Quem, por parte do PCP e inspirando-se em Bertold Brecht, disse que com a morte de José Morais e Castro se perdeu “um dos imprescindíveis”, foi tão feliz nessa classificação, que me dispensa de tentar dizer mais.
Não sendo eu “do teatro”, quase sempre que as minhas cantigas se cruzavam com Morais e Castro ele estava generosamente fazendo de apresentador da sessão, ou algo assim igualmente afastado do que foi a sua paixão maior, depois da liberdade, o teatro. Sempre grande companheiro, sempre disponível, sempre com o ar simples de quem não tivesse, por exemplo, ajudado a renovar o teatro em Portugal, nomeadamente no Grupo 4, que fundou com os seus amigos Rui Mendes, João Lourenço e Irene Cruz.
Apesar de todo o trabalho desenvolvido em 50 anos de teatro, quiseram a vida e as opções artísticas das nossas televisões, que Morais e Castro se tornasse conhecido do grande público pela participação em novelas e, sobretudo, pela série do “Menino Tonecas”, onde o seu personagem de professor pretensamente severo (sem nunca conseguir sê-lo realmente), fez rir milhares de portugueses, que na sua maioria nunca souberam que também lhe deviam um pouco a possibilidade de rir assim, sem medo, sem censura prévia, em liberdade.
Obrigado, Zé!
No Blog Cantigueiro, do Samuel
LN
Não sendo eu “do teatro”, quase sempre que as minhas cantigas se cruzavam com Morais e Castro ele estava generosamente fazendo de apresentador da sessão, ou algo assim igualmente afastado do que foi a sua paixão maior, depois da liberdade, o teatro. Sempre grande companheiro, sempre disponível, sempre com o ar simples de quem não tivesse, por exemplo, ajudado a renovar o teatro em Portugal, nomeadamente no Grupo 4, que fundou com os seus amigos Rui Mendes, João Lourenço e Irene Cruz.
Apesar de todo o trabalho desenvolvido em 50 anos de teatro, quiseram a vida e as opções artísticas das nossas televisões, que Morais e Castro se tornasse conhecido do grande público pela participação em novelas e, sobretudo, pela série do “Menino Tonecas”, onde o seu personagem de professor pretensamente severo (sem nunca conseguir sê-lo realmente), fez rir milhares de portugueses, que na sua maioria nunca souberam que também lhe deviam um pouco a possibilidade de rir assim, sem medo, sem censura prévia, em liberdade.
Obrigado, Zé!
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