Site Recanto das Letras , Cândido ou o Otimismo - Voltaire
O MELHOR DOS MUNDOS
“... as coisas não podem ser de outro modo: pois, como tudo foi criado para uma finalidade, tudo está necessariamente destinado à melhor finalidade.”
Cândido ou o otimista, Voltaire
Cândido vive como agregado no castelo de um dos homens mais poderosos do local e tem como preceptor o mestre Pangloss. Durante toda sua vida aprendeu que deveria compreender todos os acontecimentos da melhor forma possível, pois nasceu como uma inserção possível no melhor dos mundos, e alimenta sua grande paixão por Cunegundes, filha do Barão que o abriga.O enredo nos surpreende com uma sucessão de desgraças: Cândido é expulso do castelo por ser surpreendido no único encontro com Cunegundes, Mestre Pangloss é enforcado, dissecado e reaparece vivo com explicações absurdas, Cunegundes se prostitui, envelhece carcomida por infortúnios...
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As diferenças sociais, os preconceitos, os idealismos exacerbados, as guerras permanentes e não motivadas, os inocentes, a corrupção...
Ricos argumentos para a vida de Cândido que teima em “sustentar que tudo está bem quando tudo está mal”, segundo os ensinamentos de Pangloss.
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O velho sábio Martinho enriquece as vivências de Cândido.
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Martinho é maniqueísta e não espera coisa alguma do mundo ou das pessoas. Seu olhar é realista, apesar de tão aviltante. “Por toda a parte os fracos abominam os poderosos perante os quais rastejam, e os poderosos os tratam como rebanhos de que vendem a lã e a carne”
“- Que mundo é este?” A indagação costura as mazelas do protagonista e encontra diversas respostas:
“o melhor dos mundos possíveis” de Pangloss ou “alguma coisa de louco e abominável” de Martinho.
Com amigas destas na investigação, bem pode o Sócrates dormir descansadinho.
Luis Neves
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
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