, sublinho, profissional, se sintam agora enganados e deixem de confiar no Estado.
Nuno Crato lamentou o tempo que se perde com conflitos. Mas permite que continue o maior do sistema. Refiro-me ao processo pelo qual se avalia o desempenho dos docentes. Foi deplorável Pedro Passos Coelho ter dito que não revoga a avaliação do desempenho porque agora só tem três meses, quando, em Março, quando a propôs, tinha seis. Se isto fizesse algum sentido, que não faz (Passos Coelho sabe bem que não fala verdade), então devia tê-lo dito em campanha. E não disse. Mais: esqueceu-se de que, em Novembro de 2009, o PSD deu ao PS um mês para fazer a mesma coisa? Entretanto, entre o programa eleitoral do PSD e o programa do Governo, sumiram os princípios que deveriam nortear o futuro modelo. Dissimuladamente, como convinha!
* Professor do ensino superio
terça-feira, 5 de julho de 2011
Santana Castilho, sobre Passos Coelho e Educação
Bravo Santana Castilho!!!
Grande intervenção....
sábado, 18 de junho de 2011
O Passos ensandeceu!

terça-feira, 24 de agosto de 2010
Os miúdos que se lixem!!!
Este texto do Blog Aparelho de Estado do Expresso "Que se Lixem os miúdos" , está muito bem escrito, e não vale a pena eu acrescentar nada , pois é exactamente o que eu acho sobre este assunto.
o texto é de Alexandre Homem Cristo (que desconheço, é o primeiro texto que leio dele).
" Que se lixem os miúdos
Fechar 701 escolas do interior com base no seu número de alunos é prejudicar arbitrariamente milhares de crianças, as suas famílias e o desenvolvimento do país.
Quem não tiver memória curta lembrar-se-á das promessas de José Sócrates quando, nas campanhas para as legislativas de 2005 e 2009, insistia na necessidade de desenvolver o interior do país. Por isso, ordenou a construção de tantas novas estradas, as necessárias e as desnecessárias. Agora, com algumas estradas novas e com o encerramento de 701 escolas do tal interior do país que tínhamos de desenvolver, o abandono do interior será muito mais confortável para as famílias das crianças cujas escolas fecharam. Serviço público deve ser isto.
Dizem-nos que esta medida de encerrar 701 escolas permitirá cortar na despesa pública enquanto melhorará as condições de ensino. Vejamos estes dois pontos.
I. Cortar na despesa é, como nos foi dito repetidamente, uma prioridade do Governo. De tal modo que a despesa pública, que é tão prioritário diminuir que até se fecham escolas, aumentou em 6%. As prioridades são mesmo assim: o que tem de ser tem muita força. E desenganem-se aqueles que, plenos de má-fé, julgam existir aqui uma contradição: a culpa é da crise internacional, como se sabe.
Ora, os milhões que serão poupados - ninguém no Ministério da Educação se dignou a expor os números - valem isto? Valem a queda da qualidade de vida destas famílias, a desertificação do interior do país e o provável prejudicar do desempenho escolar dos alunos? Não valem, nem este Governo tem legitimidade para afirmar o contrário. Mas acontece que a própria questão é ilegítima: a Educação dos nossos jovens que habitam nas zonas mais interiores do país não pode estar dependente do seu custo. Um Governo que não o entende é um Governo que hipoteca o futuro do seu país.
II. Não se percebe - e ninguém no ME explicou - como é que esta medida favorece os alunos. Sobretudo, não se percebe - e ninguém do ME explicou - por que razão estudar em escolas pequenas prejudica os alunos das povoações mais pequenas. Haverá algum estudo? Serão conhecidos os resultados do projecto Escolas Rurais, por exemplo? Não, nada disso. É uma convicção. O que parece ser mais do que o suficiente para se alterar radicalmente a vida de milhares de famílias portuguesas.
Sobressai, mais uma vez, a incontornável característica dominante da política educativa dos Governos de Sócrates: já não se pensa a Educação de acordo com a sua função, i.e. o verdadeiro interesse das crianças, cujo futuro depende de uma formação exigente e de qualidade. Para Sócrates, a Educação é um veículo para a modernidade, seja lá o que isso for. E, no fundo, se a modernidade não for compatível com o país, que se lixem os miúdos. "
AFINAL , sempre quero acrescentar algo a este texto , um pouco mais forte.
