segunda-feira, 31 de maio de 2010
Manifestação, dezenas de milhares nas ruas de Lisboa
# 300.000 Manifestantes no Marquês de Pombal!!
Quem não foi lá não deve saber, porque a comunicação social está a mando do Governo e de Empresas Privadas que têm outras preocupações... o Lucro dos seus Acionistas...
Quem não viu não pode saber como foi... Nem imagina...
Centenas de Bandeiras Negras! Que têm o significado de Miséria....
Uma tristeza de País este...
LN
domingo, 30 de maio de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
Há um certo número de sinais, também chamados notações sintácticas, que auxiliam a leitura e a compreensão do discurso escrito
MANIFESTAÇÃO , hoje 29 MAIO, Marquês Pombal ás 15h
Zeca Afonso
NÃO Esqueçam , É já a partir de 1 Julho...
AUMENTOS do IVA (Medidas à Sócrates)
- Taxa Reduzida + 1% (Água , Farmácia, Pão, Leite , Fruta....)
- Outras Taxas de IVA + 1% (aumenta tudo)
E também Já a partir de 1 Junho!!!
Aumentos de taxa de IRS de + 1% e de +1,5%
com efeitos desde Janeiro(Será possivel??)
E tudo o mais que para a frente se verá...
O Sócrates(o José), o Teixeira, o Passos Coelho, Vara, Dias Loureiro, Jorge Coelho, Soares, Cavaco, Gama, Manuela...
Eles Comem tudo , eles comem tudo...
LN
sexta-feira, 28 de maio de 2010
29 Maio na manifestação, contra o medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrãneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, depois morreremos
de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Carlos Drummond de Andrade
LN
quinta-feira, 27 de maio de 2010
29 MAIO - Manifestação contra o Estado a que chegamos
Todos eles foram eleitos pelos portugueses!!! em primeiro lugar pelo PS e pelo PSD , mas também pelo CDS-PP...
OS que têm a responsabilidade pelo Estado calamitoso da nossa Ecnomia e Finanças são os principais lideres do PS , PSD nos últimos 25 ANOS.
Manuela Ferreira Leite (Ministra das Finanças de Durão Barroso)
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Itapuã, Vinicius e Toquinho
É bom passar uma tarde e Itapuã...
depois sentir o arrepio,...
Sem ontem nem amanhã
Dormir nos braços morenos
da lua de Itapuã
LN
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
comentário ao artigo de Guilherme Valente
Luis Neves disse...
Li mais uma vez as opiniões de Guilherme Valente neste texto sobre o "Eduquês" e mais uma vez fico com a convicção que este grupo de intelectuais e universitários criaram um conceito o Eduquês que não tem qualquer conteúdo prático, não tem qualquer sustentação em fundamentos, e que consequentemente não pode ser rebatido. Em linguagem matemática poderia ser classificado como um conjunto de ideias vazias. Não têm sentido muitos dos argumentos apresentados por Guilherme Valente.
Pior que isso , deixa qualquer pessoa sem ter vontade de fazer uma réplica, pois simplesmente ninguém entende aquele discurso radical contra tudo o que se faz na Escola Pública.
Na minha opinião o discurso e a forma só são comparáveis em Portugal ao sr.Alberto João Jardim, Presidente da Madeira. Assim ninguém vai ligar ao que o senhor diz.
Faço um Resumo do que aqui escreveu o Guilherme Valente, e que me deixa perplexo, e do qual não consigo tirar conclusões nenhumas.
Ao que parece não está interessado em definir o que será isso do "Eduquês";
"Porém, em breve também nisso irá concordar connosco: na forma, no grau, na generalização como se manifesta, a indisciplina é um produto do eduquês. É mesmo um instrumento ao serviço do seu projecto insensato."
Mas isto mais parece aquelas conspirações de extra-terrestres, isto escrito assim parece o argumento de um filme de ficção científica!
"A «causa eficiente» é a desvalorização do papel do professor, a sua desautorização, o seu desprestígio aos olhos dos alunos, dos pais e da sociedade, perpretados pelo Ministério e os seus «especialistas» Tudo ligado à desvalorização relativista do conhecimento e da sua transmissão, ao facilitismo,"
Isto dito assim, sem dizer como, onde, quem, porquê, não quer dizer absolutamente nada!
