Torres Couto afirma que estamos perante um «péssimo acordo»
O último líder da UGT a negociar com o FMI disse, no Fórum TSF, esta manhã, que Portugal precisa de «um sobressalto cívico e ético» porque o acordo entre o Governo e a "troika" é «péssimo» para os portugueses.
Torres Couto antecipou anos muito difíceis, sublinhando que este acordo vai «acabar com a classe média, impedir que a procura interna tenha qualquer contributo para a recuperação da crise e aponta para dois anos de recessão económica que, por conseguinte, vão agravar o desemprego».
«Vamos ter uma agitação social brutal. Como é que é possível vir alguém, primeiro-ministro, sublinhar a validade ou a importância deste acordo? Este acordo é mau, preocupante e vai atirar o país para um situação de empobrecimento total», acrescentou.
Por isso, o antigo secretário-geral da UGT acusou o Governo de manipular a opinião pública quando garante que este é um «bom acordo», dando exemplos de algumas consequências desta ajuda externa.
«Vão agravar os impostos sobre as casas, as pessoas vão pagar uma factura energética maior. A partir de Janeiro vamos ter, possivelmente, idosos que vão morrer com problemas de saúde porque não vão ter dinheiro para aquecer a sua casa. Como é que é possível dizermos que este acordo é bom? Isto é patético e os portugueses têm que acordar», declarou.
Ouvir na TSF - CliKar AQUI
Muito Bem !!!! Quem diria o Torres Couto a por o dedo na ferida!!!!
Mostrar mensagens com a etiqueta 25 Abril. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 25 Abril. Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, 4 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
25 Abril no Meco
Programa da TSF - Fim da rua
Fim da Rua: Aldeia do Meco, praia conquista de Abril
Um homem montado num tractor avisa que o nudismo foi uma conquista de Abril na Aldeia do Meco. Mais à frente, Domingos dos Petiscos diz que a fama da praia supera o brilho de Lisboa. Os repórteres Nuno Amaral e Mésicles Helin apanharam também a textura de sons debaixo de uma barreira de flores em aldeia de irmãos.
NO CAFÉ da rua principal da Aldeia de Irmãos , na estrada para Azeitão,
Precisamos de Um outro tempoUma outra Revolução, um Outro 25 de Abril, ....
Temos de ir inventar uma música nova, Uma nova Grandola ...
Fim da Rua: Aldeia do Meco, praia conquista de Abril
Um homem montado num tractor avisa que o nudismo foi uma conquista de Abril na Aldeia do Meco. Mais à frente, Domingos dos Petiscos diz que a fama da praia supera o brilho de Lisboa. Os repórteres Nuno Amaral e Mésicles Helin apanharam também a textura de sons debaixo de uma barreira de flores em aldeia de irmãos.
NO CAFÉ da rua principal da Aldeia de Irmãos , na estrada para Azeitão,
Precisamos de Um outro tempoUma outra Revolução, um Outro 25 de Abril, ....
Temos de ir inventar uma música nova, Uma nova Grandola ...
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Revolucionário, poema
O Revolucionário
Aquele que na hora da vitória
Respeitou o vencido
Aquele que deu tudo e não pediu a paga
Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com sua ignorância ou vício
Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
Sophia de Mello Breyner Andresen

No Livro "Salgueiro Maia , Um homem da Liberdade",
António de Sousa Duarte
Etiquetas:
25 Abril,
Leituras,
Literatura,
Poesia
segunda-feira, 25 de abril de 2011
25 Abril 2011
Artigo de Frei Bento Domingos , Jornal "Público"
"Em Portugal, e não só, todas as noticias da Quaresma foram motivadas pelos efeitos do capitalismo selvagem, especulativo, sem regras, abrigado nos paraísos fiscais, mergulhando os pobres no desespero.
Perante o império do dinheiro, da corrupção e da imprevidência que semeiam a morte, a mensagem da Páscoa deste ano deve servir para convocar a energia de toda a gente de boa vontade para que não haja indigentes entre nós. Esta seria uma Santa Páscoa!"
24 /04/2011
"Em Portugal, e não só, todas as noticias da Quaresma foram motivadas pelos efeitos do capitalismo selvagem, especulativo, sem regras, abrigado nos paraísos fiscais, mergulhando os pobres no desespero.
