segunda-feira, 31 de agosto de 2009
EM SETEMBRO!!!!
A notícia de que cerca de 80 mil crianças do Malawi – algumas com cinco anos – sofrem problemas terríveis de saúde nas plantações de tabaco – com o equivalente ao consumo de cinquenta cigarros por dia – e que trabalham cerca de 12 horas para ganhar menos de 15 cêntimos passou despercebida.
Em Portugal, felizmente, as coisas não se passam assim. Por ora. Mas há muita fome e há trabalho infantil. Já em Setembro, muitas famílias sem emprego ficarão também sem direito a subsídio e mais empresas vão fechar. Estes são os problemas que interessam. Se a globalização persistir na sua corrida desenfreada, gerando cada vez mais desempregados e deslocalização de empresas, sem soluções, as condições de trabalho vão degradar-se a níveis por agora impensáveis. Cassandra era "louca", mas a verdade é que Tróia ardeu.
Assegurar um futuro digno é um imperativo, mas se não houver a preocupação de reestruturar economicamente o País, de alto a baixo, e de qualificar as crianças na educação... pouco ou nada nos espera.
domingo, 30 de agosto de 2009
Poema - Identidade, de Miguel Torga
Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.
Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.
Mas como as inscrições nas penedias
Têm maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.
Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório'
No Blog Cantigueiro , do Samuel
LN
Morais e Castro (1939-2009)
Não sendo eu “do teatro”, quase sempre que as minhas cantigas se cruzavam com Morais e Castro ele estava generosamente fazendo de apresentador da sessão, ou algo assim igualmente afastado do que foi a sua paixão maior, depois da liberdade, o teatro. Sempre grande companheiro, sempre disponível, sempre com o ar simples de quem não tivesse, por exemplo, ajudado a renovar o teatro em Portugal, nomeadamente no Grupo 4, que fundou com os seus amigos Rui Mendes, João Lourenço e Irene Cruz.
Apesar de todo o trabalho desenvolvido em 50 anos de teatro, quiseram a vida e as opções artísticas das nossas televisões, que Morais e Castro se tornasse conhecido do grande público pela participação em novelas e, sobretudo, pela série do “Menino Tonecas”, onde o seu personagem de professor pretensamente severo (sem nunca conseguir sê-lo realmente), fez rir milhares de portugueses, que na sua maioria nunca souberam que também lhe deviam um pouco a possibilidade de rir assim, sem medo, sem censura prévia, em liberdade.
Obrigado, Zé!
No Blog Cantigueiro, do Samuel
LN
sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Estrelas em Agosto 1
Olhando para Norte, vêem-se sete estrelas razoavelmente brilhantes, sugerindo a forma de uma enorme concha ou tacho com cabo.
A Ursa Maior é constituída por 7 estrelas, razoavelmente brilhantes e bastante dispersas. Juntas formam a terceira maior constelação. Esta constelação, somente é visível no hemisfério Norte. Recentemente, descobriu-se um planeta temperado gravitando à volta de uma das suas estrelas. O par de estrelas Merak e Dubhe formam as chamadas «Guardas», muito úteis para se localizar a Estrela Polar. Curiosamente, existem duas estrelas (Mizar e Alcor) que se confundem com uma apenas, mas um bom observador consegue distingui-las a olho nu.
em Apresentação Constelações da Univ.Minho
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
É a vida
“ Mas não «é a vida»?
Lembremo-nos que esta expressão vem de longe, e de uma zona discursiva: costumava terminar os comentários e análises de António Guterres, o primeiro-ministro socialista. Com uma leve carga de resignação, ele pretendia exprimir uma velha sabedoria cristã: aceitemos os males do mundo, os dissabores, tudo o que vai contra a nossa vontade, porque isso resulta de uma lógica e de um poder que nos ultrapassam. E já que a lógica do tempo histórico é imbatível, aproveitemos então para, na nossa pequena esfera, tirarmos pequenos benefícios individuais. O sentimento de responsabilidade por uma comunidade, por um país, parece ter desaparecido.