"Não se aproveita nada? Não, não se aproveita nada. Quando não se consegue o mínimo, é preciso varrer tudo."
Assim não dá para se ter uma discussão com ninguém, a sério ... Assim ninguém o vai levar a sério...
"Tenho procurado explicar a natureza do eduquês, a essência do problema da educação em Portugal. Natureza que por ser impensável poucos compreenderam. E o eduquês pôde, assim, ocupar o sistema educativo, dominar as escolas de formação de professores, impor a ideologia e as teorias educativas que têm impedido a construção da escola que é imperativa para o progresso do País. Quando acabará o delírio ou a insensatez? Quem pára a besta? "
Pois é verdade que se calhar poucos a compreendem , e talvez o problema será, quem sabe , da vossa teoria sobre o "Eduquês". Não parta do principio que todos os outros é que são ignorantes e os senhores é que são os detentores do saber absoluto.
Luis Neves
domingo, 23 de maio de 2010
Daniela Mercury e Elis Regina
Não conhecia este canção cantada pela Daniela Mercury
É claro que fica a milhas de distancia da mitica interpretação da Elis Regina que é fantástica
LN
O meu amor - Chico Buarque
Mas é impossivel resistir a ela...
LN
sábado, 22 de maio de 2010
A coisa aqui está preta!
"Aqui na Terra tão jogando Futebol,
Tem muito Samba, muito Show e Rock and Roll
uns dias chove outros dia faz sol
Mas o eu quero é lhe dizer
que coisa aqui está preta!!!"
LN
sexta-feira, 21 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
a Baiana Ivete Sangalo
Só sabe o refrão que é "Poeira, Poeira" ( e eu também não me lembrei de mais)
Sorte Grande (Poeira)
Ivete Sangalo
A minha sorte grande,
Foi você cair do céu,
Minha paixão verdadeira.
Viver a emoção,
Ganhar teu coração,
Pra ser feliz a vida inteira...
É lindo o teu sorriso,
O brilho dos teus olhos,
Meu anjo querubim.
Doce dos teus beijos,
Calor dos teus braços,
Perfume de jasmim...
Chegou no meu espaço,
Mandando no pedaço,
Com o amor que não é brincadeira.
Pegou me deu um laço,
Dançou bem no compasso,
De prazer levantou poeira.
Poeira
Poeira
Poeira
Levantou poeira!
Poeira
Poeira
Poeira
Levantou poeira!
LN
domingo, 16 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
Interrogação , Camilo Pessanha
Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do "Cântico dos cânticos".
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.
Camilo Pessanha
LN
Plectro em quadra de acometimento
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Vós que votaram neles (PS e PSD), agora aceitai os sacrificios
"(...) É preciso criar a pátria portuguesa
do século XX.
Para criar a pátria portuguesa do séc. XX
não são necessárias fórmulas nem teorias;
existe apenas uma imposição urgente:
Se sois homens sede Homens,
se sois mulheres sede Mulheres da vossa época.
Vós, ó portugueses da minha geração,
que, como eu, não tendes culpa nenhuma
de serdes portugueses (...)
Gritai nas razões das vossas existências
que tendes direito a uma pátria civilizada.
O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades
e todos os defeitos.
Coragem, Portugueses,
só vos faltam as qualidades."
José de Almada Negreiros, poeta futurista e tudo, "Ultimatum Futurista", Lisboa, Dezembro de 1917
"O português é hoje um expatriadono seu próprio país.
Somos uma nação, não uma pátria;
somos um agregado humano
sem aquela alma colectiva
que constitui uma Pátria.
Somos... Sei lá o que nós somos?
Sabe alguém o que nós somos,
salvo o lugar por onde
um cataclismo vai passar?"
Fernando Pessoa, Carta a um Herói Estúpido, 1915
Pró Passos Coelho e Sócrates, e p'ró santinho Teixeira dos Santos
Que Santos da casa não fazem milagres, digo eu
LN
O o e o a a brincar às escondidas (o a no coito)
Mentir à descarada
Verdes exaltam-se em debate de economia na Assembleia da República
As novas medidas do Governo para baixar o défice foram discutidas esta tarde no parlamento e o debate foi acesso com a deputada Heloísa Apolónia a perder as estribeiras acusando Sócrates de mentir à Assembleia da República.
Heloísa Apolónia foi a protagonista do momento mais aceso do debate.
