sexta-feira, 27 de março de 2009

Porque deviam sentir vergonha !!!

Professor no desfile de carnaval de Escola de Paredes de Coura Fev/2009

A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) contrariou hoje uma decisão do Conselho Pedagógico do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura – que decidira fazer a festa de carnaval dentro do estabelecimento – e ordenou ao Conselho Executivo que convoque os professores para fazerem o desfile pelas ruas, amanhã à tarde.“Tenho ordens para não falar, mas é impossível não reagir a esta desautorização da tutela em relação a uma decisão tomada em Conselho Pedagógico”, protestou a presidente do Conselho Executivo, Cecília Terleira, quando contactada pelo PÚBLICO.
A presidente do CE, que comentou que “os professores e os elementos dos órgãos de gestão da escola “estão em estado de choque com a falta de respeito da tutela por uma decisão tomada nos órgãos próprios”
Do Blog EDUQUÊS

MP fez buscas nos serviços do Ministério da Educação
Uma equipa de procuradores da 9.ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, especializados na área da corrupção e do crime económico, efectuou no mês passado uma série de buscas nos serviços centrais do Ministério da Educação, na Av. 5 de Outubro.Os magistrados, que não se fizeram acompanhar pela Polícia Judiciária, recolheram numerosos documentos e outros materiais relacionados com os dois contratos celebrados entre o Ministério da Educação e o jurista João Pedroso, em 2005 e 2007, no valor total de 287.980 euros. O objecto da contratação, feita por ajuste directo e decidida pessoalmente pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues, residia na realização de um levantamento de toda a legislação publicada em matéria de educação e na sua sistematização.
Questionada na imprensa e no Parlamento, nomeadamente com base na existência de numerosos juristas nos quadros do ministério capazes de fazer esse serviço, a iniciativa da ministra foi justificada no final de 2007 com a "especial aptidão técnica jurídica na área da educação" de João Pedroso - um juiz com licença sem vencimento desde 1990, que não tinha qualquer currículo em Direito da Educação, que era à época professor em regime de exclusividade na Universidade de Coimbra e que tinha ocupado altos cargos nos governos de António Guterres.
Do Blog EDUQUÊS


Indignações
Caro Senhor,

Por ter no sistema duas possíveis vítimas de …sabe Deus o quê, sou obrigado a pedir-lhe aceite este post, se entender conseguir evitar que o mesmo seja “vasculhado”.
Mas… de facto… enjoei ao assistir a um pequeno extracto da interpelação na Comissão de Educação. Aquelas três figuras parecem já do Apocalipse.
Reparo que já vem a terreiro, insurgindo-se contra o que se passou hoje no Parlamento, onde a Ministra Maria de Lourdes Rodrigues e Secretário de Estado … Pedreira se deleitaram, agredindo mais uma vez a classe dos Professores, quando questionados sobre o problema da entrega ou não dos objectivos.Possivelmente os Professores perderam infelizmente esta batalha, pois tiveram a infelicidade de ter de lidar com uma maioria absoluta completamente cega, prepotente, e classificada com todos os adjectivos sinónimos, abundantemente jorrados em todos os órgão de comunicação social, blogues e rádios.

Só os eleitores poderão voltar a dar alguma esperança a este País, quando em Outubro forem chamados a julgar este Governo, acusado de fazer leis à pressa, mal elaboradas, mal redigidas, confusas e também classificadas abundantemente com adjectivos bem demonstrativos da incompetência de que as faz.Não há volta a dar. É aguentar e…cara alegre.Mas…tudo tem limites. E o limite é a vergonha que deve ter alguém com responsabilidades na “governança”.
Foi muito chocado, que ouvi hoje um pequeno extracto da sessão na comissão de Educação. Estão invertidos todos os papéis neste País da maioria mais absolutamente anormal, comandada pelo também bem classificado em adjectivos nosso Primeiro Ministro Sócrates.
Embora leigo na matéria, entendo que a Assembleia da República (Deputados) têm por missão fiscalizar o Governo e a acção dos seus membros. Seja, em gira empresarial o Patrão é o Parlamento e os empregados os governantes. Portanto se um patrão aprova uma lei (mal ou bem) o patrão pode perguntar ao empregado se a mesma lei está ou não a ser bem interpretada. E podem surgir dúvidas. Agora não consigo aceitar que se permita que um Secretário de Estado (empregado), não eleito e portanto com um estatuto condicionado, diga para um Deputado (parte da Entidade Patronal), mas eleito meus senhores:
-Sec. Estado Pedreira:- as consequências… são as que vêm na Lei.
Deputado:- !!!!
Sec. Estado:- Não senhor Deputado,… não lhe vou ler a lei. Leia a Lei, leia a Lei.!!!
Se respeito é isto, meus amigos, adeus democracia.


Carta publicada no Blog Educação do meu Umbigo

" No trio da 5 de Outubro há uma imensa falta de cultura democrática, mas isso já sabíamos.
Mas o que me ocupa aqui é mesmo o secretário Pedreira, ele sim um coitadinho dos verdadeiros que, vendo-se detentor de um cargo político por obra e graça de jogos de nomeação política, é obrigado a ir ao Parlamento responder a deputados que - por muitos defeitos que a nossa democracia tenha - ainda foram efectivamente eleitos.
Porque o secretário Pedreira, tal como o secretário Lemos e a ministra Rodrigues, é um coitadinho merecedor do nosso dó pois interrompem a sua denodada acção governativa para se ir explicar ao Parlamento. O que me parece inconcebível.
Pior, fazem-no dar explicações sobre reles professorzecos que insistem em não fazer aquilo que a lei efectivamente não obriga a fazer. Coidadinho dele.
E coitadinho dele ainda mais porque, depois de achar que todos os zecos incumpridores devem ser castigados em termos de progressão e «concurso» [sic], acaba a declarar que até pode não ser assim, tudo depende dos órgãos de gestão porque a lei é geral e abstracta, mas depois é aplicada caso a caso.
Coitadinho de quem é obrigado a tamanho exercício de contorcionismo intelectual.
Quanto a todos nós, somos coitadinhos porque o temos de aturar, mas ao seu tom de escárnio constante para com aqueles muitos milhares de professores que ousam discordar das leituras arrevezadas que o secretário Pedreira tem das leis que emanam da 5 de Outubro, elas próprias uma manta de retalhos de escasso sentido.
E coitadinhos de nós porque ainda tivemos de levar com o secretário lemos a tentar ser jocoso com os deputados acerca dos dados da violência escolar."

Prof. Paulo Guinote , em Educação do meu Umbigo

Acho que quem não quer saber o que se tem passado neste governo na área da educação, é porque não quer.
LN

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