Em política este tipo de transferência de regras morais de conduta para a esfera governativa pode ser extremamente perigoso. A resignação leva à impotência, a passividade à inércia e ao imobilismo: o governo de Guterres caiu porque não governou, ponto final. O de Durão Barroso não terminou, por razões de conveniência pessoal do primeiro-ministro. O governo de Santana Lopes vive só de pequenos (ou grandes) gozos que a governação propicia. “
“Como convém televiver” em“Portugal, Hoje - o medo de existir “, José Gil
Publicado em 2004
Os governos de Guterres e José Sócrates (de 1995 – 2001) Não Governaram! Sócrates esteve nestes “Não-Governos” como Ministro adjunto do PM, Ministro da Juventude e como Ministro do Ambiente.
Infelizmente parece que os portugueses não se aperceberam deste facto, e não lêem o que escreve um dos maiores filósofos portugueses José Gil. Infelizmente o que os portugueses fizeram 3 anos depois desses governos foi Premiar este senhor Sócrates e o seu Partido Socialista com uma maioria absoluta.
E o resultado está à vista.
Desta vez este partido governou sim, é certo, Governou MUITO MAL! E Fez MUITO MAL ao País!
Consequências de um Governo PS e de um PM Sócrates que formaram um governo falhado.
- A Maior e mais Prolongada Recessão económica da história.
- A Maior taxa de desemprego de sempre em Portugal, 9,1% , cerca de meio milhão de desempregados inscritos nos centros de emprego ( cerca de metade sem direitos a qualquer apoio do estado).
- O único Primeiro-Ministro Português, sobre o qual recaem suspeitas de uma investigação judicial num caso de favorecimento e licenciamento com suspeitas de pagamentos ilícitos (vulgo “luvas” ou “suborno”).
LN
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Com fúria e raiva acuso o demagogo
De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia de Mello Breyner Andresen
O Pior Demagogo é o da imagem...
LN
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
64?, Beatles
When I get older
losing my hair
Many years from now.
Will you still be sending me valentine,
birthday greetings,
bottle of wine?
If I’d been out till quarter to three
Would you lock the door?
Will you still need me,
will you still feed me,
When I’m sixty four?
I could be handy
mending a fuse
When your lights have gone
You can knit a sweater by fire-side,
Sunday mornings, go for a ride
Doing the garden,
digging the weeds
Who could ask for more?
Will you still need me,
will you still feed me,
When I’m sixty four?
Send me a post-card,
drop me a line
Stating point of view
Indicate precisely what you mean to say,
Yours sincerely wasting away.
Give me an answer,
fill in a form,
Mine forever more
Will you still need me,
will you still feed me,
When I’m sixty four?
Beatles
LN
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Poema - Cecilia Meireles (2)
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecilia Meireles
LN
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Mandatária da Juventude do PS
Vejam no Post http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/2009/08/carolina-patrocinio.html
E retiro do Post do Samuel;
Ficamos a saber que trabalha apenas para se divertir, pois “felizmente não precisa de trabalhar”, que “detesta frutas que tenham que ser descascadas” ..., “só como cerejas se a minha empregada lhes tirar os caroços”, aplicando-se o mesmo princípio às grainhas das uvas, que, segundo ela, “são uma grande trabalheira”.
gostaria de chamar a atenção para uma pequena frase da Mandatária, ... Diz a Mandatária da Juventude:
“Sou muito competitiva. Detesto perder! Prefiro fazer batota, a ter que perder!”
Ora aí está! Quase que aposto ter sido esta a “qualidade” (para Sócrates um verdadeiro programa eleitoral...) que cativou o Primeiro Ministro e fez de Carolina uma incontornável Mandatária.
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Para os que votam no PS , este tipo de escolhas para representarem a cara dos jovens do PS deve ser muito pouco confortável.
Acho um pouco inexplicável apresentar uma miúda assim, que diz este tipo de futilidades...
mas é o Marketing político será???
PARA MIM, esta mandatária para a juventude socialista só consegue mostrar o nivel de imbecilidade ou de infantilidade a que este PS chegou.
Luis Neves
Poema juvenil de Cecilia Meireles
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem do nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá.
Nem conhece nem lá nem si
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
E não fica tonta nem sai do lugar.
Põe na cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.