"Os verdes estão fartos e julgamos que os portugueses também estão fartos de ouvir o sr Primeiro Ministro recorrentemente a mentir à Assembleia da República. Chega, basta. Como é que se dá agora ao displante de pensar no aumento do IVA. Além de furtar, porque não tem outro nome,uma parte do subsídio de Natal aos portugueses, mas o que é isto?"
Em nome de Sócrates, o ministro dos Assuntos Parlamentares Jorge Lacão respondeu prontamente: "O sr Primeiro Ministro disse a verdade nesta câmara. No âmbito do PEC, face ao objectivo orçamental então establecido, o conjunto das medidas anunciadas eram aquelas e não quaisquer outras medidas ocultas".
Mas a crítica à mudança de estratégia do Governo não terminou nos Verdes; correu aliás por várias bancadas.
O CDS PP manifestou-se na voz de Pedro Mota Soares "olhamos para o partido socialista e só vemos ziguezagues, só vemos desorientações".
José Gusmão do BE afimou que a política do Governo "é uma política vesga que olha sempre apra aqueles que têm suportado todos os sacríficios e aqueles a quem o Estado pode ir buscar menos rendimentos".
Honório Novo representou o PCP afirmando que "o governo do PS tem uma política orçamental, a política orçamental que é formatada em Bruxelas".
Na resposta, Lacão preferiu destacar as vitórias do Governo no primeiro trimestre do ano. Mais receitas, menos despesas e a economia a crescer mais do que lá fora. Um discurso que não convenceu.
Miguel Frasquilho do PSD retorquiu "fez-me lembrar o ministro da propaganda de Sadam Hussein no Iraque. Já as tropas estavam em Bagdade e ele continuava a negar a realidade".
No parlamento e no país esperam-se as novas medidas de controlo do défice, medidas essas que o Governo negou até à semana passada.
SIC Noticias
Estes Jornalistas da SIC, sinceramente!!! ? "exaltar-se "? "Perdeu as estribeiras"? Mas agora quem diz as coisas como elas são; recebe este tipo de comentários !...
EU votei na deputada Heloisa Apolónia e tenho muita admiração por ela, e deve ser das únicas vozes no parlamento que não se cala, que não finge, não esconde o que se passa neste país. "O Primeiro Ministro Sócrates é um Mentiroso!"
Tenho a certeza que muitos destes jornalistas da SIC devem também estar muito satisfeitos por terem eleito o deputado Ricardo Rodrigues ou a Inês de Medeiros.
LN
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Deus está no céu
Petição Cidadãos pela Laicidade
que encontrei no Blog Diário Ateista
LER A Petição Aqui
Assinem aqui!
Eu já assinei!!!
"Petição Cidadãos pela Laicidade
Para:Senhor Presidente da República Portuguesa
(....)
Desejamos deixar claro que, se em Portugal há católicos dos quais uma fracção, mais ou menos importante, se regozijará com a visita de Joseph Ratzinger, há também católicos e não católicos para quem o carácter oficial da visita papal, o seu financiamento público e a tolerância de ponto concedida pelo Governo, são agressões perpetradas contra os princípios de laicidade do poder político que a própria Constituição da República Portuguesa institui.
Esta infracção da laicidade a que estão constitucionalmente vinculadas as autoridades republicanas torna-se ainda mais gritante e deletéria quando consideramos que se celebra este ano o Centenário da Implantação da República, de cujo legado faz parte o princípio de clara separação entre Estado e Igreja, contra o qual atentará qualquer confusão entre homenagens a um chefe de Estado e participação oficial dos titulares de órgãos de soberania em cerimoniais religiosos.
Declaramos também o nosso repúdio pelas posições veiculadas pelo Papa em matéria de liberdade de consciência, igualdade entre homens e mulheres, auto-determinação sexual de adultos, e outras matérias políticas.
Porque nos contamos entre esses cidadãos que entendem que a laicidade da política é condição fundamental das liberdades e direitos democráticos em cuja defesa e extensão estão apostados, aqui deixamos o nosso protesto e declaramos a Vossa Excelência o nosso propósito de o mantermos e alargarmos através de todos os meios de expressão e acção ao nosso alcance enquanto cidadãos activos da República Portuguesa. "
LN
A 13 de Maio , em fátima
"Cem anos antes, em 1822, a causa realista fora reanimada por um milagre. A Virgem aparecera a duas pastorinhas em Carnide para lhes dizer que Portugal sobreviveria à impiedade maçónica. Sob o patrocínio de Dona Carlota Joaquina, grandes peregrinações se fizeram aos locais sagrados em que Deus garantira a dízima, os bens dos conventos e a perenidade do antigo regime. Infelizmente, uns meses depois um pronunciamento (a "Vilafrancada") acabou com esta devoção.