Perante o império do dinheiro, da corrupção e da imprevidência que semeiam a morte, a mensagem da Páscoa deste ano deve servir para convocar a energia de toda a gente de boa vontade para que não haja indigentes entre nós. Esta seria uma Santa Páscoa!"
24 /04/2011
25 Abril , Dia da Liberdade

Slogans de Vespeira
"A Arte Fascista faz mal à vista"
"Não guardes para amanhã o amor que podes fazer hoje"
Este cartaz também aparecia como emblema e autocolante com as inscrições
"Flor - Liberdade / Fruto - Democracia / Semente - Socialismo"

Os Prisioneiros e as cadeias políticas, e a tortura no Regime do Estado Novo.
"Desenhado por Henrique Cayatte, o projecto pretende fazer justiça às vitimas da repressão que , através da sua coragem e resistência , contribuiram para que o 25 de Abril se tornasse realidade, revelando as condições a que milhares de homens e mulheres foram submetidos durante o Estado Novo.
Porque é preciso não esquecer."
Na revista "Agenda Cultural de Lisboa", Abril 2011
Exposição na antiga cadeia do Aljube, Lisboa.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Polémicas com o "De Rerum Natura"
Caro Sr. Eugénio Lisboa.
Por mais importante que o senhor seja para a Cultura e no meio universitário português , eu e julgo que milhões de outros cidadãos portugueses, desconhecemos a sua obra e o que faz.
Eu ao contrário do que o senhor faz com o recém falecido Saramago , não pretendo vir para a imprensa ou para um blog criticar o sr. Eugénio Lisboa quando o senhor morrer. Por uma questão de Educação e Respeito por as pessoas que lhe são próximas e o ademiram.
Se o quissesse criticar fálo-ia agora, sabendo que me pode insultar à sua vontade. Que lhe faça bom proveito.
Eu não o critico porque não o conheço e logo não tenho razões para o fazer.
Em termos políticos , o que escreve em relação à minha pessoa, não tem nada de acertado, considero que o que escreveu é de um primarismo básico anti-comunista.
Cada pessoa escolhe os seus modelos que mais o marcam, e têm as opções políticas que querem, é isso a Liberdade política que nos trouxe o 25 de Abril, a revolução que derrubou a ditadura fascista.
Há que respeitar quem tem opiniões diferentes das minhas, e que têm uma certa nostalgia pelo tempo da outra senhora. há quem prefira o Anónio Ferro, o próprio lá saberá porque razões tem essa admiração por esse homem do Estado Novo.
Já agora, que o presidente da cidade do Porto, o sr. Rui Rio se lembre também desta; uma Rua António Ferro que se cruze com a Rua Eugénio Lisboa na cidade do Porto, que desemboque na Praça Eng. Silva País , famoso director da Pide-DGS.
Cumprimentos, Luis Neves
NO BLOG RERUM NATURA ,
saiu o seguinte texto que se refere a mim, de forma muito pouco edificante , pelo que tive que lhes enviar uma resposta.
Ter ou não ter estado na Fonte Luminosa
“O Sr. Luís Neves tem todo o direito de não saber quem sou do mesmo modo que eu não sei quem ele é. Só sei o que dizem as palavras que ele escreve. E o que essas dizem é que lhe fazem muita impressão as pessoas que se associaram a Mário Soares na Fonte Luminosa para travarem a vinda para Portugal dos Torquemadas que vinham substituir os do Estado Novo. Cada um gosta do que gosta. Não vou perder tempo - nem seria elegante - a inventariar aqui os meus conhecidos créditos anti-fascistas. Mas é importante esclarecer uma coisa: para mim, mas não para o Sr. Neves, todas as perseguições ao pensamento livre são igualmente más. Nessa medida, Saramago era tão mau ou pior do que António Ferro - porque este, mau como era, ainda tinha aquele teor de má consciência que o levava a tentar dialogar com os adversários. Saramago pertencia ao grupo dos energúmenos de boa consciência - podia demitir, punir e castigar porque tinha a "história" a seu favor... Quanto à Fonte Luminosa, não estive lá porque não vivia em Portugal. Não tenho portanto a honra de poder dizer aos meus netos:"Eu estive lá". O outro prazer teria sido o de ter estado lá e não ter visto o Sr. Neves. Não se pode ter tudo...
