quarta-feira, 30 de setembro de 2009
belos titulos
Titulo da Revista "Pública", 27/09/2009
tema; 60 anos da Revolução Chinesa
Pois é a vida!
todo o mundo é composto de mudança!
Cá se vai andando, com a cabeça entre as orelhas...
LN
Depois da vitória do PS e de Sócrates (1)
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Depois da vitória do PS e de Sócrates
O que era necessário era uma revolução.
Mas ficam as canções que recordam a revolução dos nossos pais e avós.
Ainda há quem deseje outro país! A maioria quer mesmo é este, como está, com a mesma malta a mandar, os de sempre.
"E depois do amor
E depois de nós
do dizer adeus
de ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
tua paz, que perdi
minha dor, que aprendi
de novo vieste em flôr
te desfolhei
E depois do amor
E depois de nós
o Adeus
DE ficarmos sós!"
Paulo de Carvalho
LN
Mafaldinha
A pequena Mafalda faz 45 anos
no jornal Público
A primeira história de Mafalda foi publicada a 29 de Setembro de 1964. O seu criador, o argentino Quino, pensara pela primeira vez na menina contestatária dois anos antes, para uma campanha publicitária da marca de electrodomésticos Mansfield que nunca chegou a ver a luz do dia.
LN
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Música de Intervenção (12)
Grandola, Vila Morena
José Afonso
LN
Música de Intervenção (11)
Eu apoio a CDU!
E o Jerónimo de Sousa!
Porque É possivel um país melhor!!!
Poema "Somos Livres"
José Fanha
Somos Livres (Gaivota)
Ermelinda duarte
LN
Música de Intervenção (10)
Sérgio Godinho/Erva de Cheiro
LN
sábado, 26 de setembro de 2009
Música de Intervenção (9)
José Mário Branco /Sérgio Godinho
Charlatão = Sócrates e M.F.Leite
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (35)
Grande Comicio da CDU em Lisboa 24 Setembro
no Blog Cantigueiro
A Enchente, que ninguém quis mostrar
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (34)
Parece incrivel mas o candidato do PS a Primeiro-Ministro, o Eng. Sócrates, nestas eleições legislativas, está profundamente implicado nas investigações a um caso de tráfico de inflências , corrupção , favorecimento pessoal, entre outros crimes , O CASO FREEPORT, e os Portugueses Vão/(Não deviam) votar neste sr. candidato Sócrates, que parece não ter nada a ver com esse caso Freeport... ,
Parece que ninguém quer ou pode pedir explicações ao sr....?
Será Medo...???
PORQUE É QUE NINGUÉM Pergunta a este senhor candidato a primeiro-ministro de Portugal,
Sr. Sócrates;
" - Se os investigadores do Ministério Público ou da Polícia Judiciária encontrarem provas que o dinheiro pago para aprovação do empreendimento Freeport foi para pessoas ligadas ao PS, ou da família do sr. Sócrates, o Sr. PM Sócrates vai sair do governo e provocar eleições antecipadas, ou o PS vai propôr o número dois do futuro governo para assumir um novo governo, talvez o sr. José Lello???"
"- Será que, sendo o sr. Sócrates o próximo Primeiro-Ministro de Portugal, não irá a investigação ao caso Freeport parar e ser ARQUIVADA por motivos de inconveniencia para a imagem do PM Sócrates e do País, como foi muito bem sugerido pelo Magistrado Lopes da Mota , seu companheiro de Governo PS, como Secretário de Estado da Justiça, e que teve agora um pequeno incidente com um Processo Disciplinar?"
" - Será que o vai premiar (ao Magistrado Lopes da Mota) com um cargo tipo... Procurador Geral da República"
Sei lá, há tantas perguntas óbvias que ainda faltam responder,
talvez os milhões de votantes neste PS e neste sr. Sócrates possam saber as respostas a estas perguntas....