"OS miudos que se fo..." ,
prontos não sou capaz de escrever assim palavrões tão feios aqui no Blog,
mas é o único comentário que me veio à cabeça.
LN
segunda-feira, 19 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Já sabiam? Did you Know?
Roubei do Blog "Porta para o desconhecido" - http://sol.sapo.pt/blogs/oidotsuc/
Vale a pena ver
LN
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Kit Educação Sexual nas Escolas
Educação sexual nas escolas: conheça o Kit
Embora seja um assunto polémico, a verdade é que a partir do próximo ano lectivo vão arrancar- obrigatoriamente nas escolas portuguesas - as aulas de educação sexual. O material educativo é fornecido às escolas pela Associação para o Planeamento da Família (APF).
E isto choca os Papás...
e estes senhores
Plataforma Resistência Nacional - Blog http://www.plataforma-rn.org/site/index.php
LN
E o Povo Revoltado... vai para a Rua ...
Uma noticia do outro mundo, que saiu ontem no Correio da Manhã...
Educação sexual causa polémica
Associação de pais chocada com conteúdo de kits. Queixa enviada ao Ministério da Educação diz que materiais “incentivam a masturbação, promovem a promiscuidade e as práticas homossexuais”
Outra noticia do CM da revolta
Governo admite adiar portagens
"O POVO TEM DE SAIR À RUA"
"O povo tem de sair à rua e lutar contra as portagens", disse o automobilista Vítor Martins. Este foi um dos muitos gritos de revolta ouvidos ontem no ‘buzinão’ na rotunda da AEP, no Porto, que dá acesso à A28, uma das vias com troços portajados.
No Jornal i a noticia com um video sobre Educação Sexual
Educação Sexual. Escolas públicas adoptam manuais polémicos - vídeo
LN
segunda-feira, 24 de maio de 2010
comentário ao artigo de Guilherme Valente
Luis Neves disse...
Li mais uma vez as opiniões de Guilherme Valente neste texto sobre o "Eduquês" e mais uma vez fico com a convicção que este grupo de intelectuais e universitários criaram um conceito o Eduquês que não tem qualquer conteúdo prático, não tem qualquer sustentação em fundamentos, e que consequentemente não pode ser rebatido. Em linguagem matemática poderia ser classificado como um conjunto de ideias vazias. Não têm sentido muitos dos argumentos apresentados por Guilherme Valente.
Pior que isso , deixa qualquer pessoa sem ter vontade de fazer uma réplica, pois simplesmente ninguém entende aquele discurso radical contra tudo o que se faz na Escola Pública.
Na minha opinião o discurso e a forma só são comparáveis em Portugal ao sr.Alberto João Jardim, Presidente da Madeira. Assim ninguém vai ligar ao que o senhor diz.
Faço um Resumo do que aqui escreveu o Guilherme Valente, e que me deixa perplexo, e do qual não consigo tirar conclusões nenhumas.
Ao que parece não está interessado em definir o que será isso do "Eduquês";
"Porém, em breve também nisso irá concordar connosco: na forma, no grau, na generalização como se manifesta, a indisciplina é um produto do eduquês. É mesmo um instrumento ao serviço do seu projecto insensato."
Mas isto mais parece aquelas conspirações de extra-terrestres, isto escrito assim parece o argumento de um filme de ficção científica!
"A «causa eficiente» é a desvalorização do papel do professor, a sua desautorização, o seu desprestígio aos olhos dos alunos, dos pais e da sociedade, perpretados pelo Ministério e os seus «especialistas» Tudo ligado à desvalorização relativista do conhecimento e da sua transmissão, ao facilitismo,"
Isto dito assim, sem dizer como, onde, quem, porquê, não quer dizer absolutamente nada!
"Não se aproveita nada? Não, não se aproveita nada. Quando não se consegue o mínimo, é preciso varrer tudo."
Assim não dá para se ter uma discussão com ninguém, a sério ... Assim ninguém o vai levar a sério...
