O Binho
Acordeie
alebantei-me.
Coxei-me.
Procurei
as chabes...
Encontrei.
Meti-as
à porta.
Em caja
entrei.
Na cojinha
o bagaxo
Busquei.
Olhei à bolta,
não encontrei.
Oubi a garrafa
tombar
no roupeiro.
AH!
Ao quarto
rumei.
E cuidadojamente
entrei.
Não hoube
berreiro.
Estranhei...
A Maria
taba
no xubeiro.
Ah, prontos,
lá xeguei.
Reparei
num pó axim branco no ar...
Huumm...
Neboeiro?
Abri
O roupeiro
Uma mão
paxa-me o bagaxo.
Era o padeiro.
Xaí de caja,
pelas escadas
rebolei.
Boltei
para a rua.
Jiguejaguei.
À porta da padaria
numa cuscubilheira
esbarrei.
Bai
Bar
Da
Mer
Da!
Recomendei.
A padaria
contornei.
Às boltas,
às trajeiras
lá xeguei.
À janela
de xima
um calhau
atirei.
No bidro
nem xei como
lá axertei.
A padeira
à janela
bei.
Abriu
as portadas
e me biu.
No peitoril
entre os bajos
poujou
xenxual
o xeu xeio.
E xorriu.
Tens o bagaxo?
Perguntou ela.
Tenho xim.
Respondi.
Atão xobe, porra!
Dixe ela.
E xubi.
Álvaro Santos
LN
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