segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
sábado, 28 de novembro de 2009
Banco Alimentar contra a fome - 28 e 29 Novembro
O Banco Alimentar Contra a Fome organiza sábado e domingo uma nova campanha de recolha de alimentos em supermercados de 17 regiões do país, na maior acção de voluntariado organizada em Portugal.
Em 17 regiões do país (Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Beja, Aveiro, Abrantes, São Miguel, Setúbal, Cova da Beira, Leiria, Fátima, Oeste, Algarve, Portalegre, Braga, Santarém, Viseu e Viana do Castelo), cerca de 25 mil voluntários vão estar à porta dos estabelecimentos comerciais a convidar os portugueses a doarem as suas contribuições em alimentos.
Segundo o Banco Alimentar Contra a Fome, leite, atum, conservas, azeite, açúcar, farinha, bolachas, massas e óleos são os produtos que devem ser privilegiados.
Os produtos recolhidos na campanha, ainda com recurso ao voluntariado, serão distribuídos de imediato localmente a pessoas com carências comprovadas através de mais de 1650 Instituições de Solidariedade Social previamente seleccionadas e acompanhadas ao longo de todo o ano pelos bancos alimentares.
Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, disse à Agência Lusa que os alimentos que vão ser recolhidos na campanha vão complementar as recolhas feitas diariamente.
Além das campanhas de recolha em supermercados, organizadas duas vezes por ano, os Bancos Alimentares Contra a Fome recebem diariamente excedentes doados pela indústria agro-alimentar, agricultores, cadeias de distribuição e operadores dos mercados abastecedores.
Desta forma, são recuperados produtos alimentares que, de outro modo, teriam como destino provável a destruição, sendo estes excedentes recolhidos localmente e a nível nacional, de acordo com o Banco Alimentar Contra a Fome.
"Queremos que os alimentos sejam um meio para que as pessoas dêem uma volta à sua vida e possam reencontrar a dignidade e, no caso dos idosos, que possam minorar as suas carências alimentares", sublinhou Isabel Jonet.
De acordo com o Banco Alimentar Contra a Fome, na campanha de Maio foram recolhidos um total de 1935 toneladas de géneros alimentares em 1219 superfícies comerciais.
No ano passado, os 14 Bancos Alimentares Contra a Fome operacionais distribuíram um total de 17 500 toneladas de alimentos, equivalente a um valor global estimado superior a 27 352 milhões de euros).
O primeiro Banco Alimentar nasceu em 1992 e actualmente estão em actividade 17, congregados na Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, com o objectivo comum de ajudar as pessoas carenciadas, pela doação e partilha.
ESTE BANCO É QUE SE TEM QUE AJUDAR - é um trabalho fantástico!!!
LN
Mentir e faltar à verdade
" A palavra do ministro das Finanças é metade da credibilidade de um Governo. E se falha uma vez nunca mais se recupera. Para deixar a sua palavra em xeque, o ministro das Finanças não precisa de mentir. Basta que dê respostas viciadas como as que os ministros 'políticos' dão no Parlamento, ou em conversas com jornalistas.
Teixeira dos Santos ganhou a confiança do país, não só pelos resultados obtidos no combate ao défice, mas por parecer um ministro diferente.
Sempre falou claro e, aparentemente, com a intenção de esclarecer, sem truques nem malabarismos para iludir o povo ignaro que não domina o 'economês'. Sempre se apresentou com a atitude simples de um técnico seguro, antivedeta e anti-herói por natureza, cujos principais méritos políticos eram a humildade e o bom senso, valores que os políticos politiqueiros desprezam. O país olhava-o como uma pessoa de confiança e bem intencionada. Foi por isso que, apesar do desastroso balanço do seu mandato, culpou a crise e desculpou o ministro, encarando com naturalidade e agrado a sua permanência no segundo Governo de José Sócrates.
Teixeira dos Santos pode dizer que nunca mentiu a propósito do orçamento rectificativo. O que afirmou repetidas vezes foi apenas que a despesa estava controlada, pelo que não via necessidade de um orçamento suplementar - mesmo quando muitos economistas já falavam de um défice de oito por cento ou mais. Só que esta sua resposta, não sendo uma mentira declarada, era, como agora se percebeu, um manto diáfano para esconder a verdade. E é assim que, de um dia para o outro e pela boca do mesmo ministro das Finanças, o orçamento rectificativo passa de perfeitamente desnecessário a absolutamente indispensável.
O que fez Teixeira dos Santos, ou o que se prestou a fazer, foi omitir e adiar as más notícias sobre a situação real das finanças públicas com deliberada intenção e propósito eleitoralista. Não mentiu, mas também não disse a verdade. E, só por isso, o Governo, com menos de um mês de exercício, acaba de perder o ministro das Finanças, isto é, metade da sua credibilidade. "
"Quarenta anos bastam
O Governo e os economistas dizem que teremos mais um ano de desemprego galopante, se tudo correr pelo melhor. E correrá? Ninguém o pode garantir. A prometida reforma do capitalismo foi mero desabafo num momento de aflição e o sistema continua a funcionar praticamente nos moldes em que funcionava antes, com o capital financeiro livre para os mesmos vícios e desmandos que quase levaram o mundo à ruína.
Acresce, no caso português, um Estado pedinte e apertado pelo défice, além de empresas que foram muito rápidas no despedimento ao primeiro sinal de crise, mas que só voltarão a contratar quando a retoma estiver segura. Assim, dezenas de milhares de jovens à procura do primeiro emprego continuarão sem o encontrar em 2010. Isto enquanto trabalhadores mais velhos ainda activos sentem o posto de trabalho como uma canga, após 40 ou mais anos de labuta, e de bom grado dariam lugar aos jovens.
O aumento da esperança média de vida, conjugado com a diminuição da natalidade e a consequente redução das contribuições para a Segurança Social, força os Estados a retardarem cada vez mais a idade da reforma. Parece não haver alternativa. Mas quem trabalha desde os 15/16 anos e desconta para a reforma há mais de 40 não devia ser obrigado a esperar pelos 65 para ter direito à pensão por inteiro. Enfrenta uma situação de injustiça relativa perante os restantes cidadãos, visto que precisa de trabalhar mais anos para obter o mesmo direito. E ocupa, em muitos casos com duvidosa produtividade, postos de trabalho que estariam mais bem entregues a jovens que por eles anseiam.
Este tema do direito à reforma por inteiro após 40 anos de descontos anda na agenda política desde que o Bloco de Esquerda o introduziu, na anterior legislatura. O PCP retoma-o agora com outra iniciativa legislativa. Representa com certeza algum custo para o Estado, mas deve merecer uma atenção especial do Governo e dos partidos. Já porque abre espaço ao emprego para jovens e outros desempregados, já porque não é justo roubar-se o direito à velhice a quem, há muitos anos, a pobreza roubou o direito à juventude. "
"Corrupção e Justiça
Desde 1998, ano em que a Transparency International elaborou o seu primeiro índice sobre "percepções de corrupção", Portugal tem ocupado uma posição relativamente estável - entre 6.3 e 6.6 numa escala de zero a dez, sendo dez o melhor resultado possível. Só nos últimos dois anos caiu de forma significativa, ficando este ano abaixo dos seis pontos (5.8).