Eugénio Lisboa”
P.S.: “Esta de se não poder criticar a conduta de Saramago, só porque ele morreu - é de cabo de esquadra. Por esta via, a história não poderia escrever-se, a não ser que fosse sistematicamente encomiástica. Por exemplo, não se poderia criticar os esclavagistas porque já estão mortos e seria deselegante... Os censores arranjam sempre as razões mais nobres para a repressão. Salazar e Staline liam pela mesma cartilha. Há fascistas que o são sem saberem. Ou sabem-no mas fingem que não sabem. Saramago, em 1975, cometeu um acto fascista e não há muito tempo disse não estar arrependido: hoje, faria o mesmo. Merece dar o nome a uma rua? Para as pessoas que dão valor ao civismo - NÃO!”
Estes velhotes embirram todos comigo porquê???
Luis Neves
Por mais importante que o senhor seja para a Cultura e no meio universitário português , eu e julgo que milhões de outros cidadãos portugueses, desconhecemos a sua obra e o que faz.
Eu ao contrário do que o senhor faz com o recém falecido Saramago , não pretendo vir para a imprensa ou para um blog criticar o sr. Eugénio Lisboa quando o senhor morrer. Por uma questão de Educação e Respeito por as pessoas que lhe são próximas e o ademiram.
Se o quissesse criticar fálo-ia agora, sabendo que me pode insultar à sua vontade. Que lhe faça bom proveito.
Eu não o critico porque não o conheço e logo não tenho razões para o fazer.
Em termos políticos , o que escreve em relação à minha pessoa, não tem nada de acertado, considero que o que escreveu é de um primarismo básico anti-comunista.
Cada pessoa escolhe os seus modelos que mais o marcam, e têm as opções políticas que querem, é isso a Liberdade política que nos trouxe o 25 de Abril, a revolução que derrubou a ditadura fascista.
Há que respeitar quem tem opiniões diferentes das minhas, e que têm uma certa nostalgia pelo tempo da outra senhora. há quem prefira o Anónio Ferro, o próprio lá saberá porque razões tem essa admiração por esse homem do Estado Novo.
Já agora, que o presidente da cidade do Porto, o sr. Rui Rio se lembre também desta; uma Rua António Ferro que se cruze com a Rua Eugénio Lisboa na cidade do Porto, que desemboque na Praça Eng. Silva País , famoso director da Pide-DGS.
Cumprimentos, Luis Neves
NO BLOG RERUM NATURA ,
saiu o seguinte texto que se refere a mim, de forma muito pouco edificante , pelo que tive que lhes enviar uma resposta.
Ter ou não ter estado na Fonte Luminosa
“O Sr. Luís Neves tem todo o direito de não saber quem sou do mesmo modo que eu não sei quem ele é. Só sei o que dizem as palavras que ele escreve. E o que essas dizem é que lhe fazem muita impressão as pessoas que se associaram a Mário Soares na Fonte Luminosa para travarem a vinda para Portugal dos Torquemadas que vinham substituir os do Estado Novo. Cada um gosta do que gosta. Não vou perder tempo - nem seria elegante - a inventariar aqui os meus conhecidos créditos anti-fascistas. Mas é importante esclarecer uma coisa: para mim, mas não para o Sr. Neves, todas as perseguições ao pensamento livre são igualmente más. Nessa medida, Saramago era tão mau ou pior do que António Ferro - porque este, mau como era, ainda tinha aquele teor de má consciência que o levava a tentar dialogar com os adversários. Saramago pertencia ao grupo dos energúmenos de boa consciência - podia demitir, punir e castigar porque tinha a "história" a seu favor... Quanto à Fonte Luminosa, não estive lá porque não vivia em Portugal. Não tenho portanto a honra de poder dizer aos meus netos:"Eu estive lá". O outro prazer teria sido o de ter estado lá e não ter visto o Sr. Neves. Não se pode ter tudo...