"Tenho procurado explicar a natureza do eduquês, a essência do problema da educação em Portugal. Natureza que por ser impensável poucos compreenderam. E o eduquês pôde, assim, ocupar o sistema educativo, dominar as escolas de formação de professores, impor a ideologia e as teorias educativas que têm impedido a construção da escola que é imperativa para o progresso do País. Quando acabará o delírio ou a insensatez? Quem pára a besta? "
Pois é verdade que se calhar poucos a compreendem , e talvez o problema será, quem sabe , da vossa teoria sobre o "Eduquês". Não parta do principio que todos os outros é que são ignorantes e os senhores é que são os detentores do saber absoluto.
Luis Neves
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Controvérsia com Guilherme Valente e com o Doutor Fiolhais
Destaco da caixa de comentários ao post relativo ao programa "Plano Inclinado" com Guilherme Valente o seguinte do leitor Luís Neves:
"(...) Só um País subdesenvolvido como o nosso pode ter como Professores universitários consagrados pessoas como o sr. Medina Carreira, sr. Nuno Crato, e este inenarrável sr. Guilherme.
Dar crédito a qualquer uma das ideias deste trio de aposentados da razão, seria certamente o aniquilar de qualquer ideia de Futuro para Portugal e Abandonar a ideia de Escola Pública moderna.
Venha antes o Doutor Salazar ou Prof. Marcelo Caetano...
chiça... (...)"
E a resposta de Guilherme Valente:
"O meu Pai morreu quando eu tinha oito anos. Era advogado. A minha Mãe contava-me que quando era preso pela PIDE o tratavam por Sr. Valente, retirando o Dr., cujo uso era costume. Essa tentativa odiosa de humilhação ficou gravada a fogo na minha memória.
O meu nome é Guilherme Valente. Apenas. E um homem vale o que valerem os seus argumentos."
Luís Neves que trata o editor da Gradiva por "sr. Guilherme" e o ex-presidente do conselho por "Doutor Salazar" é, ele próprio o confessa, um saudosista do Estado Novo. Hoje, porque há liberdade de expressão, pode dizer o que quiser, o que não acontecia antigamente. Mas convém realçar uma diferença importante entre os esbirros da PIDE e os saudosos dela: os primeiros tinham um rosto, os segundos nem isso.
É lamentável que o Professor Carlos Fiolhais se referira assim a mim.
Não tenho a menor intenção em intervir numa discussão deste tipo. Não fazem qualquer sentido este tipo de insinuações.
Deixo aqui a Resposta que dei a este tipo de acusações que me foram dirigidas...
" Luis disse...
Quero lembrar ao Carlos Fiolhais e aos restantes comentadores do Rerum Natura, a forma como o Guilherme Valente (espero que esta forma de o tratar seja a que ele prefira) se refere neste Programa de TV a todos (Todos os que trabalham na área do Ensino e Educação em Portugal)
1º Compara o trabalho de dezenas de milhares de Professores e Educadores na formação dos nossos jovens às ideias Nazis.
2º Apelida quem acredita nas ciências da educação e as aplica nas suas Escolas como complemento e ferramenta de Ensino, foram apelidados como "Idiotas úteis"
Este programa de TV tem um público de milhares de pessoas! as pessoas que têm opiniões que são tão radicais e são tão infundadas não podem livremente estar a insultar livremente o trabalho de milhares de pessoas , assim como quem se refere a assassinos Nazis.
Não pode! é imoral!
EU SIGO há muito este Blog RERUM NATURA, tenho uma enorme admiração pelo Prof. Carlos Fiolhais e nunca percebi que neste espaço seguissem esta linha de pensamento. Que é muito pouco edificante . Porque assim não se constroi nada. É apenas um exercicio de retórica e de vaidade pessoal e de querer ser original à força.
O ano passado fui assistir na Gulbenkian a uma conferência sobre o Ensino da Matemática em que Participou o Prof. Carlos Fiolhais, texto que foi recentemente postado no Rerum Natura. Eu copiei o Texto e também o publiquei no meu Blog.
Nessa conferência tive a oportunidade de ouvir o Prof. Nuno Crato em frente a centenas de Professores de Matemática , e tive a esperança que talvez ele nesse dia conseguisse finalmente explicar o que era isso de o "Eduquês". Mas o que é verdade é que os senhores falam muito nessa palavra , mas no fundo não sabem muito bem explicar o que ela quer dizer.