Para termos algumas referências, a Nova Zelândia está no topo com 9.4 e a Somália no fundo com 1.1, a Grécia fica-se pelos 3.8, a Itália pelos 4.3 e a Espanha está nos 6.1 - um pouco melhor do que Portugal, embora tenha caído mais do ano passado para este ano. Só que ali houve inúmeros condenados a penas de prisão e outras, decorrendo neste momento 730 investigações a políticos e agentes públicos por corrupção.
Quer dizer, a Espanha desce no índice, mas a própria Justiça espanhola confirma, pelos seus actos, a percepção dos analistas. Num país onde os processos são poucos e as condenações nenhumas, como é o caso de Portugal, o índice da Transparency é também um atestado de incompetência para a justiça portuguesa"
LN
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Capitalism : a love story
Sinopse:
Ao mesmo tempo com humor e coragem, Capitalism: A Love Story explora uma pergunta: "Qual o preço que a América tem de pagar pelo seu amor pelo capitalismo?" Há alguns anos esse amor parecia inocente. Hoje, no entanto, o Sonho Americano parece mais um pesadelo, quando as pessoas têm de pagar com os seus empregos, a suas casas e as suas poupanças. Moore leva-nos até às casas de gente normal, cujas vidas ficaram viradas do avesso, e vai à procura de explicações em Washington e outros locais. O que descobrimos tem os sintomas tão familiares de uma história de amor que deu para o torto: mentiras, abuso, traição…e 14,000 empregos perdidos todos os dias. Capitalism: A Love Story é não a derradeira tentativa de Michael Moore para responder à pergunta que tem andado a fazer ao longo da sua tão ilustre como controversa carreira: Quem somos nós e porque razão nos comportamos assim?
LN
INFLUÊNCIA DO FUTURO?
Os artigos são:
- Holger B. Nielsen and Masao Ninomiya, "Search for Effect of Influence from Future in Large Hadron Collider", arXiv:0707.1919 (July 2007).
- Holger B. Nielsen and Masao Ninomiya, "Test of Influence from Future in Large Hadron Collider; A Proposal", arXiv:0802.2991 (February 2008)
- Holger B. Nielsen and Masao Ninomiya, "Search for effect of influence from future in Large Hadron Collider", International Journal of Modern Physics A (IJMPA) do Imperial College de Londres, Vol. 23, Issue: 6 (10 March 2008), pags. 919-932, DOI No: 10.1142/S0217751X08039682
- Holger B. Nielsen and Masao Ninomiya, "Card game restriction in LHC can only be successful!", arXiv:0910.0359 (October 2009)
O meu comentário foi:
Eu sei que foi Niels Bohr que disse em resposta a uma teoria maluca de um seu colega: "A sua teoria é maluca, mas não sei se a sua teoria é suficientemente maluca para ser verdade". Mas a teoria proposta por Nielsen e Ninomiya ultrapassa todas as marcas da maluquice... Parece-me tão extraordinariamente maluca, que não pode ser verdade, como seria se fosse apenas moderadamente maluca! Basicamente os autores dizem que a Natureza por qualquer razão "não gosta" de partículas de Higgs e para evitar ajuntamentos delas, há sinais enviados para o passado de modo a evitar que eles apareçam. Pretendem assim explicar o cancelamento do superacelerador americano no Texas e, mais recentemente, a avaria do LHC no CERN, na Suíça. Propõem que se lancem cartas - não sei se estão a pensar nas do Tarot - para decidir se a experiência se realiza ou não e, realizando-se, durante quanto tempo e com que intensidade. Deste modo poderia haver interrupção do hipotético nexo causal do futuro para o passado. Einstein disse um dia que "Deus é subtil, mas não malicioso", querendo com isso dizer que não é fácil, mas é possível descobrir a harmonia do mundo. Eu acrescentaria que, se Nielsen e Ninomiya tivessem razão, Deus seria malicioso. Os físicos não têm razão nenhuma para acreditar em influências do futuro (isto é, em violações ou reversões do princípio da causalidade).
E ainda disse mais:
1) Pesem embora os méritos dos autores (o próprio Einstein também disse disparates, nomeadamente a princípio julgou que não havia Big Bang) julgo que só excepcionalmente artigos deste género podem ver a luz do dia numa revista com avaliação por pares. Eles aparecem com maior frequência em arquivos electrónicos porque é porque fácil propor em qualquer coisa e ainda é mais fácil publicar essa qualquer coisa na Net. Há até um novo jornal científico na Net, obviamente sem avaliação, que se intitula "Jornal de Artigos Recusados". O "peer review" é fundamental para o avanço da ciência e aqui não há ou, se o há, é muito rudimentar. Esse método é a maneira, como Carl Sagan disse, que temos de manter o cérebro aberto, sem que os "miolos nos caiam cá para fora".
2) O acelerador LHC do CERN vai funcionar ainda este ano. Claro que posso falhar esta previsão, mas parece-me uma previsão bem fundamentada, pois está muita gente a trabalhar com afinco para que assim seja. Agora brinco: Queira o futuro amontoado de Higgs ou não!
Carlos Fiolhais, INFLUÊNCIA DO FUTURO?: Blog De Rerum Natura
LN
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Steiner
A mais constante meditação deste poliglota inclina-se sobre a relação entre barbárie e cultura, o mal absoluto, a quebra do pacto entre a palavra e o mundo, o fim do sentido do sentido, a tradução como restituição, a morte da tragédia, o cansaço fundamental da nossa cultura, a crepusculização da nossa sensibilidade. E os seus combates são travados, com uma ira nem sempre isenta de ingenuidade, contra a uniformização linguística, a massificação cultural, a vulgaridade desumana, o fim do silêncio, a dessacralização da linguagem. "
José Manuel dos Santos, "Actual", Expresso, 21 Novembro
Ler no Expresso online
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/548414
LN
Falta de Classe
" Perdoem hoje o estilo. A prosa sairá desarticulada, quais dardos soltos. Este artigo é, conscientemente, feito de frases curtas. Cada leitor, se quiser, desenvolverá as que escolher. Meu objectivo? Manter a sanidade mental. Escorar a coluna vertebral. Resistir. Este artigo é também uma reconfirmação de alistamento na ala dos que não trocam os princípios de uma luta pelo pragmatismo de um lance. Porque amo a verdade e a dignidade profissional como os recém-chegados ao mundo amam o bater do coração das mães. Porque não esqueço os que nenhum lance poderá já compensar. Porque com a partida prematura deles perderam-se pedaços da Escola que defendo. Porque pensar em todos é a melhor forma de pensar em cada um.