Cecilia Meireles, Ou Isto ou Aquilo, Editora Nova Fronteira
LN
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Uma Boa Resposta ao Ferro
Eleições: BE afasta hipótese de entendimento com o PS (Expresso online)
Fernando Rosas garante que o seu partido não aceitará qualquer tipo de acordo, pré ou pós-eleitoral, com o Partido Socialista nas próximas legislativas de 27 de Setembro.
"Está totalmente fora de causa qualquer entendimento com o PS de José Sócrates, quer pré, quer pós-eleitoral", assegurou o deputado do BE que hoje à noite participa numa arruada no Barreiro.
"As bases políticas programáticas do PS são completamente contrárias às do Bloco", assinalou Fernando Rosas, para justificar a exclusão de qualquer hipótese de entendimento com o actual partido no poder.
"Este é o Governo do corte do investimento público, do código de trabalho, da reforma do sistema de segurança social que obriga as pessoas a trabalharem mais anos para ganharem menos, que levou o desemprego para níveis recorde, que promoveu o trabalho precário, sobretudo para as futuras gerações, que atacou a escola pública e os professores, que privatizou sectores estratégicos da economia portuguesa", disse à Lusa Fernando Rosas, de forma a sublinhar a rejeição de uma aproximação ao PS
"Não há entendimento possível", sublinhou, acrescentando que "o futuro da modernização do país está à esquerda".
O deputado bloquista não fechou, contudo, a porta a um entendimento com o PCP, revelando que o BE está aberto a uma aproximação "a todas as forças sociais e políticas à esquerda do PS", considerando que é a vez do PCP revelar a sua posição sobre a matéria.
"Queremos mudar o panorama político do país actual e acabar com a alternância no poder do PS e do PSD, mas é um processo que vai demorar o seu tempo, sendo que as próximas eleições legislativas deverão dar um impulso à mudança", frisou.
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Ainda bem que o Fernando Rosas e o BE têm a minha opinião sobre matérias de chegar ao poder em Portugal, e que ele rejeita qualquer entendimento com este partido de direita o PS.
Está escrito. O Programa do BE apresentou tem esse compromisso.
Não há qualquer politica que se possa seguir à esquerda em Portugal com este PS.
Já era tempo de o Ferro Rodrigues e o Manuel Alegre e Helena Roseta fundarem um novo partido socialista, mas um que seja de esquerda.
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PCP não vai compactuar com políticas do PS em troca de "lugares no Governo"
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse hoje que o partido não vai compactuar com as políticas do Partido Socialista em troca de lugares no governo e voltou a negar uma possível coligação.
"Não nos ofereçam lugares com base na cumplicidade daquilo que está mal na sociedade portuguesa", afirmou, acusando o socialista Ferro Rodrigues de abordar a questão de um possível Bloco Central com "ligeireza".
Confrontado pelos jornalistas com estas declarações, o líder do PCP disse que sem discussão e sem a correcção de "entorses" e "injustiças", o PCP não vai aceitar uma negociação de lugares, exigindo que o PS mude de política.
"O PS tem uma posição imobilista e não pode pedir ao PCP que assine de cruz uma política que consideramos desastrosa", disse o líder dos comunistas, à margem do piquenique anual em Monte Gordo.
"Não estamos aqui para impedir quer cresça o nariz do Pinóquio, o nosso compromisso é com o povo e não com o PS e a sua política de direita", concluiu.
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Muito Bem JERÓNIMO!!!
Haja algum partido com coerência! Com o que disse, e criticou e lutou contra as políticas deste último governo PS, durante estes últimos quatro anos e meio!
Luis
Até quando terás, minha alma, esta doçura
este dom de sofrer, este poder de amar,
a força de estar sempre – insegura – segura
como a flecha que segue a trajetória obscura,
fiel ao seu movimento, exata em seu lugar...?
Cecília Meireles
(em Webclub)
LN
domingo, 16 de agosto de 2009
Propostas PCP - CDU às eleições 27 Setembro
Leiam, e decidam bem.
PROPOSTAS de JERÓNIMO de SOUSA e do Programa eleitoral do PCP
artigo publicado no JN de 15/08/09
" O que verdadeiramente está em causa nas próximas eleições é saber se vamos ter mais do mesmo ou se país caminha no sentido da ruptura e da concretização de uma nova política como a aquela que nós propomos para o país.