Eugénio Lisboa”
P.S.: “Esta de se não poder criticar a conduta de Saramago, só porque ele morreu - é de cabo de esquadra. Por esta via, a história não poderia escrever-se, a não ser que fosse sistematicamente encomiástica. Por exemplo, não se poderia criticar os esclavagistas porque já estão mortos e seria deselegante... Os censores arranjam sempre as razões mais nobres para a repressão. Salazar e Staline liam pela mesma cartilha. Há fascistas que o são sem saberem. Ou sabem-no mas fingem que não sabem. Saramago, em 1975, cometeu um acto fascista e não há muito tempo disse não estar arrependido: hoje, faria o mesmo. Merece dar o nome a uma rua? Para as pessoas que dão valor ao civismo - NÃO!”
Estes velhotes embirram todos comigo porquê???
Luis Neves
terça-feira, 27 de abril de 2010
Entrevista Com Jerónimo de Sousa

que boas perguntas que fizeram os jornalistas do Correio da manhã.
Vale a pena ler a entrevista toda.
Aqui ficam os excertos que mais me interessaram.
ARF – As previsões apontam para um agravamento do desemprego para 11 % e um crescimento económico de 0,3 %. Mas todos os responsáveis políticos falam em estabilidade, na necessidade deste PEC, porque não há alternativa. Todos unidos, portanto. Mas unidos a caminho de quê? Já não digo da Grécia. Mas a caminho de quê?
- Essa é a questão central. Tendo em conta a prova provada de que este caminho leva-nos ao desastre, o Governo, quase de joelhos, aceitando as normas draconianas do directório das potências da União Europeia, abdica do investimento, de certa forma do mercado interno e aposta tudo nas exportações.
ARF - É a única aposta.
- Muito bem. Estamos todos de acordo. Mas há outros motores da economia. Designadamente o mercado interno, com o aumento do consumo.
ARF – Mas já desistiram disso.
- A realidade do nosso tecido produtivo tem muito a ver com o mercado interno. São centenas de milhares de pequenas e médias empresas que vivem desse mercado. Se reduzem os rendimentos de quem trabalha o resultado não vai ser bom. E por isso nós pensamos que é preciso uma ruptura com esta política. Não podemos ficar dependentes do que diz a União Europeia.
ARF - Mesmo na redução do défice?
- Sim. Querem uma redução para 3 % até 2013. E eu pergunto: porque 3 e não 4 %. Qual é a lei que determina isto? Eu não estou a descobrir a pólvora. Mas eu sinto que as medidas que estão no PEC é pouco o navegar à vista, tapar buracos.
ARF - Olhando o PEC, mesmo com previsões optimistas do Governo, em 2013 o crescimento é de 1,7 %. O que é isto em termos de desemprego, por exemplo?
- É um elemento objectivo. Está previsto que o nosso crescimento vai ser inferior à média europeia.
ARF – Em todos estes anos.
- E vai continuar. E não há bruxas. Bem pode o senhor ministro das Finanças dizer que temos de confiar nas estrelas. Nós temos é de olhar para a realidade e verificar que se não há crescimento, se não há aumento da riqueza, obviamente o desemprego vai aumentar. Tem um efeito tremendo nas nossas vidas.
ARF – Nos mais novos, nos mais velhos. Nos mais novos o desemprego já é de 21 %
- E os últimos dados estatísticos mostram que os despedimentos atingiram sobretudo mulheres. Cerca de 60 %. Mas sublinhou os jovens e bem. Nós temos um problema sério, porque ser jovem não é um estatuto permanente. Estão agora a alicerçar o seu futuro. Neste quadro é dramático verificar o nível de desemprego e o facto de existirem cerca de um milhão e 200 mil trabalhadores com vínculos precários, na sua maioria jovens.
ARF - É uma situação dramática.
- Olhando para esta perspectiva, não é preciso ser um revolucionário para sentirmos uma apreensão profunda. Para todos, mas essencialmente para as novas gerações.
ARF – Eu digo isto porque agora não há eleições. Quando há todos temem perder votos. Os professores saem à rua e o Governo tenta emendar a mão. Mas agora não. Acha que vão ser sensíveis aos protestos? E muitas pessoas também dizem que já não vale a pena.