Quanto ao comentário do Prof. Fiolhais de eu ser adepto ou simpatizante de Salazar ou da PIDE , isso são coisas sem qualquer sentido. Não vale a pena estar a comentar coisas que não têm nada a ver comigo nem com as minhas ideias. Acho que o Blog "Rerum Natura" é um excelente Blog de Ciência, e vou continuar a ler e seguir, e dou os Parabêns a todos os autores. Não acho que este Blog sirva este tipo de discussão, e de defesa da honra dos amigos.
Eu não pretendi ofender ou menorizar os senhores que participaram nesse referido programa. Pretendi apenas expressar a minha opinião extremamente negativa sobre o que os senhores Doutores disseram no referido programa."
Luis Neves
terça-feira, 4 de maio de 2010
Conversas da Treta - O "Plano Inclinado" da SIC
PLANO INCLINADO - Programa da SIC
No último sábado com Guilherme Valente , este senhor é o director da Editora da Gradiva.
O Programa era sobre Educação.
Vi um pouco do programa aqui no Blog De Rerum Natura
E deixei o seguinte comentário.
"Inacreditavel o Rerum Natura dar importancia a este tipo de discurso contra tudo o que se faz em Educação neste País, feito por estes três senhores.
Só um País subdesenvolvido como o nosso pode ter como Professores universitários consagrados pessoas como o sr. Medina Carreira, sr. Nuno Crato, e este inenarrável sr. Guilherme.
Dar crédito a qualquer uma das ideias deste trio de aposentados da razão, seria certamente o aniquilar de qualquer ideia de Futuro para Portugal e Abandonar a ideia de Escola Pública moderna.
Venha antes o Doutor Salazar ou Prof. Marcelo Caetano...
chiça...
Deviam era apagar este Post, para não estarem a patrocinar este tipo de demagogos de sofá..."
Realmente nunca vi um programa tão fraco , com gente com tanto prestigio.
Para ouvir a conversa da treta destes senhores , dr. N.Crato , Prof. Medina Carreira, e sr. Guilherme Valente, mais vale mesmo ver os diálogos do António Feio e José Pedro Gomes em "A Treta continua".
Luis Neves
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
1000 - Milésimo POST do Sobretudo & Parca de Verão
Parece impossivel mas já fizemos 1000 Post aqui no Blog Sobretudo & Parca
É de ficar sem palavras depois de tanto Post...
É claro que o Asdrubal ainda não escreve muito, porque só escreve uma frase de cada vez, e muitas vezes numa linguagem muito própria e dificil de decifrar... acho que há ali algum código dentro das frases que o Asdrúbal mete no Blog... Enfim um estilo muito próprio....
Eu tento colocar aqui no Blog algumas coisas que encontro noutros Blogues que gosto muito. E acho que o melhor que se encontra aqui no Blog são esses retalhos dos outros Blogues que eu trago para os mostrar aqui.
Por isso a melhor forma de comemorar o Post número 1000 do Blog é homenagear esses Blogues que têm alimentado e ajudado a que este Blog tenha textos de opinião , poesia , noticias , imagens, que têm uma qualidade muito grande.
A melhor forma de os homenagear é roubar mais uma vez as vossas "coisas boas" e dizer que nós somos grandes admiradores dos vossos Blogues. (E também sou 1 ladrão descarado).
WEBCLUB (da wind)
nasceu com um sim.
Uma molécula disse sim a outra molécula
e nasceu a vida...."
Clarice Lispector
2 Dezembro 2009
CANTIGUEIRO (do Samuel)
Há "males" que vêm por bem
Os “homossexuais nunca entrarão no reino dos céus”! Pelo menos é o que afirma o cardeal Javier Lozano Barragan, ex-presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral no Campo da Saúde. Também afirma que “a SIDA é uma patologia do espírito”… entre outras afirmações.