LN
eleições legislativas - Outros Blogs (2)
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
do Poema "José" de Carlos Drummond Andrade
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (33)
ouvir no endereço
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1371286
"José Lello e António Braga são acusados de negociar cargos em troca de financiamento partidário com o empresário Licínio Bastos, que chegou a estar detido no Brasil.
A acusação partiu do cabeça-de-lista socialista pelo círculo Fora da Europa nas legislativas de 2005, Aníbal Araújo, que também teve a sua campanha financiada por empresário que foi detido após a Operação Furacão que desmantelou a Máfia dos Bingos.
O deputado socialista e o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas diziam, em 2007, desconhecer se o empresário financiou o PS, contudo, em declarações à TSF, Aníbal Araújo afirmou que os dois socialistas negociaram directamente com Licínio Bastos.
Ouvido pela TSF no sábado, o ex-candidato socialista que, em 2007, afirmou não haver qualquer promiscuidade no processo, mas explicou agora que decidiu falar por causa da existência de «muito mentira que se diz e da reposição da verdade que não foi feita».
Aníbal Araújo revelou ainda o conteúdo de uma reunião que envolveu o empresário, José Lello e António Braga e onde se falou de assuntos relativos às Comunidades Portuguesas, mas também da «nomeação de Licínio Bastos para a parte das Águas de Portugal e para a Vivo».
O ex-cabeça-de-lista acusou José Lello de oferecer o consulado honorário em Cabo Frio, um lugar da administração da empresa de telecomunicações Vivo e o controlo da Águas de Portugal também em Cabo Frio e que foi alienada em finais de 2007. "
É isto o PS! o Secretário Geral do Partido Socialista para as relações internacionais - José Lello, a grande figura do PS. Ainda há pouco tempo este Socialista acusava Manuel Alegre de falta de caracter e que devia sair do PS.
Eles que têm o poder , eles que se entendam...
Mete dó viver num país com estes governantes!!!
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (32)
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (31)
seria honesto ao menos por desonestidade.
Sócrates (filósofo grego)
À HONESTIDADE aconteceu algo de parecido. A ponto de se considerar que uma pessoa honesta “é parva” e “não sabe da poda”. Abundam os lugares-comuns que revelam que a honestidade não é um valor com muita saída. Quem defende a honestidade é considerado “ingénuo”. De alguém que perde tempo a escrever sobre a necessidade da honestidade na vida pública se dirá simplesmente que perde tempo com “sermões”. De um honesto se garante que nunca será rico nem irá muito longe na política. Um comerciante que não ”mete a unha” é palerma. Um corretor de bolsa que não usa informação privilegiada e não manipula os concorrentes é um mau profissional. Um político que, antes das eleições, não esconde as dificuldades, para só as revelar depois de ganhar, é um “tonto” e deveria mudar de profissão. Um empresário que nada oculta aos trabalhadores é um “samaritano” sem “killer instinct”. Um estudante que copia ou plagia só merece condenação se for descoberto. Aliás, se for “apanhado”, a complacência é de rigor.
TEMPOS HOUVE em que se tolerava ou compreendia a desonestidade por necessidade. Um ladrão que roubava pão merecia compaixão. Hoje, tolera-se a desonestidade de quem quer ganhar. Mais: recomenda-se a desonestidade para vencer na vida, na profissão, na política ou nos negócios. O financeiro que compra acções e empresas, que obtém empréstimos colossais, que joga e especula, pode utilizar os métodos que quiser, desde que vença. Os grupos económicos que usam métodos estranhos para ganhar concursos e empregam ou compram políticos são exemplos de boa gestão. A um político, pergunta-se se ganhou as eleições, se vai alto nas sondagens e se liquidou os seus adversários, mas ninguém se interessa pelos métodos utilizados. O empresário que mente aos trabalhadores, esconde informações e foge com bens e mercadorias tem perdão, pelo menos não é punido. O universitário que mente nos concursos apenas comete uma pequena falha ou nem sequer. O futebolista que engana o árbitro, magoa o adversário ou mete a mão à bola é um herói, desde que ganhe. O autarca que “faz obra” e enriquece ao mesmo tempo é um “fazedor”. O político que mente em benefício próprio limita-se a usar as ferramentas do ofício.