A avaliação do desempenho é algo distinto da classificação do desempenho. A avaliação do desempenho visa melhorar o desempenho. A classificação do desempenho visa seriar os profissionais. Burocratas que morreram aos 30 mas só serão enterrados aos 70 tornaram maior uma coisa menor. Quiseram reduzir realidades díspares à unicidade de fichas imbecis. Tiveram a veleidade Kafkiana de particularizar em 150.000 interpretações individuais os objectivos de uma organização comum a todos. Convenceram a populaça de que se mede o intangível da mesma forma que se pesam caras de bacalhau. Chefiou-os uma ministra carrancuda, que teve o mérito de unir a classe. Chefia-os agora uma ministra sorridente, que já se pode orgulhar de dividir a classe. Porque, afinal, custa, mas não há classe. Há jogos! De cintura. De bastidores. De vários interesses. Parlamentares, sindicalistas, carreiristas e pragmatistas ajudaram á Babel. Da sua verve jorra a água morna de Laudicéia, a que dá vómitos.
Alçada derreteu o implacável Mário Nogueira que, em socorro da inexperiência da ministra, veio, magnânime, desculpar-lhe as gafes. E, cristãmente, entendeu agora, de jeito caridoso, que não seja suspenso o primeiro ciclo avaliativo. Esqueceu duas coisas: o que reclamou antes e que ciclos avaliativos são falácias de anterior ministra. Ciclos avaliativos, Simplex I, Simplex II e o último expediente (no caso, um comunicado à imprensa, pasme-se) para dizer às escolas que não prossigam com o que a lei estabelece são curiosos comandos administrativos.
Uma lei má, iníqua, de resultados pedagogicamente criminosos, devia ter morrido às mãos do parlamento. Por imperativo da decência, por precaução dos lesados, por imposição das promessas de todos. Quanto à remoção das mágoas, meu caro Mário Nogueira, absolutamente de acordo. Depois de responsabilizar os que magoaram. Depois de perguntar aos magoados se perdoam. Por mim, cuja lei foi sempre estar contra leis injustas, a simples caridade cristã não remove mágoas. Não sei perdoar assim, certamente por falta de céu.
Agora, porque sou amigo de Platão mas mais amigo da verdade, duas linhas para Aguiar Branco. Gostei de o ouvir dizer, a meu lado e a seu convite, que a avaliação do desempenho era para suspender. Mas não justifique a capitulação com a semântica. Poupe-me à semântica, porque a semântica não o salva. Enterra-o. Suspender é interromper algo, temporária ou definitivamente. É proibir algo durante algum tempo ou indefinidamente. Substituir é colocar algo em lugar de. Não só não tinha como não terá seja o que for, em 30 dias, para colocar em lugar de. Sabe disso. Bem diferente, semanticamente. Mas ainda mais importante nos resultados. O Bloco Central reanimou-se nas catacumbas e o PS agradeceu ao PSD o salvar da face. Mas os professores voltaram a afastar-se do PSD, apesar do arrependimento patético de Pedro Duarte. E, assim, o PSD falha a vida!
Um olhar aos despojos. Reverbera-se a falta de capacidade de muitos avaliadores para avaliar, mas homologam-se os “Muito Bom” e “Excelente”, que significam mais 1 ou 2 pontos em concurso. Os direitos mal adquiridos de alguns valeram mais que os direitos bem adquiridos de muitos (como resolverão, a propósito, os direitos adquiridos dos “titulares” que, dizem, vão extinguir?). Porque toca a todos, muitos “titulares” que não tinham vagas de “titulares” em escolas que preferiam, foram ultrapassados em concurso por outros de menor graduação profissional, que agora lá estão, em almejados lugares de quadro. Ao mérito, há muito cilindrado, junta-se uma palhaçada final, em nome do pragmatismo. Muitos dos que foram calcados recordam agora que negociar é ceder. Mas esquecem que os princípios e a dignidade são inegociáveis, sendo isso que está em jogo. Um modelo de avaliação iníquo, tecnicamente execrável e humanamente desprezível, que não lhes foi aplicado ao longo de um processo, é agora aceite, em nome do pragmatismo, para não humilhar, uma vez, quem os humilhou anos seguidos.
Sócrates, que se disse animal feroz, vai despindo a pele. Mas não nos esqueçamos da resposta de um dos sete sábios da Grécia, quando interrogado sobre o mais perigoso dos animais ferozes. Respondeu assim: dos bravos, o tirano. Dos mansos, o adulador.
Vão seguir-se meses de negociações sobre o estatuto. O défice, que levou à divisão da carreira e às quotas, agravou-se. Se a desilusão for do tamanho da ilusão, tranquilizem-se porque a FENPROF ficará de fora, como convém, e a FNE poderá assinar um acordo com o Ministério da Educação, como não seria a primeira vez. Voltaremos então ao princípio. O que é importante continuará à espera. Mas guardaremos boas recordações de duas marchas nunca vistas."
bem dito!
LN
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Não ao Desemprego , de José Saramago
Não ao Desemprego
A gravíssima crise económica e financeira que está convulsionando o mundo traz-nos a angustiante sensação de que chegámos ao final de uma época sem que se consiga vislumbrar o que e como será o que virá de seguida.
Que fazemos nós, que assistimos, impotentes, ao avanço esmagador dos grandes potentados económicos e financeiros, loucos por conquistar mais e mais dinheiro, mais e mais poder, com todos os meios legais ou ilegais ao seu alcance, limpos ou sujos, regulares ou criminais?
Podemos deixar a saída da crise nas mãos dos peritos? Não são eles precisamente, os banqueiros, os políticos de máximo nível mundial, os directores das grandes multinacionais, os especuladores, com a cumplicidade dos meios de comunicação social, os que, com a soberba de quem se considera possuidor da última sabedoria, nos mandavam calar quando, nos últimos trinta anos, timidamente protestávamos, dizendo que não sabíamos nada, e por isso nos ridicularizavam? Era o tempo do império absoluto do Mercado, essa entidade presunçosamente auto-reformável e auto-regulável encarregada pelo imutável destino de preparar e defender para sempre e jamais a nossa felicidade pessoal e colectiva, ainda que a realidade se encarregasse de desmenti-lo a cada hora que passava.
E agora, quando cada dia aumenta o número de desempregados? Vão acabar por fim os paraísos fiscais e as contas numeradas? Será implacavelmente investigada a origem de gigantescos depósitos bancários, de engenharias financeiras claramente delitivas, de inversões opacas que, em muitos casos, mais não são que massivas lavagens de dinheiro negro, do narcotráfico e outras actividades canalhas? E os expedientes de crise, habilmente preparados para benefício dos conselhos de administração e contra os trabalhadores?