Lúcia e Jacinta receberam a "mensagem" do Céu, uma série de trivialidades evangélicas, com duas alusões à realidade, ambas sobre assuntos correntes. A Virgem comunicou, nomeadamente, que a II Guerra Mundial seria "horrível", quando o horror da primeira sufocava o país, e preveniu que a Rússia revolucionária se preparava para subverter o mundo, coisa que os jornais e os padres anunciavam dia sim, dia não, desde de Fevereiro.
A 13 de Maio
Ontem na Feira do livro estive quase para comprar este Livro "Na Cova dos Leões", Tomás da Fonseca, Antígona, 2009.
Vou deixar uns excertos do livro que encontrei num artigo sobre o livro no Blog Orgia Literária.
" Na Cova dos Leões (1958) é uma compilação de cartas dirigidas ao então Patriarca de Lisboa Cardeal Dom Manuel Gonçalves Cerejeira (excepto as cartas que compõem a “Primeira Parte” mais os capítulos “Fecho da Abóbada” e “Relatório do Administrador do Conselho de Ourém”).
É uma versão revista e aumentada de Fátima – Cartas ao Cardeal Cerejeira (1955), muito bem contextualizada através do “Prefácio” de Luís Filipe Torgal, da “Nota relativa aos critério de edição e de revisão do texto” à “Explicação Necessária” escrita pelo autor. Essa preocupação em contextualizar é também partilhada pelo autor, dedicando a isso as primeiras quatro partes do livro, rematando já na “Quinta Parte”, «Bem sei que tenho vindo a ensinar o pai-nosso ao vigário, que neste caso é V. Em.ª. Mas se tudo sabeis, e melhor que ninguém, não o sabe a grande maioria do povo português [...]» (p. 187).
Comecemos nós também por contextualizar: Tomás da Fonseca (1877-1968) não pretende fazer um ataque exclusivamente teológico à Igreja, os alvos declarados são os empresários de Fátima (referidos o Cónego Formigão, o Padre Ferreira e o Padre Lacerda). O caso agrava-se quando todo o “episódio” de Fátima (em todos os momentos: antes, durante e após a aparição) foi construído, orquestrado com objectivos bem traçados, afastando-se largamente de uma criação ex nihilo.
O que interessa ao autor é denunciar os problemas sociais que daí advêm, o contraste sócio-económico nítido, «E o Ídolo entrou no seu novo santuário, um dos mais, senão o mais rico da cidade, tanto é o ouro, a prata e os estofos preciosos que ali se exibem ao olhar deslumbrado dos que vivem sem conforto e sem pão, em lares que são tocas de bichos ou pocilgas.» (p. 292).
Tal como esta ambição do Clero: «Ao mesmo tempo que se violentava a consciência popular, preparavam-se, de longe e de largo, outros processos de obrigar as massas a mostrar que tinham fé. Já concorriam a Fátima milhares e milhares de “convictos”. Mas não era bastante. Reclamavam-se legiões.» (p. 268),
e nós tomando parte desse questionamento em que o autor se vê obrigado a dizer «E para quê? Em.ª, para quê? Avivaria a fé dos tíbios? Não avivou! Acrescentaria alguma coisa ao prestígio da Igreja? Não acrescentou nada! Contribuiria, ao menos, para melhorar as condições morais e materiais do povo de que foi proclamada soberana? Não contribuiu!» (p. 279).
Mais que os pormenores da encenação da aparição, mais que os interrogatórios forçados aos três pastorinhos, mais que as técnicas avançadas (para a altura) de marketing, é a “Sétima Parte – O Ídolo Itinerante”, um dos capítulos mais interessantes do livro, talvez por nos presentear com episódios que o tempo omitiu e esqueceu, e tudo num estilo de relato literário, ao nível do que agora se nomeia de narrativa jornalística ou jornalismo literário.