NENHUMA das acusações ou suspeitas acima referidas está provada. Mas os mais visados defendem-se mal. Governantes e magistrados têm o dever de ajudar a população a compreender, mas fazem-no mal ou não o fazem. Comentadores e especialistas desdobram-se em desculpas e justificações, invocando a lei e o mercado. Mas a verdade é que nem aquela nem este se deveriam sobrepor à honestidade. Mas, infelizmente, a honestidade e a lei não casam bem no nosso país. Aposto que muito do que referi, em particular relativamente à Caixa, é legal. Mas não tenho a certeza de que seja honesto. Aliás, com os exemplos recentes da distinção entre corrupção para fins lícitos e para fins ilícitos, percebe-se bem que a honestidade não está protegida pela lei. Tanto não exijo. Como não quero ser ingénuo nem parvo, não espero que a lei promova a honestidade ou a virtude. Mas creio ser razoável que a lei proíba, condene e castigue a desonestidade, o favor e a corrupção. É o que não temos.
«Retrato da Semana» - António Barreto - «Público» de 8 de Março de 2009
LN
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (30)
OLHEMOS para as imagens na televisão e nos jornais. Visitemos algumas escolas. Ouçamos os professores. Conversemos com os pais. Falemos com os estudantes. Toda a gente está cansada. A ministra e os dirigentes do ministério também. Os responsáveis governamentais já só têm uma ideia em mente: persistir, mesmo que seja no erro, e esperar sofridamente pelas eleições. Os professores procuram soluções para a desmoralização. Uns pedem a reforma ou tentam mudar de profissão. Outros solicitam transferência para novas escolas, na esperança de que uma mudança qualquer engane a angústia. Há muitos professores para quem o início de um dia de aulas é um momento de pura ansiedade. Foram milhares de horas perdidas em reuniões. Quilómetros de caminho para as manifestações. Dias passados a preencher formulários absurdos. Foram semanas ocupadas a ler directivas e despachos redigidos por déspotas loucos. Pais inquietos, mas sem meios de intervenção, lêem todos os dias notícias sobre as escolas transformadas em terrenos de batalha. Há alunos que ameaçam ou agridem os professores. E há docentes que batem em alunos. Como existem estudantes que gravam ou fotografam as aulas para poderem denunciar o que lá se passa. O ministério fez tudo o que podia para virar a opinião pública contra os professores. Os administradores regionais de educação não distinguem as suas funções das dos informadores. As autarquias deixaram de se preocupar com as escolas dos seus munícipes porque são impotentes: não sabem e não têm meios. Todos estão exaustos. Todos sentem que o ano foi em grande parte perdido. Pior: todos sabem que a escola está, hoje, pior do que há um ano.
«Retrato da Semana» - António Barreto - «Público» de 24 de Maio de 2009
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (29)
Mais uma vez, a segunda ou terceira este ano, é anunciada a construção da ponte entre Chelas e o Barreiro. Vem juntar-se aos anúncios do aeroporto de Alcochete e do TGV, das Plataformas Tecnológicas, de uma mão-cheia de grandes hospitais e de mais um pacote de auto-estradas. O progresso material avança. Entretanto, ficaram para trás, entre outros, o Choque Tecnológico, as Novas Oportunidades e as Unidades de Saúde Familiar. Assim como, de acordo com a OCDE, o ensino superior. Anúncio que encheu o Governo de orgulho, com alguma razão, foi o do défice a 2,6 por cento, o mais baixo em décadas. Foi tão auspicioso, que serviu para esconder o fiasco do programa de diminuição de funcionários públicos, substituído agora por novo regime de reformas do Estado, favorável para os que querem sair mais cedo, contrariando assim o que tinha sido aprovado há menos de dois anos. Mas é verdade que o baixo défice, obtido, sem dúvida, a altos preços sociais, é um sinal positivo. Talvez o único, ou o principal, que este Governo nos deu. Não chega para diminuir impostos, nem para acelerar o investimento público, muito menos para aumentar vencimentos e benefícios sociais. Mas é um princípio. Se continuar a descer, se baixar para zero por cento dentro de dois anos, se traduzir constância nas políticas financeiras e económicas e se for o resultado de uma severidade sem demagogia, é caso para dizer que melhores tempos vêm aí. Um país e um Estado sem ou com poucas dívidas são condições de progresso. A estabilidade financeira e fiscal é uma protecção aos rendimentos das famílias e um factor de promoção do investimento.