É decidir entre as imobilistas e fracassadas receitas e a nova política de desenvolvimento económico que propomos que tem subjacentes a realização de três objectivos centrais:
- o pleno emprego, como objectivo primeiro das políticas económicas;
- o crescimento económico sustentado, pelo crescimento significativo do investimento público, ampliação do mercado interno, acréscimo das exportações, aumento da competitividade e produtividade das empresas portuguesas
- a defesa e afirmação do aparelho produtivo nacional como motor do crescimento económico.
Entre as receitas do capitalismo neoliberal dominante ou uma nova política de desenvolvimento económico que têm na recuperação pelo Estado do comando político e democrático do processo de desenvolvimento, a primeira grande linha de orientação visando a afirmação da soberania com a concretização de um sector empresarial do Estado forte e dinâmico nos sectores estratégicos, nomeadamente no sector financeiro, na energia e nas comunicações, condição chave para a manutenção em mãos nacionais de alavancas económicas decisivas para a promoção do desenvolvimento e garantir um apoio prioritário e preferencial a micro, pequenas e médias empresas.
Entre uma política de regressão social e uma política alternativa de valorização do trabalho e dos trabalhadores, através de uma justa repartição da riqueza com a valorização dos salários e do seu poder de compra e o aumento do salário mínimo nacional, da defesa do trabalho com direitos, de uma justa política fiscal.
Uma política fiscal que alivie a carga sobre as classes laboriosas e pequenas empresas, através do alargamento da base e do aumento da fiscalização tributárias, da significativa redução dos benefícios fiscais, designadamente no sector financeiro, da diminuição do IVA, do combate à evasão e fraude fiscais e da imposição fiscal sobre o património mobiliário e ganhos bolsistas.
Sem a valorização dos salários, sem o combate às baixas reformas e sem o reforço das prestações sociais, nomeadamente do subsídio de desemprego, será sempre correr atrás da pobreza.
Mas as opções no próximo dia 27 de Setembro são também entre a política de fragilização e privatização e encerramento de serviços de públicos como a que tem sido seguida e uma política social como a que o PCP propõe dirigida para a igualdade, dignidade e bem-estar dos portugueses.
Uma política de promoção de uma administração e serviços públicos, nomeadamente um Serviço Nacional de Saúde de qualidade e uma escola pública que garanta a gratuitidade de todo o ensino e um sistema público e universal de Segurança Social fortalecido, na base de um novo sistema de financiamento que garanta a elevação das pensões e reformas.
Uma nova política ao serviço do desenvolvimento regional que rompendo com a política centralista de sucessivos governos adopte uma verdadeira reforma democrática da Administração Pública, procedendo à criação e instituição das regiões administrativas e promova um decisivo combate às assimetrias regionais.
Uma nova política que responda a importantes necessidades imediatas das populações e do país. Que tome medidas para a imediata alteração dos aspectos negativos do Código do Trabalho e da legislação laboral da Administração Pública; promova a revogação do estatuto da carreira docente e alteração do modelo de avaliação; o direito à reforma aos 65 anos e possibilidade da sua antecipação sem penalizações para carreiras contributivas de 40 anos; o lançamento de um programa especial para garantir o acesso à consulta no próprio dia nos Cuidados Primários de Saúde e entre outras de apoio e defesa dos sectores produtivos nacionais, onde se incluem a eliminação do Pagamento Especial por Conta para as micro e pequenas empresas e a do estabelecimento de valores referência das taxas de juro.
Ao contrário do que afirmam os que pensam que têm o direito à exclusividade ou ao monopólio do Poder, estamos prontos para assumir as mais elevadas responsabilidades. Seremos governo, se e quando o povo português quiser e quando a ruptura e a mudança de políticas forem impostas pela vontade popular.