As cartas são dirigidas ao Patriarca de Lisboa porque ele «Sabe, e não quer pôr cobro a semelhante malvadez – para não dizer indignidade –, como a Cova da Iria tem enriquecido alguns e empobrecido tantos!» (.p 368).
Como que dirigidas ao Pai, comunicando as injustiças (quando ele tem conhecimento delas) na tentativa de as ver resolvidas, «Cruzes de madeira ou cruzes de ferro são hoje, não símbolos de amor, piedade e redenção, mas chuços com que certos missionários ameaçam os que não se lhes ajoelharem aos pés, nos confessionários, onde se inculcam como verdadeiros e únicos enviados de Deus.» (p. 38).
Na Cova dos Leões é uma lança apontada à armadura mais poderosa da Igreja: o Temor.
Fátima está longe de ser considerada assunto velho, acabado. Afirmar isso é tentar encobrir. O desejo de Tomás da Fonseca é que «Ninguém, pois, deixe alastrar a credulidade que facilmente degenera em superstição, sendo a mais perigosa a das “aparições” de agentes sobrenaturais. Venham donde vierem! Trazidas por um ignorante ou por um sábio, por um cardeal ou por um papa, neste ramo do maravilhoso, a autoridade é sempre a mesma. Combatê-la é, portanto, um sagrado dever moral e cívico!» (pp. 378-379). "
por Paulo Serra
Dedicado ao Papa Bento 16, para ir lendo na sua visita a Portugal.
LN
quarta-feira, 12 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
O universo tinha o epitáfio naquela equação
" A terceira gravação pedida foi a de um rangido, ou, mais exactamente, a da brusca inflexão (em Sol menor) da pena de aparo de aço de Rudolf Julius Emmanuel Clausius no instante em que essa pena escreveu o n na exponencial menos x à n-ésima potência na equação da entropia.
(...)
À n-ésima potência. A pena conservava-se suspensa por cima da folha de papel e, por um momento, a atenção de Clausius deambulou pelo labirinto heráldico da marca-de-água. A equação era válida. Contra toda a razão. Contra a poderosa respiração de vida. Num despreocupado desafio às formas verbais do futuro. Formalmente, a álgebra não era senão a demonstração, ao mesmo tempo abstrata e estatística, da irrecuperabilidade da energia calórica ao transformar-se em calor, do grau de perda registado em todo e qualquer processo térmico e termodinâmico. Seria assim que Clausius intitularia e descreveria o seu escrito ao enviá-lo para as acta da Academia de Ciências da Prússia (Secção IV: Ciência Aplicada). Mas o que ele fitava agora - e a sensação era bastante mais remota, mais indiferente do que a da sua padecente gengiva - era a determinação, irrefutável, da morte térmica do universo. A função n menos x não era reversível. A entropia implicava a conclusão e a transmutação da energia despendida numa estase fria. Um estado estático, um frio para além do que se podia conceber. Por comparação com o qual a nossa própria morte e a decomposição da nossa carne tépida mais não são do que um vulgar carnaval. O universo tinha o seu epitáfio naquela equação. No princípio fora o Verbo; no fim era a função algébrica. Uma pena de aparo de aço, comprada dentro de um estojo de cartão na Kreutzner, a papelaria universitária, escrecera finis sob a soma e a totalidade do ser. Ao traço descendente para a direita daquele n , seguia-se, não uma treva infinita, que ainda é, mas o nada, um zero insondável. Distraído, Clausius começou a fazer um traço por debaixo da equação. Mas o aparo tinha secado."
Desert Island Discs , "Provas e três Parábolas", George Steiner
Livro publicado pela Gradiva
LN
segunda-feira, 10 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Para a Katyane, a Baiana mais linda de Lisboa
"Quanto tempo tem para matar essa saudade"
Pérola Negra, com Imagens da Bahia
LN
sábado, 8 de maio de 2010
Amo tracinho te
«Quando pela primeira vez escrevi amote fui repreendida pela gramática Não quis saber Tinha-te mais comigo assim numa palavra só
Quando pela primeira vez soletrei a-mo-te desfiz-te em pedaços mas com pressa e gula te comi inteiro te reuni em mim
Quando pela primeira vez nos começámos a separar respeitei a ortografia e sem dar por isso separei-te de mim : amo tracinho te
Quando pela primeira vez nos re-unimos melancolicamente soletrei a-ma-me como quem esbagulha uma romã
Quando pela primeira vez me disseste amo tracinho te tudo estava certo e solitário eu separada de ti por um pântano de ninguém tu à distância sem mim sem barco e sem vontade Esbracejei não me quis conformar Acenei-te gritei-te de longe Amasme? numa palavra só furiosamente só a dois de braços estendidos a lutar contra os ventos separadores da ortografia e do alto mar Respondeste gritaste claro que te amo te amo
te
amo
escandiam os ventos e o eco em duas palavras separadas
Entre mim e ti o pântano crescia depois secou depois a crosta terrestre desfez-se e refez-se e houve outros novos mares e continentes e tudo ficou então provisoriamente definitivo e adulto reconciliado com a geografia e a gramática : eu tu solidamente sós
amas tracinho me?