Para uma boa parte dos homossexuais, assim como para a grande maioria dos habitantes do planeta, ser “proibido” de ir para o paraíso dos católicos é tão grave como ser impedido de caçar gambozinos, ou exercer qualquer outra actividade igualmente fantástica. Mesmo assim, nunca é um espectáculo bonito ver estes “seres” que misteriosamente a Igreja Católica escolhe para seus dirigentes, comportarem-se desta maneira abjecta para com os seus semelhantes.
Passado o primeiro choque, a primeira irritação, a ofensa da discriminação e do estigma, a verdade é que os homossexuais, mesmo os católicos, devem ficar satisfeitos. Pelo menos, muitos dos homossexuais que conheço, que ao longo de séculos têm dado à humanidade algumas das coisas mais belas do seu património e mesmo os outros, que anonimamente, apenas tentam ser felizes, não merecem realmente ir para um “paraíso” onde se arriscariam, diariamente, a ter encontros com bestas do calibre deste cardeal Javier Lozano Barragan.
Parafraseando um certo partido português, “Sim, outro paraíso é possível!”
4 Dezembro 2009
De RERUM NATURA (Carlos Fiolhais e outros)
INOVAÇÃO
Há palavras tão gastas que perdem o seu significado. Uma delas é inovação. Parece que basta mudar para progredir. Mas há mudanças boas e mudanças más. Ou será que todas as inovações são boas?
Ontem à tarde estive numa reunião de discussão de programas de ensino. Um dos oradores explicava as suas ideias e repetia de minuto a minuto: «é um programa diferente», «é um programa inovador», «é um programa diferente», «é um programa inovador», «é diferente», «é inovador»...
Disse-o tantas vezes que um dos professores na sala o interrompeu e perguntou «Já percebemos que é diferente. Mas é melhor?» O orador ficou encavacado. Encavacadíssimo. Como se nunca tivesse pensado nesse problema insólito. Balbuciou umas justificações e passou à frente.
Hoje de manhã passei pela Rotunda da Boavista, no Porto, e fui surpreendido com um anúncio de uma escola de línguas. Uma larga faixa estendida no edifício afirmava, orgulhosa: «Aqui não há computadores»!
Curioso! Como se pode ter orgulho em não seguir a moda das novas tecnologias?! Lembrei-me de um laboratório de línguas que existiu durante uns tempos no meu liceu. Tínhamos de falar para um gravador, com uns auscultadores na cabeça, e ouvir a nossa própria voz, para depois corrigir a pronúncia. Na altura aprendia-se francês.
Foi um fracasso, porque se exagerou. Ninguém tinha paciência para ficar muito tempo sozinho às voltas com uns auscultadores e uns microfones. Ao fim de pouco tempo regressámos por completo ao ensino presencial, com uma professora, com diálogos, com leituras, com ditados, com redacções.
Está-se hoje a passar por uma fase semelhante. Há vantagens imensas no uso dos computadores, mas as novas tecnologias têm um papel que não deve ser exagerado. O filósofo pós-moderno Lyotard afirmou, triunfante, que os computadores iam acabar com o trabalho dos professores. Alguns filósofos, sobretudo dessa corrente delirantemente desligada do mundo, dizem qualquer coisa para serem inovadores. Felizmente, a realidade desmente-os. E na Boavista há uma escola que está orgulhosa de ter professores. Daqueles vivos, de carne e osso.
Encontrei depois um amigo e conversámos um pouco. Lembrei-me de um dos segredos da Nokia: os transformadores têm quase todos a mesma saída, de forma que um carregador de um telemóvel serve em outro da mesma marca. É uma ideia positiva. Inovar nos carregadores de telemóvel de cada vez que sai um modelo novo é um hábito desagradável de outros fabricantes.
Mas o meu amigo é filósofo. Retorquiu-me: «Sabes... quando a Nokia decide não inovar, está a ser inovadora.»
Palavras, palavras, palavras!"
Nuno Crato (in Expresso Online, adaptado pelo autor)
1 Dezembro 2009
TEMPO de TEIA ( 3za)
OH tempo!...
... não olhes assim para mim que até parece que me vais devorar!
Como? Não és o tempo?


28 Novembro 2009
O CHEIRO DA ILHA (da Maria)
Porque gosto tanto...
26 Novembro 2009
NADIR (Nadir)
Américo Rodrigues - Presépios
Porque é Natal...
