TEAR
Não que seja a madrugada
preâmbulo do dia
tampouco réquiem ou epitáfio
de amor inacabado
mas um tempo que se arrasta
como se caminhassem
os ponteiros
ao avesso
não que sejas a razão da
minha insônia
ou que palpite o coração
ensandecido
à qualquer tênue recordação
de ti
(tenho-as tantas)
apenas fazes-me falta
e entornas essa tua ausência
imensamente calma
entre a cama e a janela
sobre o poema
onde desfio fio a fio a madrugada.
Márcia Maia
Tem um Blog bem interessante, Itenerário
Li no Blog Webclub
LN
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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