amo tracinho te
é claro!»
Teresa Rita Lopes
LN
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Controvérsia com Guilherme Valente e com o Doutor Fiolhais
Destaco da caixa de comentários ao post relativo ao programa "Plano Inclinado" com Guilherme Valente o seguinte do leitor Luís Neves:
"(...) Só um País subdesenvolvido como o nosso pode ter como Professores universitários consagrados pessoas como o sr. Medina Carreira, sr. Nuno Crato, e este inenarrável sr. Guilherme.
Dar crédito a qualquer uma das ideias deste trio de aposentados da razão, seria certamente o aniquilar de qualquer ideia de Futuro para Portugal e Abandonar a ideia de Escola Pública moderna.
Venha antes o Doutor Salazar ou Prof. Marcelo Caetano...
chiça... (...)"
E a resposta de Guilherme Valente:
"O meu Pai morreu quando eu tinha oito anos. Era advogado. A minha Mãe contava-me que quando era preso pela PIDE o tratavam por Sr. Valente, retirando o Dr., cujo uso era costume. Essa tentativa odiosa de humilhação ficou gravada a fogo na minha memória.
O meu nome é Guilherme Valente. Apenas. E um homem vale o que valerem os seus argumentos."
Luís Neves que trata o editor da Gradiva por "sr. Guilherme" e o ex-presidente do conselho por "Doutor Salazar" é, ele próprio o confessa, um saudosista do Estado Novo. Hoje, porque há liberdade de expressão, pode dizer o que quiser, o que não acontecia antigamente. Mas convém realçar uma diferença importante entre os esbirros da PIDE e os saudosos dela: os primeiros tinham um rosto, os segundos nem isso.
É lamentável que o Professor Carlos Fiolhais se referira assim a mim.
Não tenho a menor intenção em intervir numa discussão deste tipo. Não fazem qualquer sentido este tipo de insinuações.
Deixo aqui a Resposta que dei a este tipo de acusações que me foram dirigidas...
" Luis disse...
Quero lembrar ao Carlos Fiolhais e aos restantes comentadores do Rerum Natura, a forma como o Guilherme Valente (espero que esta forma de o tratar seja a que ele prefira) se refere neste Programa de TV a todos (Todos os que trabalham na área do Ensino e Educação em Portugal)
1º Compara o trabalho de dezenas de milhares de Professores e Educadores na formação dos nossos jovens às ideias Nazis.
2º Apelida quem acredita nas ciências da educação e as aplica nas suas Escolas como complemento e ferramenta de Ensino, foram apelidados como "Idiotas úteis"
Este programa de TV tem um público de milhares de pessoas! as pessoas que têm opiniões que são tão radicais e são tão infundadas não podem livremente estar a insultar livremente o trabalho de milhares de pessoas , assim como quem se refere a assassinos Nazis.
Não pode! é imoral!
EU SIGO há muito este Blog RERUM NATURA, tenho uma enorme admiração pelo Prof. Carlos Fiolhais e nunca percebi que neste espaço seguissem esta linha de pensamento. Que é muito pouco edificante . Porque assim não se constroi nada. É apenas um exercicio de retórica e de vaidade pessoal e de querer ser original à força.
O ano passado fui assistir na Gulbenkian a uma conferência sobre o Ensino da Matemática em que Participou o Prof. Carlos Fiolhais, texto que foi recentemente postado no Rerum Natura. Eu copiei o Texto e também o publiquei no meu Blog.
