Aqui fica uma sugestão de leitura , a escritora Inês Pedrosa que escreve no Expresso, Quem põe os cornos a quem?
(Embora não concorde com algumas das coisas que escreve, gosto de saber as opiniões dela)
"O país parece demasiado velho para ter memória, ou demasiado esperto para se lembrar de alguma coisa - como Dias Loureiro, vive em surpresa e ingenuidade, artes mais compensatórias do que as do trabalho e da honestidade.
Quando surgem documentos contraditórios com as afirmações de um político, o visado sacode a água do capote dizendo que, mesmo que o papel esteja assinado por si, a culpa é dos que vieram antes dele. O enxotar das responsabilidades para os outros é a causa principal do atraso português e aquilo que trava a força de qualquer reforma: quando se aponta o que está por fazer ou o que foi mal feito, o responsável lança as actas da História à cabeça de quem aponta, para explicar que não pôde fazer nada, que o mal vem de trás (ou de cima, ou de baixo), que não teve condições - pois se nem o Rei D. Sebastião ou Maria João Pires tiveram condições... "
"A segunda grande causa do atraso português é precisamente essa: os governos chegam ao poder e tratam de rasgar tudo o que vem de trás - muitas vezes até mudam o nome dos ministérios e das instituições públicas, o que representa um aumento da burocracia (mudança de leis internas) e um gasto desnecessário em papel, design e vidro. Que um par de cornos seja mais importante do que o trabalho em curso, isso é que trama o país."
Outro artigo A Cultura que nos acuda , Expresso
" Ora, a grande vantagem da crise é que fez cair dos altares os grandes deuses da economia. Tão espertos, tão brilhantes, tão hábeis no manejo dos números - e nenhum deles, no mundo inteiro, soube prever nem travar a epidemia de ganância e corrupção que nos fez dar a todos com os burrinhos na água."
LN
sexta-feira, 24 de julho de 2009
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