Está nas mãos dos portugueses contribuir com o reforço do PCP e com a ampliação decisiva da sua influência eleitoral e política concorrer para o surgimento das condições para uma outra política e um outro governo, patriótico e democrático, ao serviço do povo e dos interesses nacionais. "
LN
Cantico iv - Cecilia Meireles
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecília Meireles
Webclub
LN
sábado, 15 de agosto de 2009
CCB fora de si - Música
CCB Fora de si 09 - Informações
Este fim de semana Belém Urbana
TORA TORA BIG BAND - Música
CONCERTO/BAILE
15 Ago 2009 - 22:10
PRAÇA MUSEU (ENTRADA LIVRE)
Em 2001, a cidade de Lisboa serviu de inspiração à formação da Tora Tora Big Band, uma orquestra de jazz que reúne músicos de múltiplas nacionalidades, num poderoso naipe de metais e uma secção rítmica estrondosa. Através de um repertório que cruza o jazz e a world music, a aposta desta vibrante formação passa pela renovação do velho conceito das antigas big bands que tocavam música para dançar, apresentado desta vez com elementos e tendências sonoras bem recentes, como afro, latin, funk, arabic, trance, reggae e drum’n bass.
Trompetes Miguel Gonçalves Johannes Krieger
Saxofones Zé Maria
Trombones Lars Arens Luís Cunha
Baixo Francesco Valente
Teclados Filipe Raposo
Percussão Hugo Menezes
Bateria Davide Rodrigues
16 Ago 2009 - 22:00
PRAÇA MUSEU (ENTRADA LIVRE)
O Groove 4tet, formado em 2006, surgiu da necessidade que quatro músicos e amigos tinham de criar algum espaço sonoro onde pudessem expor as suas influências e ambições musicais e encontrar o equilíbrio para as suas diferentes raízes, sonoridades e direcções. Partiram do gosto comum pela música soul, blues, funk e jazz, que aliaram à vontade de trazer de novo a dança aos clubes de jazz. O repertório explora temas de artistas precursores neste género, como John Scofield, Joshua Redman, Soulive, Stevie Wonder, Herbie Hancock, entre outros, mas assenta acima de tudo em temas originais deste jovem quarteto.
Fred Martinho guitarra
Pedro Pinto contrabaixo
Joca bateria
Daniel Lima teclados
E ontem (14/08) houve Jazz no CCB
CATARINA DOS SANTOS - NO BALANÇO DO MAR
Muito Giro, muito bom!!
LN
Jerónimo de Sousa - artigo
Jerónimo de Sousa , secretário geral do PCP
" Esta semana o PCP deu a conhecer ao país o seu programa eleitoral. É o programa de uma força que se apresenta às próximas eleições no quadro da CDU com uma clara proposta alternativa e de ruptura com as políticas e soluções governativas que levaram o país à estagnação e à crise.
É um programa com propostas para inverter a longa trajectória de regressão económica e social e de declínio nacional que anos de política de Direita conduziram o país e melhorar a vida dos portugueses com mais justiça social. "
" É hoje inquestionável que o país vive uma crise económica e social de grandes proporções.
Crise que não é de hoje, nem veio apenas de fora, mas que tem causas internas que se têm manifestado com cada vez mais virulência na vida da maioria dos portugueses.
Causas que têm a sua raiz em políticas que alimentam o monstro da acumulação e da centralização da riqueza nacional nas mãos dos grandes grupos económicos e financeiros que dominam os sectores estratégicos - da banca à energia, dos seguros à telecomunicações - e que se tornaram o principal instrumento de espoliação da economia portuguesa, dos seus sectores produtivos, dos trabalhadores, dos micro, pequenos e médios empresários e das famílias. "
" As eleições do próximo dia 27 de Setembro são a grande oportunidade para romper o ciclo da alternância sem alternativa entre PS e PSD com a ajuda do CDS que bloqueia uma saída com novas soluções para o país.
Os que têm governado o país e são responsáveis pela situação a que se chegou tudo fazem para continuar a iludir as suas responsabilidades e identidade das suas políticas. Não têm nenhuma resposta nova e diferente para os problemas. Prometem o prometido e nunca cumprido. Repisam nos seus programas e propostas as orientações fundamentais que conduziram ao afundamento do país. "
VALE A PENA SABER QUAIS SÃO AS PROPOSTAS E O DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FEITA PELOS PARTIDOS Mais à ESQUERDA , E LER E DISCUTIR o PROGRAMA DO PCP.
O Futuro do PAÍS Não se resume só aos Partidos do Centro e ao seu rotativismo que dura hà mais de 30 anos! entre as memas forças políticas.
VOTAR NA CDU , por uma questão de confiança !!!