Nessa conferência tive a oportunidade de ouvir o Prof. Nuno Crato em frente a centenas de Professores de Matemática , e tive a esperança que talvez ele nesse dia conseguisse finalmente explicar o que era isso de o "Eduquês". Mas o que é verdade é que os senhores falam muito nessa palavra , mas no fundo não sabem muito bem explicar o que ela quer dizer.
Quanto ao comentário do Prof. Fiolhais de eu ser adepto ou simpatizante de Salazar ou da PIDE , isso são coisas sem qualquer sentido. Não vale a pena estar a comentar coisas que não têm nada a ver comigo nem com as minhas ideias. Acho que o Blog "Rerum Natura" é um excelente Blog de Ciência, e vou continuar a ler e seguir, e dou os Parabêns a todos os autores. Não acho que este Blog sirva este tipo de discussão, e de defesa da honra dos amigos.
Eu não pretendi ofender ou menorizar os senhores que participaram nesse referido programa. Pretendi apenas expressar a minha opinião extremamente negativa sobre o que os senhores Doutores disseram no referido programa."
Luis Neves
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Parem tudo que o PAPA vem ai...(1)
Excerto de uma conversa
Um zumbir como de abelhas, distante.
- Mas o Mestre, Eleazar filho de Eleazar, no seu comentário de 1611, disse...
- Que Akhiba, que o seu nome brilhe na eterna glória, se enganara...
- Quando escreveu que Abraão era inteiramente livre, um homem em liberdade , o pai das liberdades, quando Deus, bendito seja o Seu Nome indizível, o chamou para que levasse o rapaz, Isaac, ao lugar do holocausto.
- Com isto queria Akhiba dizer que os mandamentos de Deus são ditos ao espírito do homem quando o seu espírito goza da condição de soberania sobre a sua própria vontade, e que os mandamentos que se dirigissem aos que foram feitos escravos ou se extraviaram seriam mandamentos ocos.
- Ao que Eleazar, filho de Eleazar, o de Cracóvia , retorquiu...
- «Que liberdade é a do homem perante o que ordena o Todo-Poderoso?» Quando Ele manda, a nossa liberdade é a obediência. Só o servo de Deus, o servo absoluto, é um homem livre.
- «Não é assim» , foi o que me disse Baruch, o de Vilnius. «Não é assim, Quando Deus ordenou a Abraão, nosso pai, que levasse Isaac, seu filho unigénito, ao Monte Moriah, parou à espera de uma resposta. Abraão poderia ter dito: ' Não.' Ele poderia ter dito: 'Deus Todo-Poderoso, santificado seja o Teu Nome. Estás a tentar-me. Estás a pôr no meu trilho a tentação suprema, que é a obediência cega e irreflectida. Tal é a obediência que reclamam o Dragão Baal, os deuses ocos com cabeça de cão dos templos egípcios. Tu não és Moloque, devorador de crianças. O que agora esperas de mim é uma recusa amorosa.» Assim disse Baruch , meu mestre.
- Houve três dias de jornada a caminho da montanha. Durante esses dias Abraão não falou a Isaac...
- Nem a Deus. Que continuava atentamente à escuta. À espera de ouvir a resposta: «Não.» Cuja paciência era infinita, e que estava entristecido. Eis o que ensina Baruch, na nossa schul de Vilnius, onde a amendoeira...
- Isso é insensato. A presciência de Deus é absoluta. À escuta de Abraão , Ele! Sabia que o Seu mandamento seria obedecido, que não cabia ao homem pô-lo em questão. Eu conheci Baruch, o teu mestre. Era tão subtil, que nas suas mãos as palavras tornavam-se areia.
- Mas Deus, bendita seja a fímbria do Seu Nome inefável e as vestes do fogo da Sua glória, não confiava inteiramente em Abraão.
- Outro louco.
- Não . Escuta-me. A confiança de Deus em Abraão não era completa. Deixa-me expor o meu pensamento. Não me interrompas. Se Deus estivesse plenamente certo de que Abraão deixaria cair o seu braço sobre o rapaz, teria deixado consumar-se o sacrifício. E teria ressuscitado Isaac. Acaso não se diz que Deus pode despertar os mortos? Ao pôr um carneiro nas sarças, ao salvar a criança, deixou na incerteza a obediência última de Abraão. Não nos ensinou Gamaliel, o Cabalista, que há momentos, aberturas no universo, em que Deus interroga a Sua própria presciência, em que o Anjo do Desconhecido, do sem nome, atravessa a luz do ser?