Este resultado é, uma vez mais, uma boa notícia. Mas não autoriza o Governo a preparar as suas festas eleitorais, como já deu mostras de ser sua intenção com a redução de um por cento do IVA, medida dispendiosa para os agentes económicos, eventualmente inútil e seguramente perturbadora. Nesse sentido, pois que já entrámos em campanha que vai durar mais de um ano, todos os receios são fundados e legítimos. As últimas décadas deram numerosas lições que se não deveriam esquecer. Mal um governo obtém um indicador favorável (na inflação, no défice, no crescimento do PIB, na balança comercial) envolve-se de imediato em políticas demagógicas de aumentos, benefícios e facilidades. Em três décadas, nunca se conseguiu um período de cinco anos de crescimento, de estabilidade e de moderação. Para este desaire, houve, por vezes, causas externas, mas a maior parte delas foi por má gestão política e por demagogia eleitoral.
Hoje, quase todos os indicadores importantes são desfavoráveis. Além da crise europeia e americana que se desenha, assim como da alta dos preços dos alimentos, das matérias-primas e do petróleo, há sinais mais que suficientes para inquietação. O investimento, tanto interno como externo, caiu muito e os poucos novos projectos que o Governo anuncia com estrondo não chegam sequer para compensar as unidades que fecham, reduzem operações ou se "deslocalizam". O desemprego persiste a níveis exagerados. E a perda real de rendimento de muitas famílias mantém-se. Perante isto, já se percebeu a intenção fundamental do Governo: fazer obras públicas. Grandes projectos e grandes empreendimentos. Como, há tempos, dizia Miguel Beleza, o que o Governo quer é gastar. Gastar muito, gastar depressa, gastar o mais possível. Se a obra for cara, melhor ainda. Se a obra não for a melhor, a mais adequada, a mais útil, é indiferente. O que é preciso é gastar e, por arrasto, criar emprego. O que é necessário é trabalhar para a estatística. Nas obras, tanto como na educação ou na saúde.
Portugal continua atrasado. Não se deve evidentemente confundir atraso com estagnação ou ausência de mudança. Não. Portugal mudou muito. Esquecemo-nos é que os outros também e, agora, mais depressa. E nem queremos saber que os outros estão a mudar melhor. Nos países de Leste, por exemplo, a educação, o património e a vida nas cidades fazem a inveja dos portugueses. Estamos seguramente menos atrasados, relativamente aos países desenvolvidos, do que há quarenta anos. Mas entrámos, desde o princípio do século, num período de atraso crescente. O progresso da civilização material, regra primeira da governação portuguesa, é feito à custa do Estado e das obras públicas
É tudo o que parece fácil. Assina-se o cheque e pronto, já está. O construtor faz a obra, o ministro inaugura. A instrução fica para trás, a cultura também. A formação técnica e profissional é medíocre. O investimento das pequenas e médias empresas definha. O património degrada-se, as ruas das cidades igualmente. Perde-se a floresta e a água. A ciência avança ao retardador. Nas grandes metrópoles, a vida continua esquálida e desconfortável. A circulação automóvel agrava-se e o tempo perdido é cada vez maior. Mas faz-se obra. Constrói-se. É preciso dar nas vistas. Gastar o que custou a poupar. Dar emprego depressa, mesmo se mal e precariamente. Gastar o que vem da Europa. Fazer obra pesada.