3 Dezembro 2009
Obrigado a todos estes Blogueres Portugueses, e que às vezes faço meus convidados participantes sem eles saberem...
Luis Neves
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Falta de Classe

" Perdoem hoje o estilo. A prosa sairá desarticulada, quais dardos soltos. Este artigo é, conscientemente, feito de frases curtas. Cada leitor, se quiser, desenvolverá as que escolher. Meu objectivo? Manter a sanidade mental. Escorar a coluna vertebral. Resistir. Este artigo é também uma reconfirmação de alistamento na ala dos que não trocam os princípios de uma luta pelo pragmatismo de um lance. Porque amo a verdade e a dignidade profissional como os recém-chegados ao mundo amam o bater do coração das mães. Porque não esqueço os que nenhum lance poderá já compensar. Porque com a partida prematura deles perderam-se pedaços da Escola que defendo. Porque pensar em todos é a melhor forma de pensar em cada um.
A avaliação do desempenho é algo distinto da classificação do desempenho. A avaliação do desempenho visa melhorar o desempenho. A classificação do desempenho visa seriar os profissionais. Burocratas que morreram aos 30 mas só serão enterrados aos 70 tornaram maior uma coisa menor. Quiseram reduzir realidades díspares à unicidade de fichas imbecis. Tiveram a veleidade Kafkiana de particularizar em 150.000 interpretações individuais os objectivos de uma organização comum a todos. Convenceram a populaça de que se mede o intangível da mesma forma que se pesam caras de bacalhau. Chefiou-os uma ministra carrancuda, que teve o mérito de unir a classe. Chefia-os agora uma ministra sorridente, que já se pode orgulhar de dividir a classe. Porque, afinal, custa, mas não há classe. Há jogos! De cintura. De bastidores. De vários interesses. Parlamentares, sindicalistas, carreiristas e pragmatistas ajudaram á Babel. Da sua verve jorra a água morna de Laudicéia, a que dá vómitos.
Alçada derreteu o implacável Mário Nogueira que, em socorro da inexperiência da ministra, veio, magnânime, desculpar-lhe as gafes. E, cristãmente, entendeu agora, de jeito caridoso, que não seja suspenso o primeiro ciclo avaliativo. Esqueceu duas coisas: o que reclamou antes e que ciclos avaliativos são falácias de anterior ministra. Ciclos avaliativos, Simplex I, Simplex II e o último expediente (no caso, um comunicado à imprensa, pasme-se) para dizer às escolas que não prossigam com o que a lei estabelece são curiosos comandos administrativos.
Uma lei má, iníqua, de resultados pedagogicamente criminosos, devia ter morrido às mãos do parlamento. Por imperativo da decência, por precaução dos lesados, por imposição das promessas de todos. Quanto à remoção das mágoas, meu caro Mário Nogueira, absolutamente de acordo. Depois de responsabilizar os que magoaram. Depois de perguntar aos magoados se perdoam. Por mim, cuja lei foi sempre estar contra leis injustas, a simples caridade cristã não remove mágoas. Não sei perdoar assim, certamente por falta de céu.
Agora, porque sou amigo de Platão mas mais amigo da verdade, duas linhas para Aguiar Branco. Gostei de o ouvir dizer, a meu lado e a seu convite, que a avaliação do desempenho era para suspender. Mas não justifique a capitulação com a semântica. Poupe-me à semântica, porque a semântica não o salva. Enterra-o. Suspender é interromper algo, temporária ou definitivamente. É proibir algo durante algum tempo ou indefinidamente. Substituir é colocar algo em lugar de. Não só não tinha como não terá seja o que for, em 30 dias, para colocar em lugar de. Sabe disso. Bem diferente, semanticamente. Mas ainda mais importante nos resultados. O Bloco Central reanimou-se nas catacumbas e o PS agradeceu ao PSD o salvar da face. Mas os professores voltaram a afastar-se do PSD, apesar do arrependimento patético de Pedro Duarte. E, assim, o PSD falha a vida!