- Gamaliel, o herético. O feiticeiro e alquimista de Toledo...
Para o Papa ler , e se quiser comentar , aqui no Blog ,
quando estiver de passeio aqui em Portugal, e estiver um pouco aborrecido com as peregrinas e penitentes que lhe vão encher as ruas.
LN
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Everybody hurts , REM
Everybody Hurts
REM
When your day is long
And the night the night is yours alone
When you're sure you've had enough of this life
Hang on
Don't let yourself go
'Cause everybody cries
And everybody hurts, sometimes
Sometimes everything is wrong
Now it's time to sing along
When your day is night alone
(Hold on, hold on)
If you feel like letting go (Hold on)
If you think you've had too much of this life
To hang on
'Cause everybody hurts
Take comfort in your friends
Everybody hurts
Don't throw your hand, oh no
Don't throw your hand
If you feel like you're alone
No, no, no, you're not alone
If you're on your own
in this life
The days and nights are long
When you think you've had too much
of this life
To hang on
Well, everybody hurts
Sometimes, everybody cries
And everybody hurts, sometimes
But everybody hurts, sometimes
So hold on
(7x)
Hold on
Everybody hurts
You're not alone
LN
terça-feira, 4 de maio de 2010
Conversas da Treta - O "Plano Inclinado" da SIC
PLANO INCLINADO - Programa da SIC
No último sábado com Guilherme Valente , este senhor é o director da Editora da Gradiva.
O Programa era sobre Educação.
Vi um pouco do programa aqui no Blog De Rerum Natura
E deixei o seguinte comentário.
"Inacreditavel o Rerum Natura dar importancia a este tipo de discurso contra tudo o que se faz em Educação neste País, feito por estes três senhores.
Só um País subdesenvolvido como o nosso pode ter como Professores universitários consagrados pessoas como o sr. Medina Carreira, sr. Nuno Crato, e este inenarrável sr. Guilherme.
Dar crédito a qualquer uma das ideias deste trio de aposentados da razão, seria certamente o aniquilar de qualquer ideia de Futuro para Portugal e Abandonar a ideia de Escola Pública moderna.
Venha antes o Doutor Salazar ou Prof. Marcelo Caetano...
chiça...
Deviam era apagar este Post, para não estarem a patrocinar este tipo de demagogos de sofá..."
Realmente nunca vi um programa tão fraco , com gente com tanto prestigio.
Para ouvir a conversa da treta destes senhores , dr. N.Crato , Prof. Medina Carreira, e sr. Guilherme Valente, mais vale mesmo ver os diálogos do António Feio e José Pedro Gomes em "A Treta continua".
Luis Neves
Vencedor do IndieLisboa 10
Filme foi realizado pelos irmãos norte-americanos Ben e Josh Safdie
Ver no site IOL Cinema
LN
A tabuada dos duzentos e vinte e três (Conto)
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Estais Preparados p'ra ajudar o país? 2
Mas não com o subsidio de Natal , não, nem pensem nisso...
Eis aqui uma óptima oportunidade para poder escrever um número com tantos zeros aqui no Blog Sobretudo. Uma coisa que eu já me apetecia imenso à muito tempo, mas não sabia bem como.
2 064 000 000 €
Espero não me enganar no número de zeros!!! e em vez de esrever 2 Biliões esteja a escrever 2 Triliões ou 2 Qudriliões ou 2 Quiliões ou 2 Hexiliões
E quem se lixam são os Mexilhões!!!
Money makes the World go round,
...
LN
Estais Preparados p'ra ajudar o país? 1
Eu também sempre achei que a festa do Natal se tinha transformado num circo de consumismo, e que apenas se limita a época de férias na neve ou de preparação da viagem de fim de ano.
Acho bem...
E que nos próximos anos do PEC , acabem com esse esbanjamento de recursos (com as ruas todas cheias de Luzes acesas, olhem lá o consumo de energia a subir, upa, upa) e com os festejos religiosos , com o Natal, e que o Pai Natal que vá para a bicha do centro de emprego , pedir subsidio.
Suspenda-se o Natal por 3 Anos.
E quem quiser , que meta férias no 25 de Dezembro para comemorar o nascimento do menino, lá na gruta de Belém, mais o burrinho e a vaquinha, e os três Reis Magos.
LN