- Também sei que há pessoas que quase delegam a luta no PCP. E questionam-se se vale a pena. E isso acontece pela forma como o Governo entende o protesto, o descontentamento e a própria luta. De facto, é insensível a isso. Mas em certos momentos da história também outros governantes foram indiferentes e acabaram por ser derrotados. No meu partido costumamos dizer que quando se luta nem sempre se ganha. Mas quando não se luta perde-se sempre.
ARF – Vamos ter luta a sério?
- Um protesto e uma luta por uma nova política. Isto não vai com remendos.
ARF – Mas olhe para o PEC. Todos percebemos que aqueles números são desgraçados. Chegamos a 2013 e estaremos mais pobres. Mas o Presidente diz que o PEC é bom, o CDS vota contra mas fala no interesse nacional, o PSD faz uns remendos mas não rompe com o PEC. Afinal, todos estão resignados à pobreza? É um desastre?
- Permita-me uma observação. Nós estamos em tempo em que o Presidente da República podia accionar os mecanismos constitucionais para pôr em causa o Governo, um Governo sem maioria absoluta, sujeito ao escrutínio do Parlamento.
ND – Uma frente de esquerda seria uma boa solução para o País? Até como contraponto a uma AD?
- Eu acho que não há condições neste momento para uma concepção frentista na medida em que o problema chama-se PS.
ARF – O PS é um problema para o País neste momento?
- Sim. Persiste em afirmar-se de esquerda mas naquilo que é central pratica uma política de direita, o que é frustrante para muitos homens e mulheres de esquerda que votaram no PS.
ARF – Voltando a PEC. Com as perspectivas para 2013, não é o próprio estado social que está em risco?
- Sim, está em risco.
ARF – Onde é que há receitas para sustentar o actual estado social?
- Por ordem decrescente de preocupações eu punha em primeiro lugar a saúde. E digo a saúde porque é uma área de grande apetência por parte dos grupos económicos. E há milhões de portugueses que precisam desse estado social, em particular do Serviço Nacional de Saúde. E há o risco de esses milhões, com estas políticas, ficarem sem apoios. Com estas políticas nós estamos condenados à demolição do estado social.
LN
- Permita-me uma observação. Nós estamos em tempo em que o Presidente da República podia accionar os mecanismos constitucionais para pôr em causa o Governo, um Governo sem maioria absoluta, sujeito ao escrutínio do Parlamento.
ND – Uma frente de esquerda seria uma boa solução para o País? Até como contraponto a uma AD?
- Eu acho que não há condições neste momento para uma concepção frentista na medida em que o problema chama-se PS.
ARF – O PS é um problema para o País neste momento?
- Sim. Persiste em afirmar-se de esquerda mas naquilo que é central pratica uma política de direita, o que é frustrante para muitos homens e mulheres de esquerda que votaram no PS.
ARF – Voltando a PEC. Com as perspectivas para 2013, não é o próprio estado social que está em risco?
- Sim, está em risco.
ARF – Onde é que há receitas para sustentar o actual estado social?
- Por ordem decrescente de preocupações eu punha em primeiro lugar a saúde. E digo a saúde porque é uma área de grande apetência por parte dos grupos económicos. E há milhões de portugueses que precisam desse estado social, em particular do Serviço Nacional de Saúde. E há o risco de esses milhões, com estas políticas, ficarem sem apoios. Com estas políticas nós estamos condenados à demolição do estado social.
LN
domingo, 25 de abril de 2010
GOVERNO Para a Rua!
Mais um dia 25 Abril, e lá fui eu para o desfile da Avenida da Liberdade...
E disposto a participar em tom de protesto...
Os Slogans do costume, e que não são exactamente os que eu gostaria de ouvir...
Então vejam lá , " A Luta continua , Abril está na rua" ,
o que é isto?
Para quê estar a gritar isto?
Em vez de se gritar para toda a gente ouvir
" A Luta continua , GOVERNO para a Rua! "
" Sócrates Ladrão , não levas um tostão "
" Sócrates Aldrabão , os costados na Prisão!!!"
Isto é o que dá vontade de gritar!!!
Isto é que é preciso ser ouvido em todas as avenidas, ruas, praças da Liberdade e em todo o País.
Parece que a comissão organizadora do dia da Liberdade não permite certas expressões contra o "nosso Governo"
Mas se é só para recordações históricas, então que se crie um parque temático na margem sul, de recriação turistica.