Há quem diga que o que faz falta é o software. Isto é, inteligência política, sensibilidade, instrução, conhecimentos, experiência e sentido da responsabilidade. É bem possível. As origens deste nosso atraso recente podem ser mais fundas e mais antigas do que as aparentes causas contemporâneas.
A transformação dos dirigentes socialistas em empresários de sucesso (na banca, na energia e na construção) é apenas um epifenómeno. Mais do que uma causa, a vacuidade plastificada do primeiro-ministro é uma consequência deste atraso. Não é razoável considerá-los culpados do atraso, nem do antigo, nem do recente. Mas é possível responsabilizá-los por não fazerem o que devem. Ou fazerem o que não devem.
António Barreto (Público de 6 de Abril de 2008) (No Blog A ver o Mundo)
LN
Eleições legislativas - Outros Blogues(1)
Recordar o Futuro 1
Video Submarinos ao fundo/ Paulo Portas no Governo
Recordar o Futuro 2
Recordar o Futuro 3
Video Negocio CGD/Manuel Fino
LN
Transferência entre bancos comprados no comércio local a preço de feira
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (28)
"Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu Governo. O primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra a autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas. Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação? Acordo? Só se for medo…"
in Jornal "Público", Janeiro de 2008
LN
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (27)
(2009)
Mário Soares defende aumento da idade de reforma para além dos 65 anos (11/01/2006, Jornal de Negócios)
O aumento das desigualdades em Portugal e a redução das pensões de reforma e de aposentação que o governo(Sócrates) pretende efectuar (Eugénio Rosa, 02/2007)
Aumentar a idade da reforma tira trabalho aos mais novos (Jornal de Negócios, 07/2009)
Aprovado aumento da idade da reforma na função pública para os 65 anos (Governo Sócrates) (Público, 25/08/2005)
Não se esqueçam do que fez este governo de José Sócrates.
Vejam o que pode acontecer para combater o défice Público gigante de 2009...
Idade da Reforma aos 70 ou 75...???? Medidas à PS , os salvadores das contas públicas...
Portugal não merecia ter outra vez estes socialistas no poder... Novamente , os mesmos, as mesmas políticas de apertar o cinto, sempre os mesmos a pagar a crise e os buracos que nos deixam o governo anterior!!!
Que tristeza!!!
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (26)
O Fisco cobrou aos pensionistas, em 2007, mais 104 milhões de euros em IRS do quem 2006. Uma subida de 33,5%. Os dados divulgados pela Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) sobre as receitas de IRS cobradas em 2007 mostram que a taxa efectiva de tributação bruta sobre os rendimentos das pensões subiu de 4,1 (em 2006) para 4,9% em 2007. Um aumento de 20,4%, explicado pela diminuição da dedução específica que beneficiava todos os reformados e pensionistas.
edição de quarta-feira 23/09 , do jornal 'Correio da Manhã'.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (25)
O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) quer incentivar na campanha para as legislativas a discussão sobre energia nuclear, incitando os partidos a "dizer o que pensam sobre o assunto", afirmou Heloísa Apolónia, candidata à Assembleia por Setúbal. A candidata às autárquicas, parte da lista da CDU, que agrega PCP e PEV, falava na apresentação à imprensa do documento "Oito razões para votar verde", decorrida esta tarde em Lisboa.
NUCLEAR NÃO!
LN
Suspeitas, Escutas, Fantasmas, jornalismo, investigações
José Manuel Fernandes
O caso das escutas visto por dentro.
Ler Editorial: O caso das suspeitas de Belém não acabou ontem
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (24)
Hoje parece que houve uma conspiração contra Sócrates na Presidência da República.
Acredite quem quiser.