LN
Motivo - Cecilia Meireles
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Cecília Meireles
Foto:José Marafona
Mai nada!
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Quem me compra um jardim com flores?
Borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?E o grilinho dentro do chão?
(Este é o meu leilão.)
Cecília Meireles
Fui buscar a um blog que é muito bom - Tempo de Teia - http://tempodeteia.blogspot.com/2007/04/pscoa-pausa-branca-e-verde.html
Vale a pena conhecerem este Blog,
Obrigada pela tua visita Ana Lima, este poema também é giro,
LN
domingo, 9 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Poema - Cecilia Meireles
Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
Este é um dos textos que mais gosto da Cecilia Meireles , encontrei no Blog Webclub, e depois fui descobrindo mais poesia que gosto muito.
Porque ontem tive uma visita aqui no Blog (Obrigado pela visita!),
que me deixou um comentário muito simpático,
vou então deixar aqui mais alguns poemas da Cecilia Meireles.
LN
Lendas das sereias - Marisa Monte
Oguntê, Marabô , Caiala e Sobá
Oloxum, Ynaê, Janaina e Yemanjá
São rainhas do mar
"Mar , misterioso mar,
que vem do horizonte,
é o berço das sereias
lendário e fascinante
olha o canto das sereias
loá
em noite de lua cheia
eu oiço a sereia cantar,
E o luar , e o luar sorrindo, :)
então se encanta
com as doces melodias
os madrigais vão despertar"
"Ela mora no mar
ela brinca na areia
no balanço das ondas
a paz ela semeia"
"Ela mora no mar
ela brinca na areia
no balanço das ondas
a paz ela semeia"
Oguntê, Marabô , Caiala e Sobá
Oloxum, Ynaê, Janaina e Yemanjá
São rainhas do mar
Marisa Monte
LN
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
"excesso de pouca vergonha"!!! de Samuel
Isaltino de Moraes - super-lapa...
O Tribunal deu como provadas as acusações que conseguiu dar como provadas (La Palisse): fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. Mais haveria...
Para se ter alguma noção do acórdão, ajudará, ver algumas frases respigadas do dito, lidas há pouco no Correio da Manhã:
"[Isaltino Morais] fez afirmações inverosímeis e absurdas, como quando disse em tribunal: "Sempre gostei de numerário, que eu saiba não é crime"
"O arguido Isaltino Morais manifestou [ao longo do julgamento] total ausência de consciência crítica como cidadão e como detentor de cargo político"
"[Tendo sido magistrado do Ministério Público, Isaltino Morais] não podia desconhecer as obrigações que tinha perante a Administração Fiscal"
"O arguido sabia que abusava das suas funções enquanto presidente de Câmara. Dúvidas não subsistem de que violou os deveres do cargo que ocupa"
"[Isaltino Morais] tentou negar o inegável ao pretender ocultar ser o verdadeiro titular das mesmas [sobre as contas de que era titular na Suíça]"
Tudo visto e depois de anos de processo e meses de julgamento, o Tribunal sentenciou Isaltino Morais em sete anos de prisão efectiva, pagamento de 463 mil euros ao Fisco e perda de mandato. Qual é o resultado imediato? Este título do DN: “Isaltino Morais fica na Câmara e vai recorrer”.
A minha vasta ignorância no que respeita aos insondáveis caminhos da justiça, não me permite uma grande reflexão sobre o tema. Não sei se existe em Portugal um excesso de “garantismo”, ou se pelo contrário, se trata de um excesso de pouca vergonha... mas que há algo de profundamente errado nesta estória, isso há!
no Blog Cantigueiro
LN
Lua adversa - Cecilia Meireles
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
Cecilia Meireles
LN
terça-feira, 4 de agosto de 2009
O quê , mas isto é pago? assistência religiosa nos hospitais paga-se?
Site http://www.laicidade.org/
VER Comunicado sobre Assistência Religiosa estatal no Site
Noticias no jornal Público
Igreja e Governo chegam a acordo sobre assistência religiosa nos hospitais, prisões e forças armadas
Associação República e Laicidade contra Estado pagar assistência religiosa
Mas os Padres não têm vergonha de cobrar dinheiro por uma coisa destas???
Mas por este serviço a doentes eles cobram dinheiro?