Quem resolve o problema dos desempregados, milhões de vítimas da chamada crise, que pela avareza, a maldade ou a estupidez dos poderosos vão continuar desempregados, mal-vivendo temporariamente de míseros subsídios do Estado, enquanto os grandes executivos e administradores de empresas deliberadamente conduzidas à falência gozam de quantias milionárias cobertas por contratos blindados?
O que se está a passar é, em todos os aspectos, um crime contra a humanidade e desde esta perspectiva deve ser analisado nos foruns públicos e nas consciências. Não é exagero. Crimes contra a humanidade não são apenas os genocídios, os etnocídios, os campos de morte, as torturas, os assassinatos selectivos, as fomes deliberadamente provocadas, as contaminações massivas, as humilhações como método repressivo da identidade das vítimas. Crime contra a humanidade é também o que os poderes financeiros e económicos, com a cumplicidade efectiva ou tácita de os governos, friamente perpetraram contra milhões de pessoas em todo o mundo, ameaçadas de perder o que lhes resta, a sua casa e as suas poupanças, depois de terem perdido a única e tantas vezes escassa fonte de rendimiento, quer dizer, o seu trabalho.
Dizer “Não ao Desemprego” é um dever ético, um imperativo moral. Como o é denunciar que esta situação não a geraram os trabalhadores, que não são os empregados os que devem pagar a estultícia e os erros do sistema.
Dizer “Não ao Desemprego” é travar o genocídio lento mas implacável a que o sistema condena milhões de pessoas. Sabemos que podemos sair desta crise, sabemos que não pedimos a lua. E sabemos que temos voz para usá-la. Frente à soberba do sistema, invoquemos o nosso direito à crítica e ao nosso protesto. Eles não sabem tudo. Equivocaram-se. Enganaram-nos. Não toleremos ser suas vítimas.
José Saramago
Poema - Miguel Torga
Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!
Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.
E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.
Miguel Torga
LN
terça-feira, 24 de novembro de 2009
A Origem das Espécies 150 Anos
A Origem das Espécies, do naturalista britânico Charles Darwin, é um dos livros mais importantes da história da ciência, apresentando a Teoria da Evolução, base de toda biologia moderna. O nome completo da primeira edição (1859) é On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life
Blog Ciência Hoje
Os 150 anos de «A Origem das Espécies» no Museu Soares dos Reis
Uma tarde preenchida, com diferentes nomes da Ciência nacional, marcará os 150 anos – que se comemoram hoje – em que Darwin lançou a famosa obra «A Origem das Espécies», e que revolucionou a história das ideias.
«Darwin: 150 anos depois» é uma iniciativa que conta com o ciclo de conferências «A expressão das emoções», a apresentação do projecto planeta Darwin e com o lançamento da obra do biólogo em formato digital. Alexandre Quintanilha, Rui Costa, Miguel Castelo Branco, João Relvas e Jorge Vieira são alguns dos nomes que marcarão presença amanhã, a partir das 16h30, no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
NINGUÉM ESTÁ ACIMA DA LEI
NINGUÉM ESTÁ ACIMA DA LEI , , Nem o sr. Sócrates, nem o sr. Noronha, nem o sr. Monteiro!!!
O Governo de Direita que nos governa!
LN
Noticias do PAPA, no Vaticano
O Papa Bento XVI admitiu hoje durante a oração dominical do Angelus que eleger Cristo não garante o êxito nos termos em que este é concebido na sociedade actual, mas assegura a paz e a felicidade.
"Para qualquer tomada de consciência é preciso fazer uma escolha: a quem seguir, Deus ou o Maligno, a verdade ou a mentira? Escolher Cristo não garante o êxito segundo os critérios mundanos, mas assegura a paz e a felicidade que só ele pode proporcionar", disse o sumo pontífice da sua janela na praça de S. Pedro do Vaticano.
"Isto é demonstrado em cada época pela experiência de muitos homens e mulheres que, em nome de Cristo, em nome da verdade e da justiça, souberam opor-se às ilusões dos poderes terrestres com os seus diferentes matizes e que até selaram a sua fidelidade com o martírio", acrescentou.
Assim até dá vontade de convidar o homem para vir a Portugal ver o santuário de Fátima.
Ensino de Matemática
domingo, 22 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
Uma Ideia para Portugal
O jornal "I" pediu-me que indicasse uma "Ideia para Portugal" e dei esta, que foi hoje publicada:
"Fala-se muito da defesa da língua portuguesa, mas a verdade é que pouco se faz por isso. Que tal, numa acção concertada, colocar na Web o conteúdo integral de todos os livros em língua portuguesa que estejam no domínio público? Porque não andar com o Camilo e com o Eça no bolso, bastando pressionar numa tecla do telemóvel para os contactar?"
Prof. Carlos Fiolhais
LN
NO PAÍS DA SUCATA
Ele, que antes de ser empresário foi político durante quase 30 anos (“conheci muita gente e tenho conhecimentos ao nível da banca portuguesa e internacional que são fundamentais na minha profissão”, informou noutro passo da entrevista), deve saber do que estava a falar. Nós, que não sabemos, temos de nos limitar a imaginar. E não é difícil imaginar, porque o ex-ministro de Estado e do Equipamento Social de um governo do PS, não dizendo nada de concreto, disse mais do que diria dizendo. A mim, pelo menos, não me custa muito imaginar que Jorge Coelho converse, pelo telefone ou ao vivo, com os seus amigos e conhecidos no governo ou na banca e não tenha de esperar para ser não só atendido como bem atendido.
Certo é que, à data da entrevista, pouco antes das eleições legislativas, as acções da Mota-Engil estavam a subir a pique, tendo continuado a subir até atingirem, em 9 de Outubro, nas vésperas das eleições autárquicas, o máximo de 4,53 euros (mais do dobro do mínimo registado este ano, em 5 de Março). A cotação da Mota-Engil constituiu, para alguns analistas, um bom previsor dos resultados eleitorais. Essa foi, de facto, uma verdadeira sondagem, cuja margem de erro se revelou menor do que a das sondagens convencionais.
Nada disto é novo. A promiscuidade entre negócios e política é entre nós antiga e será uma das razões pelo desrespeito que os portugueses têm pela vida política, desrespeito que Jorge Coelho aliás reconhece. Esse mal-estar não é uma impressão difusa e não quantificável, pois há dados sociológicos que exibem com clareza a nossa desconfiança em relação ao funcionamento das empresas e instituições. A organização Transparency Internacional acaba de divulgar o seu relatório anual sobre a percepção da corrupção num grande número de países, e continuamos em queda nesse “ranking” mundial da corrupção. Se no ano transacto tínhamos caído do 28.º para o 32.º lugar (eram invocados os casos do “Apito Dourado” e do financiamento ilícito da Somague ao PSD), agora caímos do 32.º para o 35.º lugar, onde estamos a par com Porto Rico e logo antes do Botswana (não foram desta vez adiantadas explicações, mas pode-se adivinhar quais são).