Acredite quem quiser que a imprensa livre serve interesses obscuros e inventa este tipo de histórias.
Acredite quem quiser que a imprensa está a ser manipulada para fazer uma campanha contra o PS.
Será que na próxima legislatura do PS vamos ter uma imprensa como a da Madeira, que é toda controlada pelo governo??
Acredite quem quiser que o PS e Sócrates estão a fazer figuras de anjinhos nesta história.
Que não têm nada a ver com esta embrulhada que têm com o Presidente Cavaco.
Nenhuma parte fica nada bem na história que envergonha as nossas instituições.
LN
Relembrar José Dias Coelho
José Afonso canta "A morte saiu à rua" canção dedicada ao pintor José Dias Coelho, militante comunista assassinado à porta de sua casa pela PIDE.
Associação José Afonso AJA
É isto que me interessa Asdrúbal.
José Dias Coelho - Um artista revolucionário
Um exemplo sempre presente na luta que continua
O desenho na obra de José Dias Coelho
José Dias Coelho no Museu do Neo-Realismo
José Dias Coelho (1923-1961)
LN
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (23)
Parece que o sr. Mário Soares quer abrir as portas a uma coligação com o BE (tal como o Manuel Alegre)
E que forma tão sensibilizante tem o sr. de o dizer. Deixo aqui as suas palavras de profunda admiração pelo Bloco de Esquerda
"Comentando o cenário de um eventual entendimento pós eleitoral entre o Bloco de Esquerda e o PS, o antigo ex-chefe de Estado defendeu que "esse tipo de coisas vêem-se à posteriori e não antes".
"Essa possibilidade [entendimento com o Bloco de Esquerda] não agrada nem deixa de agradar, mas não me repugna nada", acrescentou."
Que felizes devem estar os bloquistas que também gostavam de se coligar (ou viabilizar um governo) com o PS com estas palavras!!!
O sr. Mário Soares (e o PS) têm um longo historial de fazer coligações e acordos políticos para chegar ao poder e governar Portugal.
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (22)
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (21)
Campanha da CDU muito participada, com grandes enchentes para ouvir Jerónimo de Sousa
" É hora de vencer hesitações, de não deixar nas mãos de outros uma decisão que pesará na vida e no futuro de cada um e de todos, de optar pela CDU e por uma vida melhor.
Trinta e três anos de política de direita são prova bastante para exigir uma mudança e uma ruptura com esta política.
Uma política alimentada na falsa ideia de uma alternância, reduzida a uma falsa escolha entre quase iguais, sempre prontos a disputar o voto em nome de uma mudança destinada a deixar tudo na mesma. Uma diferença alimentada em casos de “lana caprina” que à falta de melhor lá vai dando para disfarçar tanta identidade no que é essencial.
Honório Novo, primeiro candidato da CDU pelo distrito do Porto, acusou PS e PSD de mais parecerem irmãos siameses. «Querem parecer diferentes , queimam páginas de jornais a dizer que são diferentes, mas a verdade é que, nas políticas fundamentais de que têm sido executantes ao longo de mais de trinta anos são muito idênticos.»
Para além do Código do Trabalho e dos «cortes sucessivos no investimento público no distrito», os dois partidos são iguais também na tão falada «asfixia democrática, isto é, na tentativa de condicionar e limitar direitos e garantias constitucionais». E exemplificou: em várias escolas do distrito do Porto, a polícia quis saber quantos e quais eram os professores que se iriam manifestar; também no Porto, a mando da então governadora civil (e actual candidata do PS) Isabel Oneto, vários jovens, alguns menores, foram impedidos de se manifestarem e levados a juízo, «como se de criminosos se tratassem»; foi também no distrito, por ordem da mesma governante, que se tentaram «impedir manifestações sindicais, condicionar e limitar movimentações de trabalhadores, se identificaram e levaram a tribunal os seus dirigentes pelo simples facto de defenderem e exercerem o direito constitucional de manifestação».