LN
E disposto a participar em tom de protesto...
Os Slogans do costume, e que não são exactamente os que eu gostaria de ouvir...
Então vejam lá , " A Luta continua , Abril está na rua" ,
o que é isto?
Para quê estar a gritar isto?
Em vez de se gritar para toda a gente ouvir
" A Luta continua , GOVERNO para a Rua! "
" Sócrates Ladrão , não levas um tostão "
" Sócrates Aldrabão , os costados na Prisão!!!"
Isto é o que dá vontade de gritar!!!
Isto é que é preciso ser ouvido em todas as avenidas, ruas, praças da Liberdade e em todo o País.
Parece que a comissão organizadora do dia da Liberdade não permite certas expressões contra o "nosso Governo"
Mas se é só para recordações históricas, então que se crie um parque temático na margem sul, de recriação turistica.
LN
terça-feira, 28 de abril de 2009
Bisbilhotando no 25 de Abril
No dia 24 Abril fui dar uma voltinha ao arraial popular no Largo do Carmo. Esta festa faz parte das comemorações do 25 de Abril. Com a participação da Associação José Afonso, onde fui buscar o cartaz.
Estava uma noite bem fresquinha. Ouviam-se por lá canções de resistência e de revoluções passadas. Ao meu lado estava um grupo de pessoas muito animadas, um grupo de militantes de estrema-esquerda que contava estórias, e eu fiquei a bisbilhotar e a ouvir a conversa que estavam a contar, pois eram situações divertidas.
A primeira estória era sobre um sr. que tinha morrido há pouco tempo.
Contava o seu camarada que ele tinha morrido quando voltava de uma peregrinação a Fátima (ou ainda estava a ir?), para cumprir uma promessa que a sua mulher tinha feito. A promessa era que se o marido ficasse ilibado do processo das FP-25 Abril eles iam a Fátima a pé para agradecer. Diziam os seus camaradas a brincar que era castigo por o tal sr. ter sido sempre um anti-clerical. Diziam estes seus camaradas, que quando foi a operação policial para apanhar as FP-25, tinham ido a casa dele e encontraram lá uns "chouriços", que eu presumo que sejam armas ou munições. Pelo que estavam a contar, o sr. esteve preso e foi depois absolvido no julgamento do caso.
Para sua infelicidade, teve a má ideia de ir cumprir a promessa da mulher.
Como se vê nesta estória a "nossa senhora de Fátima" não esquece e nem perdoa.
Outra estória do mesmo homem (o sr. que morreu) em conjunto com o homem que estava a contar. Tinham ido os dois a Fátima com uma missão de recolher informação no Santuário de Fátima. Foram no dia 13 de Agosto de 1980, e tinham como objectivos conhecer a forma como o dinheiro que os peregrinos doavam era recolhido, os trajectos dos funcionários para irem depositar o dinheiro num banco ou em outro sitio. Pelo que percebi o objectivo seria o de depois os operacionais das FP-25 poderem actuar em outro dia 13. Para fazerem essa vigilância, vestiram-se como Padres e foram passar a tarde toda em vigia dos movimentos dos funcionários. Dizia o homem que só num dia 13 o santuário recolhia cerca 200 mil contos.
Mas apesar de terem passado o dia a tentarem descobrir estes outros segredos de Fátima (os segredos materiais) os dois sacerdotes espiões não conseguiram perceber a forma como era feita a recolha e o depósito das dádivas dos peregrinos.
Estava uma noite bem fresquinha. Ouviam-se por lá canções de resistência e de revoluções passadas. Ao meu lado estava um grupo de pessoas muito animadas, um grupo de militantes de estrema-esquerda que contava estórias, e eu fiquei a bisbilhotar e a ouvir a conversa que estavam a contar, pois eram situações divertidas.
A primeira estória era sobre um sr. que tinha morrido há pouco tempo.