Será que têm alguma deontologia profissional?
Para que têm então tantos proridos morais com outras coisas?
Será que já não fazem mesmo nada de graça??? Incrivel !!!
LN
Renova-te - Cecilia Meireles
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
Cecilia Meireles
LN
Governo PS na área ambiental é patético
Ler o artigo esclarecedor Compensar o crime
deixo o inicio e o fim deste artigo que achei importante realçar.
"Diz-se de um prédio clandestino que foi "construído à multa". A multa em Portugal entra nas contas. É um custo entre outros e agora até o Estado o assume como política manhosa: combina com os prevaricadores uns montantes pacholas para as coimas.
Vem tudo isto a propósito da celebração do próximo 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente, este ano comemorado com uma espécie de despenalização dos crimes ambientais.
Às avessas de toda a preocupação internacional, de todas as tendências comunitárias, de todo o espírito contemporâneo relativamente aos problemas ambientais e paisagísticos e contra o esforço dos nossos empresários mais evoluídos, o Governo decidiu reduzir as coimas por danos ambientais."
"Esta alteração à Lei não passa de um desastrado gatafunho ao pior estilo de um pato-bravo. Foi engano, ou o Governo já se considera em fase de comissão liquidatária?"
Ainda não vi nada do programa do PS na área do Ambiente, nem consigo ver nada nos jornais que refiram algumas preocupações nesta matéria (Com a excepção da aposta na produção de veiculos eléctricos). Pelos vistos é a atenção que este ex-ministro do ambiente dá a estas matérias para a próxima legislatura.
Bem razão tem a Luisa Schimdt quando fala de este Governo PS ser uma comissão liquidatária e que este PM Sócrates actua como um pato-bravo e é patético.
LN
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Blog Amnistia Internacional - Não esquecer Darfur
Para quem não conhece , o Blog da Amnistia em Portugal, para acompanhar as actividades da Amnistia internacional em Portugal.
Ver o Post sobre o Darfur - "Este Verão não esqueça o Darfur"
com o video dos Mattafix "living Darfur"
LN
Gargalhada - Cecilia Meireles
Homem vulgar! Homem de coração mesquinho!
Eu te quero ensinar a arte sublime de rir.
Dobra essa orelha grosseira, e escuta
o ritmo e o som da minha gargalhada:
Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!
Não vês?
É preciso jogar por escadas de mármores baixelas de ouro.
Rebentar colares, partir espelhos, quebrar cristais,
vergar a lâmina das espadas e despedaçar estátuas,
destruir as lâmpadas, abater cúpulas,
e atirar para longe os pandeiros e as liras...
O riso magnífico é um trecho dessa música desvairada.
Mas é preciso ter baixelas de ouro,
compreendes?
— e colares, e espelhos, e espadas e estátuas.
E as lâmpadas, Deus do céu!
E os pandeiros ágeis e as liras sonoras e trêmulas...
Escuta bem:
Ah! Ah! Ah! Ah!
Ah! Ah! Ah! Ah!
Só de três lugares nasceu até hoje essa música heróica:
do céu que venta,
do mar que dança,
e de mim.
Cecilia Meireles
LN
domingo, 2 de agosto de 2009
Explicação - Cecilia Meireles
Esta areia tão clara com desenhos de andar
dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.
Cecília Meireles
(em Webclub) LN
sábado, 1 de agosto de 2009
PS e as Obras Públicas, o sonho de Sousa Tavares
vejam a noticia do jornal Público; PS reitera continuidade de grandes obras públicas
ALTA VELOCIDADE Portugal mais próximo - (próximo de quê)(??da falência??)
E ler agora o que tem a dizer o comentador político Miguel Sousa Tavares, no artigo do Jornal Expresso de 29 Junho, "Esta noite sonhei com Mário Lino"
É de notar que este escritor tem sido um defensor deste governo PS, e em particular da sua "querida" ministra da educação.
Há pessoas que escrevem, mas depois parece que têm várias personalidades dentro delas.
Este Sousa Tavares que escreve isto será um personagem de um dos seus livros? não é ele mesmo...?
LN
Retrato - Cecília Meireles
assim calmo, assim magro, assim triste,
nem estes olhos tão vazios
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Cecília Meireles
(em Webclub) LN