Um olhar aos despojos. Reverbera-se a falta de capacidade de muitos avaliadores para avaliar, mas homologam-se os “Muito Bom” e “Excelente”, que significam mais 1 ou 2 pontos em concurso. Os direitos mal adquiridos de alguns valeram mais que os direitos bem adquiridos de muitos (como resolverão, a propósito, os direitos adquiridos dos “titulares” que, dizem, vão extinguir?). Porque toca a todos, muitos “titulares” que não tinham vagas de “titulares” em escolas que preferiam, foram ultrapassados em concurso por outros de menor graduação profissional, que agora lá estão, em almejados lugares de quadro. Ao mérito, há muito cilindrado, junta-se uma palhaçada final, em nome do pragmatismo. Muitos dos que foram calcados recordam agora que negociar é ceder. Mas esquecem que os princípios e a dignidade são inegociáveis, sendo isso que está em jogo. Um modelo de avaliação iníquo, tecnicamente execrável e humanamente desprezível, que não lhes foi aplicado ao longo de um processo, é agora aceite, em nome do pragmatismo, para não humilhar, uma vez, quem os humilhou anos seguidos.
Sócrates, que se disse animal feroz, vai despindo a pele. Mas não nos esqueçamos da resposta de um dos sete sábios da Grécia, quando interrogado sobre o mais perigoso dos animais ferozes. Respondeu assim: dos bravos, o tirano. Dos mansos, o adulador.
Vão seguir-se meses de negociações sobre o estatuto. O défice, que levou à divisão da carreira e às quotas, agravou-se. Se a desilusão for do tamanho da ilusão, tranquilizem-se porque a FENPROF ficará de fora, como convém, e a FNE poderá assinar um acordo com o Ministério da Educação, como não seria a primeira vez. Voltaremos então ao princípio. O que é importante continuará à espera. Mas guardaremos boas recordações de duas marchas nunca vistas."
bem dito!
LN
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Ensino de Matemática

quinta-feira, 5 de novembro de 2009
PM e GOV
Santana Castilho considera modelo "medíocre e humanamente desprezível"
"O professor universitário Santana Castilho defendeu hoje a suspensão imediata do modelo de avaliação dos professores, que considerou "medíocre e humanamente desprezível", pelo que só pode ter como destino "o caixote do lixo"."
Faço minhas as palavras do Prof. Castilho , mas neste caso para o próprio Primeiro-Ministro e o seu Governo:
"medíocre e humanamente desprezível",
pelo que só pode ter como destino "o caixote do lixo"
LN
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
E depois do adeus
Finalmente foi-se embora a bruxa
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
O Dia das Bruxas
Finalmente que te foste!!!
ao fim de 4 anos, no Ministerio da Deseducação...
Uff!!!! Já se consegue respirar melhor...
Agora que a sr. Lurdes acabou a sua ocupação como Ministra, aqui vai uma boa dica para si;
Pode ir animar as Festas de Halloween!
As bruxas têm sempre uma grande procura nesta altura do ano.
LN
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Petição "Contra os armazens de crianças"
Para os pais trabalharem como cães a ministra apresenta como solução escolas abertas das 7:30 da manhã às 7:30 da noite. Este é o mundo das crianças hiperactivas, anti-sociais, problemáticas.
O nosso é outro: salas com poucos alunos, professores motivados, tempo, muito tempo para brincar nas escolas do 1º ciclo que devem ter espaços amplos de recreio e muitas horas livres de
brincadeira e não de falsa formação.
Não queremos escolas públicas onde não se aprenda música mas "expressão" musical , não se aprenda matemática mas a ligar o Magalhães, não se aprenda português mas se tenha promovido o ensino de inglês.
Não queremos uma escola que retira importantes áreas curriculares que deveriam ser universais, "impondo-as facultativamente", empacotadas e baratas (mal pagas) ao final do dia, ou intercaladas no currículo de forma desarticulada.
Numa sobrecarga que por vezes não termina nas dez ou doze horas de presença na escola e ainda se prolonga por intermináveis trabalhos para casa!
Para assinar a Petição ver o Site,
http://www.petitiononline.com/pdcb2008/
Eu já assinei!
LN
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Opinião de Santana Castilho

Foi buscar ao Blog Partilha do Saber , de um professor de Braga (Prof. Bértolo).
Porque o jornal Público, não permite ver artigos on-line, só para assinantes.