Receio que o caso “Face Oculta” recentemente trazido à luz do dia – o caso das ligações perigosas das empresas do sucateiro Manuel Godinho a instituições públicas ou privadas de algum modo próximas da política, como a REN, a REFER, a Galp, a EDP e o Millennium BCP - nos venha a custar, no próximo ano, a continuação da queda. A palavra “sucata”, com etimologia árabe, significa “o que cai, coisa sem valor” (recorro ao Dicionário Houaiss). Ora, o que está a cair com esse caso, o que está a ficar cada vez mais sem valor, é uma das coisas que mais devíamos valorizar, por ser uma das marcas maiores dos países desenvolvidos: a confiança. Não se trata apenas da diminuição da confiança que os cidadãos têm na política, mas, o que é mais grave, também da diminuição da confiança deles na justiça, que devia tratar rápida e exemplarmente este tipo de casos em vez de deixar avolumar controvérsias. Até já ouvi um médico comentar que, se na saúde estivéssemos tão mal como na justiça, se os prazos de atendimento nos hospitais fossem tão grandes como nos tribunais, já estaríamos quase todos mortos há muito tempo...
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Poema - Nuno Júdice
Em quem pensar,agora,senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer:"Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem,sermos o que sempre fomos,mudarmos
apenas dentro de nós próprios?"Mas ensinaste-me
a sermos dois;e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide.Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo,ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios,mesmo
esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo,para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba.Como gosto,meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar:com
a surpresa dos teus cabelos,e o teu rosto de água
fresca que eu bebo,com esta sede que não passa.Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti,como
gostas de mim,até ao fundo do mundo que me deste.
Nuno Júdice
in Webclub
LN
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Ética Repúblicana
Ética Republicana , Manuel António Pina, Jornal de Noticias, 17 Novembro
"Mário Soares considera que tudo o que tem vindo a público relacionado com a investigação criminal do caso "Face Oculta" não passa, enquanto questão política, de um "problema comezinho".
Tenho por aí um dicionário de sinónimos e, por via das dúvidas (as palavras têm ultimamente o péssimo hábito mudar de sentido de um dia para o outro), fui ver se "comezinho" continuaria ainda a significar o mesmo. Pelos vistos, continua: significa "banal", "corriqueiro", "trivial", "usual", "vulgar". É difícil, pois, não estar de acordo com Mário Soares. Um assunto que envolva, como o presente caso, corrupção, tráfico de influências, manipulação de concursos públicos envolvendo trocas de dinheiro e de favores entre gestores de nomeação política e empresários "amigos", e até alegações, sustentadas no despacho de um juiz, de crime de atentado ao Estado de Direito, tornou-se de facto hoje, em Portugal, coisa politicamente "comezinha", "trivial" e "vulgar". Custa a crer é que alguém como Mário Soares, que tão repetidamente convoca a "ética republicana", reconheça isso sem o mínimo sobressalto ético ou republicano."
Que sorte para o Dr. Soares, que no tempo em que tinha poder não se escutassem telemóveis, porque senão a Justiça Portuguesa tinha muito factos comezinhos para tratar...
LN
Tempo de Suspeita
" Não sei de que terão falado Vara e Sócrates na célebre conversa escutada no âmbito do processo "Face Oculta". Acerca dessa conversa sei o que qualquer cidadão leitor de jornais sabe: que o MP entendeu que nela haveria indícios da prática de crimes alheios ao caso "Face Oculta" e que, por isso, dela extraiu certidão.
Ignora-se a que sujeitos tais indícios se reportarão, se a Vara, se a Sócrates, se a terceiros. E custa a crer, por juridicamente inverosímil, que, como foi noticiado, tal escuta tenha sido dada como nula por não ter sido autorizada pelo STJ. Porque o alvo da escuta foi Vara e não o primeiro-ministro e porque, de outro modo, não faria sentido o normativo que prevê a abertura de inquérito por indícios de crimes recolhidos em escutas e praticados por terceiros não alvo delas. Mais grave é o clima de suspeição que tal situação (como os 4 meses de estágio das certidões na PGR) alimenta. A suspeita é hoje um cancro que corrói a democracia, e a Justiça, um dos seus pilares fundamentais, deveria estar acima de qualquer suspeita. Por isso não se entende tanta demora no esclarecimento do caso. "
LN
A vazia sandália de São Francisco - Alexandre O'neill
nunca pautaram o curso dos meus dias.
Fiquem onde estão!
foi a minha ordem para a macieira e para o gato,
ainda bem exteriores ao meu fraco por eles.
Salvei-os(e salvei-me!)de uma fábula
cuja moral necessariamente devia ser eu,o parlante
amigo de macieiras e conhecido de gatos.
Dá um certo desconforto malbaratar assim amigos
em dois reinos da natureza.
Mas também dá liberdade.
Há uma gente que desponta do outro lado do vale.
Está a correr para cá.
São os meus semelhantes.
Com eles vou desentender-me(mais que certo!),
mas a ideia que deles faço
é ainda um laço.
Repousem em paz as macieiras e os gatos.
Alexandre O'Neill
No blog Webclub
LN
Construir em vez de Combater
Agostinho da Silva
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Salto com vara - cadenza -
O amaldiçoado lugar
" E já só pode dar vontade de rir (ou de chorar!) assistir ao espectáculo único de ver os dois mais altos magistrados do país - o presidente do Supremo e o PGR - trocando galhardetes de antiga amizade fundada em rivalidades sindicais, empurrando um para o outro as malditas escutas entre Armando Vara e José Sócrates. Seja qual for o conteúdo de tão sensível material, e mesmo que jamais o venhamos a saber, eles conseguiram já o pior de todos os resultados: instalar uma suspeita mortal sobre o primeiro-ministro e o funcionamento da própria justiça, que não tem reparação possível. É, de facto, notável que o único cidadão deste país que não entende que há coisas que não podem esperar dois meses ou até oito dias para serem reveladas, seja o cidadão que ocupa o lugar de procurador-geral da República! Realmente, o lugar parece estar amaldiçoado e desde há muito."