Contava o seu camarada que ele tinha morrido quando voltava de uma peregrinação a Fátima (ou ainda estava a ir?), para cumprir uma promessa que a sua mulher tinha feito. A promessa era que se o marido ficasse ilibado do processo das FP-25 Abril eles iam a Fátima a pé para agradecer. Diziam os seus camaradas a brincar que era castigo por o tal sr. ter sido sempre um anti-clerical. Diziam estes seus camaradas, que quando foi a operação policial para apanhar as FP-25, tinham ido a casa dele e encontraram lá uns "chouriços", que eu presumo que sejam armas ou munições. Pelo que estavam a contar, o sr. esteve preso e foi depois absolvido no julgamento do caso.
Para sua infelicidade, teve a má ideia de ir cumprir a promessa da mulher.
Como se vê nesta estória a "nossa senhora de Fátima" não esquece e nem perdoa.
Outra estória do mesmo homem (o sr. que morreu) em conjunto com o homem que estava a contar. Tinham ido os dois a Fátima com uma missão de recolher informação no Santuário de Fátima. Foram no dia 13 de Agosto de 1980, e tinham como objectivos conhecer a forma como o dinheiro que os peregrinos doavam era recolhido, os trajectos dos funcionários para irem depositar o dinheiro num banco ou em outro sitio. Pelo que percebi o objectivo seria o de depois os operacionais das FP-25 poderem actuar em outro dia 13. Para fazerem essa vigilância, vestiram-se como Padres e foram passar a tarde toda em vigia dos movimentos dos funcionários. Dizia o homem que só num dia 13 o santuário recolhia cerca 200 mil contos.
Mas apesar de terem passado o dia a tentarem descobrir estes outros segredos de Fátima (os segredos materiais) os dois sacerdotes espiões não conseguiram perceber a forma como era feita a recolha e o depósito das dádivas dos peregrinos.
Veja lá bem, sr. Sócrates, quando for absolvido não vale a pena ir fazer a peregrinação a pé a Fátima, . Já sabe que ela não se deixa enganar assim tão facilmente.
Luis Neves
domingo, 26 de abril de 2009
Tribunais Políticos em Portugal (lançamento)
Lançamento do Livro Tribunais Políticos
dia 24 Abril, 17:30, no Ministério da Justiça (na Praça do Comercio)


Recebemos cá em casa este simpático convite para assistir ao lançamento do livro "Os Tribunais Políticos" que nos foi enviado pelo Luís Farinha que é co-autor deste volumoso trabalho de pesquisa historiográfica.
O trabalho foi coordenado por Fernando Rosas, que fez a apresentação do livro com o Ministro da Justiça Alberto Costa.
Eu não fui ver a sessão de apresentação do livro que me pareceu muito solene, e preferi ir tomar um cafézinho ao Martinho da Arcada.
Mas depois, enquanto estive sentado no café histórico (de Fernando Pessoa), fiquei a pensar que se podesse fazer umas perguntas ao ministro, devia ser bem divertido ver como o sr. se ía sair...
Pensei nestas:
Gostava de fazer perguntas ao nosso Ministro da Justiça, sobre os presos políticos no regime de ditadura.
Havia no Regime do Estado Novo (regime de ditadura) algum tribunal que condenasse algum político por corrupção?
Será que se interferia politicamente para esses casos serem arquivados?
E o que acontecia aos jornalistas que investigavam o caso? eram processados pelo Estado? Eram despedidos? eram acusados de serem comunistas e presos pela Pide?
Se o Primeiro Ministro Marcelo Caetano tivesse aprovado a construção de um empreendimento turistico em Troia, sendo essa zona protegida, e depois se descobrisse que um intermediário disse em conversa gravada, sem seu conhecimento, que tinha pago ao ministro verbas para o próprio ou para o seu Partido, isto não representava um indício muito forte de crime?
Basta a palavra de um Primeiro-Ministro para o ilibar de uma investigação criminal?
Será que a Justiça mudou assim tanto? Será que a Justiça da nossa Democracia não continua a proteger os mesmos de sempre? Será que tem que ser sempre a mesma coisa?
Gostava de ver o Ministro Costa ou o Deputado Rosas a responder a estas minhas perguntinhas. Deviam ficar irritados. E sei lá expulsar-me do Ministério da Justiça.
Luis Neves
dia 24 Abril, 17:30, no Ministério da Justiça (na Praça do Comercio)


Recebemos cá em casa este simpático convite para assistir ao lançamento do livro "Os Tribunais Políticos" que nos foi enviado pelo Luís Farinha que é co-autor deste volumoso trabalho de pesquisa historiográfica.