Para Honório Novo, quem falar de limitações aos direitos e liberdades sem falar do que se passa nas empresas «é porque quer esconder a falta de liberdade da acção sindical, o condicionamento e pressão que existe sobre os trabalhadores, as ameaças e os despedimentos de quem exerce ou quer exercer livremente os direitos sindicais, é porque quer esconder o inaceitável clima antidemocrático que atinge milhares e milhares de trabalhadores no interior de muitas empresas e que prossegue com a total complacência e cumplicidade do Governo do engenheiro Sócrates».
E a CDU tem todo o meu apoio nestas eleições legislativas!
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (20)
O Grande Silêncio
" Tudo se está a passar como se as duas grandes superfícies políticas tivessem um Estado-Maior conjunto cuja missão fosse convencer os portugueses da inevitabilidade fatal de eleger um deles. E não tem que ser necessariamente assim. Há ética para além do que Maquiavel diz, mais liberdade do que o politicamente correcto martelado à custa de censura e mais possibilidades do que escolher o voto meramente entre BPN e Freeport. A coligação de interesses do Bloco Central já nos fez chegar à grande crise mundial com desvios nos indicadores de desenvolvimento que prenunciam um futuro sombrio. Portugal precisa de revolucionar as escolhas políticas. Não é a votar repetida e clubisticamente que nos assumimos como povo e como Estado. Juntos, PS e PSD, estão a asfixiar o que nos resta de democracia e parece que já nem notamos que nos está a faltar o ar."
Mário Crespo, Jornal de Noticias
LN
domingo, 20 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (19)
Mas quem é que vai votar nestes tipos do PS????
Não têm vergonha????
No Diário de Notícias de 19/09/2009
"Presidente da República aconselhado a pedir uma investigação À PGR"
"Pinto Monteiro admite abrir inquerito e quer maior controlo das escutas"
"José Sócrates "O meu dever é concentrar-me na campanha. Li a noticia com muita surpresa mas acho que esta matéria pode esperar"
??Pode esperar??
Jornal i-online
"Serviços de informação realizaram buscas em Belém"
"Procuradoria admite pela primeira vez investigar alegadas escutas a Cavaco"
No Correio da Manhã
"Secretas limpam gabinetes de Belém"
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (18)
Dedicado ao Eng. José Sócrates
A letra do tema Sem eira nem beira
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou-bem
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar/Despedir
E ainda se ficam a rir
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir/Encontrar
Mais força para lutar...
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar/A enganar
o povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...
(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
Luis Neves
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (17)
Manuel António Pina, 2009-09-11
Na "Ode ao ar" do início das "Odes elementales" que dedica às coisas simples, Neruda dirige-se assim ao "incansável" ar: "Monarca ou camarada,/ fio, coroa ou ave,/ não sei quem és, mas/ uma coisa te peço, não te vendas./A água vendeu-se/ e dos canos,/ no deserto,/ vi/ extinguirem-se as gotas/ e o mundo pobre, o povo/ caminhar sequioso/ cambaleando na areia".
A privatização, isto é, a entrega ao critério do lucro, de bens essenciais não é coisa que possa ser tratada como mais uma trica eleitoral e, feita a denúncia, não pode ser ignorada pelos partidos que se propõem ser governo.
É, pois, fundamental que tanto o PS como o PSD respondam à acusação do BE de que estará em curso um projecto de entrega da água que bebemos à cobiça privada. Sendo de procura quase inelástica, a água é um negócio altamente apetecível e, porque ninguém pode viver sem água, uma responsabilidade social elementar de que o Estado não pode demitir-se.
Se há assunto em que qualquer partido deve ser absolutamente transparente é o das suas intenções nesta matéria. E nem o PS nem o PSD o são, o que legitima todas as suspeitas.
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (16)
Líder do PCP acredita que o SIS está envolvido no caso que o Diário de Notícias avançou hoje.