LN
A palavra Civísmo , crónica de Inês Pedrosa
" Para a Ana Sara Brito e a Paula Teixeira da Cruz
Talvez seja uma palavra gasta. Como cidadania. Como amor. Ou como a velha e, por isso, vilipendiada democracia. O que gasta as palavras não é o excesso de uso, mas a falta de correspondência. O que é o amor, quando não é acto de dádiva? Sem gestos, trabalho, coragem, as palavras secam. O amor dos portugueses pelas palavras é demasiado platónico. Habituámo-nos à beleza das palavras nos livros, uma beleza de folhas secas, outonal, consolação desconsolada do que podia ser mas nunca foi. Vivemos de sonhos e queixumes, alucinados pelo que nos falta e faltando à realidade que os sonhos nos pedem. Adiamos. Adiamo-nos. Dizemos que matamos o tempo e deixamos que o tempo nos mate. Um dia destes, pensamos, vou dizer tudo o que não disse. Vou fazer tudo o que não fiz. Pensamo-lo com raiva e desespero e vontade e paixão, solitários por entre as gentes. Depois respiramos fundo e adiamos. Por medo ou brandura ou nem isso. Coisas mais pequenas: cagaço, moleza. Ou a grande palavra dos países que não souberam crescer: deslumbramento. O lado de fora do servilismo, que é o avesso concreto do civismo. Precisávamos de criar um dicionário novo, onde as palavras reluzissem com o significado que possuíam antes de as usarmos como trampolins para tronos de miseráveis poderes, porque é miserável todo o poder que se serve a si mesmo em vez de servir a melhoria do mundo."
" Civismo é memória e gratidão. Ao cessar as suas funções como presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz lembrou a necessidade de agradecer aos que sabem servir generosamente a causa pública, sem olhar a divisões partidárias. E sublinhou a urgência da prática do civismo como forma quotidiana de combate às múltiplas corrupções. O seu mandato à frente do Parlamento da cidade foi um exemplo de dedicação isenta e valorosa à causa pública. Há outros exemplos assim - mas poucos, muito poucos para que a mudança do país possa ser real.
Enquanto o assalto à vara sobre o erário público continuar a compensar, enquanto os que traem metodicamente os seus compromissos e fazem da lealdade sinónimo de subserviência continuarem a prosperar, enquanto os que vivem a lamber as botas dos poderes vigentes, mendigando mordomias, continuarem a latir de contentes, o país não sai de crise nenhuma."
LN
terça-feira, 17 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
homem e frações
"Ao grande escritor de Guerra e Paz, Leon Tolstoi, é atribuída uma profunda reflexão sobre o ser humano, expressa vem fracções:
'Um homem é como uma fracção, cujo numerador é o que ele é e cujo denominador é o que ele pensa que é. Quanto maior for o denominador, mais pequena é a fracção.' "
Um livro de um Matemático espanhol Claudi Alsina
apresentado na livraria Armazém l, assim;
O Clube da Hipotenusa», de Claudi Alsina, é um dos livros que poderá aproximar os leitores da Matemática. Através de inúmeras perguntas, o espanhol explica alguns dos segredos da matéria mais odiada dos jovens portugueses.
« Por que razão os números foram anteriores às letras?
Quem inventou o zero?
Que matemático grego morreu de uma forma não verdadeiramente plácida por causa de uma raiz quadrada?
Qual foi o desafio que se lançaram Unamuno e Gaudí, quando se encontraram?
Quais foram as quatro grandes desilusões matemáticas do século XX?
Quais as matemáticas aplicáveis às relações sexuais?
Qual foi o matemático que disse «Para mim, o infinito começa a partir das mil pesetas»?
Porque é que a raiz quadrada tem aquela estranha forma?
Quem foi a primeira mulher matemática da História?»
Estas são apenas algumas das perguntas que Claudi Alsina pretende responder em «O Clube da Hipotenusa», «uma forma diferente de abordar a Matemática, através das descobertas e factos mais divertidos da sua História», assegura a Planeta. ...
LN
O meu amor - Chico Buarque
BASTAVA-NOS AMAR
Bastava-nos amar. E não bastava
o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?
O vento como um barco: a navegar
pelo mar. Por um rio ou por uma veia.
Bastava-nos ficar. E não bastava
o mar a querer doer em cada ideia.
Já não bastava olhar. Urgente: amar.
E ficar. E fazermos uma teia.
Respirar. Respirar até que o mar
pudesse ser amor em maré cheia.
E bastava. Bastava respirar
a tua pele molhada de sereia.
Bastava sim, encher o peito de ar.
Fazer amor contigo sobre a areia.
Joaquim Pessoa
Roubei No Blog O Cheiro da Ilha
LN
domingo, 15 de novembro de 2009
What else ???
Primeiro-Ministro de Portugal
Atentado contra o Estado de Direito.... What Else?...
LN
Sócrates tem razão! O Procurador-Geral da Repúblila deveria tê-lo alertado em tempo para a circunstância de Armando Vara estar a ser escutado...
Foi, obviamente, uma sacanice, que Sócrates não merecia. O juiz que autorizou as escutas a Vara tinha a obrigação de saber que o ilustre banqueiro era confidente, conselheiro e um dos principais interlocutores do primeiro-ministro...
Roubei do Blog Abnoxio
LN
Evidentemente, enganou-se no verbo. Não queria dizer "acalmar", mas "acabar"...
Expresso, 14.11.2009
No dia em que as conversas "privadas" entre Sócrates e Vara fossem divulgadas, Portugal ficaria sem primeiro-ministro e sem governo. Vai uma aposta?...
Não é, de resto, por outra razão que o PS, nesta altura, parece estar completamente desnorteado e desesperado...
Roubei totalmente ao Blog Abnóxio do Ademar
LN
Nos grandes ninguém toca
" O processo Face Oculta deu-me, finalmente, resposta à pergunta que fiz ao ministro da Presidência Pedro Silva Pereira - se no sector do Estado que lhe estava confiado havia ambiente para trocas de favores por dinheiro. Pedro Silva Pereira respondeu-me na altura que a minha pergunta era insultuosa.
Agora, o despacho judicial que descreve a rede de corrupção que abrange o mundo da sucata, executivos da alta finança e agentes do Estado, responde-me ao que Silva Pereira fugiu: Que sim. Havia esse ambiente. E diz mais. Diz que continua a haver. A brilhante investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária de Aveiro revela um universo de roubalheira demasiado gritante para ser encoberto por segredos de justiça.
O país tem de saber de tudo porque por cada sucateiro que dá um Mercedes topo de gama a um agente do Estado há 50 famílias desempregadas. É dinheiro público que paga concursos viciados, subornos e sinecuras. Com a lentidão da Justiça e a panóplia de artifícios dilatórios à disposição dos advogados, os silêncios dão aos criminosos tempo. Tempo para que os delitos caiam no esquecimento e a prática de crimes na habituação. Foi para isso que o primeiro-ministro contribuiu quando, questionado sobre a Face Oculta, respondeu: "O Senhor jornalista devia saber que eu não comento processos judiciais em curso (…)". "
" Estes silêncios que variam entre o ameaçador, o irónico e o cínico, estão a dar ao país uma mensagem clara: os agentes do Estado protegem-se uns aos outros com silêncios cúmplices sempre que um deles é apanhado com as calças na mão (ou sem elas) violando crianças da Casa Pia, roubando carris para vender na sucata, viabilizando centros comerciais em cima de reservas naturais, comprando habilitações para preencher os vazios humanísticos que a aculturação deixou em aberto ou aceitando acções não cotadas de uma qualquer obscuridade empresarial que rendem 147,5% ao ano.