O trabalho foi coordenado por Fernando Rosas, que fez a apresentação do livro com o Ministro da Justiça Alberto Costa.
Eu não fui ver a sessão de apresentação do livro que me pareceu muito solene, e preferi ir tomar um cafézinho ao Martinho da Arcada.
Mas depois, enquanto estive sentado no café histórico (de Fernando Pessoa), fiquei a pensar que se podesse fazer umas perguntas ao ministro, devia ser bem divertido ver como o sr. se ía sair...
Pensei nestas:
Gostava de fazer perguntas ao nosso Ministro da Justiça, sobre os presos políticos no regime de ditadura.
Havia no Regime do Estado Novo (regime de ditadura) algum tribunal que condenasse algum político por corrupção?
Será que se interferia politicamente para esses casos serem arquivados?
E o que acontecia aos jornalistas que investigavam o caso? eram processados pelo Estado? Eram despedidos? eram acusados de serem comunistas e presos pela Pide?
Se o Primeiro Ministro Marcelo Caetano tivesse aprovado a construção de um empreendimento turistico em Troia, sendo essa zona protegida, e depois se descobrisse que um intermediário disse em conversa gravada, sem seu conhecimento, que tinha pago ao ministro verbas para o próprio ou para o seu Partido, isto não representava um indício muito forte de crime?
Basta a palavra de um Primeiro-Ministro para o ilibar de uma investigação criminal?
Será que a Justiça mudou assim tanto? Será que a Justiça da nossa Democracia não continua a proteger os mesmos de sempre? Será que tem que ser sempre a mesma coisa?
Gostava de ver o Ministro Costa ou o Deputado Rosas a responder a estas minhas perguntinhas. Deviam ficar irritados. E sei lá expulsar-me do Ministério da Justiça.
Luis Neves
sábado, 25 de abril de 2009
25 Abril - a Marchar
|
A MARCHA que foi o hino do Movimento das Forças Armadas (MFA ) que fez a revolução dos cravos.
LN
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
25 Abril a correr

XXXII – Corrida Da Liberdade (Lisboa - 25 Abril / 2009)
Inscrições:
http://www.confederacaodascolectividades.com/noticias_detalhe.asp?id=186
Why not? Yes we Can...
Percurso A - 12500 mt, da Pontinha - Largo do Carmo
Percurso B -4800 mt, do Saldanha - Largo do Carmo
Percurso C -1400 mt, Largo São Mamede - Largo do Carmo
Percurso D - 900 mt, Princepe Real - Largo do Carmo
LN
25 Abril sempre - Música Zé Mário 2
"A cantiga é uma arma" - Vários
(José Mário Branco)
No Blog Cantigueiro , do Samuel que aparece a cantar neste video
LN
(José Mário Branco)
No Blog Cantigueiro , do Samuel que aparece a cantar neste video
LN
quarta-feira, 22 de abril de 2009
25 Abril visto pelos mais novinhos
Saiba mais sobre este projecto
Uma pequena animação feita no programa SCRATCH, que é um programa educativo para os mais novos aprenderem desde cedo os segredos da informática.
Esta pequeno trabalho foi feito por uma aluna de nome Madalena Gouveia que deve ter 11 ou 12 anos.
O Programa Scratch é um parceiro do Portal Sapo Kids.
LN
Uma pequena animação feita no programa SCRATCH, que é um programa educativo para os mais novos aprenderem desde cedo os segredos da informática.
Esta pequeno trabalho foi feito por uma aluna de nome Madalena Gouveia que deve ter 11 ou 12 anos.
O Programa Scratch é um parceiro do Portal Sapo Kids.
LN
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
25 Abril sempre - Música do Zeca
"Balada de Outono" - Couple Coffee
José Afonso
VER NO BLOG CANTIGUEIRO (MM MUITO GIRO)
Na semana do 25 Abril, muita música da que não se esqueçe nunca!
LN
José Afonso
VER NO BLOG CANTIGUEIRO (MM MUITO GIRO)
Na semana do 25 Abril, muita música da que não se esqueçe nunca!
LN
Subscrever:
Mensagens (Atom)