Lida cá fora a mensagem traduz-se na simplicidade brutal do mais interiorizado conceito em Portugal: nos grandes ninguém toca."
LN
sábado, 14 de novembro de 2009
Crónica - Berlim , Inês Pedrosa
" Vinte anos após a queda do Muro de Berlim outras fronteiras parecem agora erguer-se na Europa. A Amnistia Internacional recordou os Governos dos países europeus que devem agir urgentemente para pôr fim aos abusos e à discriminação contra migrantes, requerentes de asilo, detidos e minorias. "
Blog Amnistia Internacional
LN
O Povo é quem mais ordena
" Tanto lhe faz governar com Bloco de Esquerda ou com CDS-PP. Separados ou ao mesmo tempo. Abriu-se a tudo. O que lhe interessa é estar onde está. A todo o custo. Indo procurar governabilidade serôdia nos offshores das artimanhas políticas e nas zonas francas da incoerência. Mas os portugueses não escolherem o seu regime nos saldos num Freeport de conveniências políticas."
" Este monstruoso eunuco ideológico acrítico e abúlico que Sócrates queria como modelo para Portugal no Século XXI, se tivesse sido aceite, negaria tudo aquilo em que assenta a nossa liberdade e a nossa identidade. Abdicaríamos, de facto e de jure, da existência política. Felizmente, o país não se esgota em Sócrates. O resto dos líderes eleitos mandaram-no dar uma volta e passar mais pela Assembleia da República porque, quer ele queira quer não, o povo ainda é quem mais ordena. "
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Crónica Saramago
" Porque vivo no país de Saramago que tem como pátria a minha língua. Porque viajo com ele em jangadas de pedra que cruzam atlânticos e em passarolas que passam por cima da profunda maldade dos banais. Porque saltito pelas cortes de reis passados e impérios futuros montado no elefante mágico que ele nos deu para impressionarmos o universo. Porque sou também da pátria dele e sei que ele há-de viver por muitos anos nas ruas da minha cidade e ocasionalmente eu posso cruzar-me com ele, como a Joana Latino, minha colega, disse que gostava de fazer quando o entrevistou em Lanzerote. Porque ele vai continuar a ajudar-me a entender mais mundos que ainda não foram descobertos e que ele já conhece, porque viveu sempre na terra de amanhã onde eu nunca entrei. E que mos vai dando um a um. E eu fico mais rico. Porque ele vai continuar a começar os seus livros com dedicatórias encantadas com os hinos à vida de infinita beleza que só ele sabe compor. "a Pilar, a minha casa". Porque "sábio é o que se contenta com o espectáculo do mundo" como disse Ricardo Reis no ano da sua morte. Porque só há um país no mundo inteiro que tem um José Saramago e é o meu país. E o dele. Graças a Deus. "
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Mahatma Ghandi, Poema
Ensaia um sorriso
e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol
e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente
e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima
e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem
e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida
e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança
e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade
e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor
e fá-lo conhecer ao Mundo.
Ghandi
LN
JCP - 30 anos
E dia em que nasceu Álvaro Cunhal...
E relembrar alguns Ex-JCP, célebres pela sua militância no Vira-Casaquismo
Zita Seabra
Pina Moura
entre outros ...
LN
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Mahatma Ghandi, citações 12
Ghandi
no site pensador.info
LN
Crónica A face visível , Miguel Sousa Tavares
" Oiça, José Sócrates: o país que trabalha, que estuda, que inova, que arrisca e que dá trabalho a outros; o país que não foge ao fisco nem tem offshores e que paga impostos até por respirar; que não enriquece na bolsa nem vive a mendigar subsídios do Estado; que paga a escola dos filhos, as suas despesas de saúde e o seu plano de reforma, nada esperando da Segurança Social; o país que tem pudor em fazer negócios escuros com as autarquias ou as empresas públicas; o país que ainda não apanhou um avião para o exílio mas que também não deseja um lugar nos aviões das suas visitas de Estado a Angola, esse país está a ficar farto. Acredite que está. Não se manifesta nas ruas nem se organiza em 'Compromissos Portugal', que não são compromisso nem são Portugal. Mas existe e um dia destes explode. Nesse dia, o dr. Teixeira dos Santos vai-se espantar por descobrir que, mesmo já sem crise, a receita fiscal não há maneira de voltar a subir. Porque o animal raro conhecido por otário se terá extinto de vez.
Faz agora um ano que, 'para evitar o risco sistémico', o Governo nacionalizou os prejuízos do BPN. Um ano depois, a conta para os contribuintes já vai em 3,5 mil milhões de euros - três mil milhões e meio de euros! Vale a pena fazer as perguntas, em jeito de balanço: se o risco era sistémico, isso quer dizer que toda a banca funcionava no esquema de vigarice institucionalizada do BPN - foi isso que se quis esconder? Se o risco era sistémico, porque é que a banca privada não ajudou a banca pública a acorrer ao BPN? E, agora, tendo gasto mais dinheiro com o BPN do que gastou a pagar os subsídios de desemprego a meio milhão de desempregados, que lição, se é que alguma, extrai o governo dessa aventura? Que mensagem, se é que alguma, lhe ocorre dar aos pagadores de impostos? "
Texto publicado na edição do Expresso de 7 de Novembro de 2009
LN
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Mahatma Ghandi, citações 11
"Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo."
Ghandi
no site pensador.info
LN
PS visivel
TSF, 06/11/2009
" Em Loures, a oposição considera «um mau exemplo eticamente reprovável» as escolhas do presidente da Câmara, Carlos Teixeira, que nomeou a filha e o cunhado para o seu gabinete. A autarquia justifica as nomeações com o facto de estes serem cargos que exigem proximidade e confiança pessoal.
A filha do autarca de Loures foi nomeada há uma semana para adjunta do Gabinete de apoio ao Presidente, enquanto o cunhado de Carlos Teixeira foi contratado pela terceira vez para seu chefe de gabinete.
O vereador da CDU, António Pombinho, critica estas nomeações e defende que é um mau exemplo dado por um titular de um órgão público.
Criticas partilhadas pelo PSD, Nuno Botelho, que considera estas nomeações eticamente reprováveis.
Contactada pela TSF, a Câmara Municipal de Loures referiu em comunicado que os lugares ocupados pela filha e pelo cunhado exigem proximidade e confiança pessoal do presidente da câmara, o que justifica a escolha, e sublinha que os autarcas são livres de escolher quem integra os gabinetes de apoio pessoal."
O PS Loures, a sua "face visivel",
para quem votou nele em Loures
LN
Queda do Muro, 20 anos depois
TSF 09/11/2009
No dia em que se comemoram os 20 anos sobre a queda do Muro de Berlim, uma sondagem conclui que os alemães de Leste consideram que a reunificação não foi consumada e que a esmagadora maioria sentia-se bem na antiga Alemanha Democrática.
ouvir em:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1414459
No essencial, como nos relata o correspondente da TSF, José Belchior, as queixas resultam do modo como hoje se vive nos dois lados da Alemanha
O estudo indica que 50 por cento dos cidadãos da antiga Alemanha Democrática lamentam diferenças reais do nível de vida, lembrando que no Leste o desemprego é maior, os salários são mais baixos e o PIB é de apenas de um terço do registado no lado ocidental do país.
Doze por cento dos inquiridos recordam com saudade os tempos da RDA e outros tantos defendem mesmo que o muro devia ser reconstruído.
Somente um quinto dos alemães de Leste considera que a reunificação vai no bom sentido e muitos outros dizem que os irmãos do ocidente os tratam com arrogância.
LN
O PS e o Ocultismo
Público, Domingo 08/11/2009
Certidões do Face Oculta paradas quatro meses na PGR
" As nove certidões que o Departamento de Investigação e Acção Penal de Aveiro extraiu do processo de investigação conhecido como Face Oculta estiveram perto de quatro meses na Procuradoria-Geral da República (PGR) sem que o procurador-geral, Pinto Monteiro, lhes desse um destino. No rol, incluiu-se uma certidão que envolve o primeiro-ministro, José Sócrates, escutado em conversas telefónicas com Armando Vara, administrador do BCP, que suspendeu o mandato esta semana depois de ter sido constituído arguido no processo. Só depois das buscas realizadas a várias empresas públicas, no passado dia 28, é que Pinto Monteiro decidiu remeter um pedido de informações ao DIAP de Aveiro, solicitando novos dados. Ontem o PÚBLICO tentou, sem sucesso, esclarecer junto da PGR as razões da demora em tomar uma decisão. "
Pois , é um assunto tão normal, tão corriqueiro, tão pouco urgente ...
Pode bem esperar para depois das eleições, para não aborrecer os nossos chefes...
O Pinto Monteiro já com o caso Freeport nos braços, não quis estragar ainda mais as suas fériazinhas de Verão com esta trampa de gente...
É melhor deixar as coisas bem calminhas até o PS ganhar as eleições e depois logo se vê...
LN
Crónica Muro do Fundamentalismo, de Inês Pedrosa
" "Caim", de José Saramago, é um romance, isto é: uma ficção literária. É, além disso, um bom romance, isto é: uma narrativa de grande beleza, que rasga o tecido dos saberes sossegados e ergue um vendaval de perguntas. No lançamento deste romance, no "Escritaria" de Penafiel, evocando o Padre António Vieira, Saramago recordava essa coisa só aparentemente simples: escrever é "conhecer o sítio das palavras". A sua disposição exacta na frase.
Escrever é escolher, e a escolha pressupõe conhecimento das múltiplas possibilidades em jogo. Saramago debruçou-se sobre a Bíblia, o livro que determinou e determina ainda a visão do mundo que nos enforma, e interrogou as escolhas de deus - assim, com a mesma letra minúscula que usa para cada membro da humanidade por ele criada, porque é preciso abandonarmos a maiúscula da reverência quando queremos interrogar genuinamente. E viu-se mergulhado num dilúvio de vozes escandalizadas - algumas, poucas, de forma transparente, e a maior parte delas disfarçando o escândalo nas trincheiras da análise intelectual de segundo ou terceiro grau. "
" O escritor leu e releu a Bíblia e verificou uma evidência: que ela é um "manual de maus costumes, um catálogo de crueldades". Aliás, Saramago não foi, nem pretende ser, a primeira alma a ter feito essa verificação: sim, a Bíblia é também, entre outras coisas, esse catálogo. Há cerca de dois anos, Christopher Hitchens publicou "Deus não É Grande - Como as religiões envenenam tudo" e Fernando Savater publicou "A Vida Eterna", dois excelentes livros sobre a questão da maldade divina - ou de como os homens inventaram deus para se matarem uns aos outros. Na época, não vi nenhum dos que agora se assanham contra Saramago contestar as teorias idênticas de Hitchens ou Savater. É curioso que um romance, mesmo antes de ser lido, cause um terramoto que nenhum destes ensaios causou."
"Saramago tem o direito de ler na Bíblia o que lá está escrito. Cada palavra existe na frase para dizer alguma coisa - é aquela palavra e não outra que lá está. Todo o livro digno desse nome traça um pacto sagrado com a justeza de cada palavra. Escreveu Walter Benjamin: "A arte de narrar tende a acabar porque o lado épico da verdade - a sabedoria - está a morrer." A obra de Saramago prova que esta morte não está iminente.
E conseguiu já um feito notável: trazer para o horário nobre da televisão o debate sobre os fundamentos da nossa civilização, o sentido da vida e da morte - em vez da politiquice e do futebol que são os únicos debates constantes neste nosso mundo de crentes."
Texto publicado na edição do Expresso de 31 de Outubro de 2009
LN
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Mahatma Ghandi, citações 10
Ghandi
no site pensador.info
LN
www.fallberlinwall.com
fallberlinwall.com , 6/11/2009
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1412359
LN
Varas e Penedos... É este o PS (Alegre) que temos
"O despacho do juiz de instrução considera Manuel José Godinho o líder de um grupo de pessoas que com ele colaboraram na comissão de crimes, e define como colaboradores sete arguidos que terão de forma concertada sido cúmplices. Sem a sua participação nunca Manuel José Godinho teria conseguido concretizar o seu plano. Quanto ao tráfico de influências, o juiz considerou suficientemente demonstrada a adesão de outros cinco arguidos (Carlos Vasconcellos, Paulo Penedos, Lopes Barreira, Armando Vara e António Paulo Costa), os quais, frisa, a troco de vantagens patrimoniais e não patrimoniais favoreceram o grupo de Godinho junto de decisores políticos e económicos do sector público."
LN
Noticias do Primeiro-Ministro
«As escutas às conversa telefónicas mantidas entre Armando Vara e José Sócrates (...) foram consideradas "criminalmente relevantes"». Ainda segundo o i, o simples facto de as escutas terem sido transcritas implica que os investigadores tenham considerado os indícios de «crime grave com uma moldura penal aplicável acima de cinco anos de prisão».
Diz a mesma notícia que «Os investigadores suspeitam que o negócio das sucatas de Godinho e a alegada corrupção de gestores e funcionários de empresas do sector empresarial do Estado, está relacionado um esquema de financiamento ilegal de estruturas partidárias, a nível nacional e local. E as suspeitas não se reduzem ao Partido Socialista.»
Nada de estranho. Tudo o que já se sabe à muito tempo. Mas agora têm provas na mão. O Bloco Central no seu intimo.
Publiquem as gravações audio nos Jornais para os mais crédulos do regime socialista acreditarem.
PS