Expresso on-line
Jerónimo de Sousa acredita que há mão dos serviços secretos na notícia hoje publicada pelo DN sobre a alegada queixa do serviços do Presidente da República de estarem a ser escutados: "Num quadro eleitoral, de vez em quando lá se solta uma informação onde se nota que o maior perigo é a governamentalização dos Serviços Secretos."
Para o líder do PCP o "lamentável é o estado em que o PS e PSD deixaram chegar os serviços secretos". Jerónimo acredita haver mão do Governo nesta fuga de informação e que isso não o surprende: "Não me surpreende que o PS esteja a fazer isto porque o PSD já fez o mesmo. E na perspectiva da veracidade daquelas notícias, obviamente que é um processo que exige investigação". O secretário-geral do PCP defende para o SIS um controlo democrático.
Muito bom este governo do PS quanto a questões de Segurança Interna...
Parece que estão a utilizar o SIS para expiar e recolher informações sobre a Presidência da República. Muito bem, muita imaginação deste governo Socialista de Sócrates...
Nem a PIDE se deve ter lembrado de tal engenho e arte...
Muito democráticos estes socialistas!!...
Não me admirava nada que o próximo governo do PS e do eng. Sócrates se prepare para
Interditar sindicatos (os dos Professores e os da CGTP),
Nacionalizar a TVI e pôr a presidente o ministro Santos Silva,
Procesar e Retirar a Carteira Profissional a todos os Jornais e jornalistas que investiguem os altos dirigentes do PS , em casos como o processo "Casa Pia" de Jaime Gama , Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso, no caso "Freeport" de José Sócrates, no caso dos "Contentores de Alcantara" de Jorge Coelho.
Tudo a Bem da Nação, Viva Sócrates Viva
Luis Neves
E o Povo pá????
E o Povo pá!
Pelas sondagens publicadas , parece que o Povo está contente com o que tem à 35 anos, e vai dar de novo ao PS a vitória nas legislativas.
Estou mesmo desanimado com o nosso Povo pá!
Mas quem é que vai votar neste PS????
Mas não sabem o que estes senhores andaram a fazer nos últimos anos neste país???
LN
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (15)
Jornada
Fernando Lopes Graça/ José Gomes Ferreira
Não fiques para trás oh companheiro
É de aço esta fúria que nos leva
Para não te perderes no nevoeiro
Segue os nossos corações na treva.
Refrão
Vozes ao alto, vozes ao alto
Unidos como os dedos da mão
Havemos de chegar ao fim da estrada
Ao sol desta canção.
Aqueles que se percam no caminho
Que importa? Chegarão no nosso brado
Porque nenhum de nós anda sózinho
E até mortos vão a nosso lado.
Refrão
LN
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (14)
Mas a crítica tem outra vertente, que não é pejorativa. Limita-se a dizer que, à medida que os trabalhadores vão sendo classe média , o PC perde espaço ou transforma-se...
Jerónimo de Sousa (JS)- Para nós é um problema histórico: as classes não terminam. As classes continuam a existir, continuam a estar na ordem do dia, naturalmente havendo evoluções e mutações , no mundo do trabalho... Desde há muito tempo, por exemplo , que transportávamos para as fileiras do partido os trabalhadores e os operários mais qualificados, que eram reconhecidos nos seus locais de trabalho como as pessoas mais sérias e, profissionalmente , mais destacadas . Portanto, ao contrário do que muita gente pensa , não fazemos contestação por contestação, nem com base nos menos instruídos...
E podemos também referir a proximidade do partido a grupos de intelectuais e universitários, que é caracteristica...
JS - Sim, certo, é isso. Intelectuais, quadros técnicos, profissionais, universitários...
Falando da ligação aos intelectuais. Esta conversa é na vossa sede de Lisboa, na Soeiro Pereira Gomes. Para quem não saiba , é o nome de um dos expoentes do nosso neorealismo. Você teve contacto com a obra dele? Ou teve de ter?
JS - A minha freguesia está perto do cenário onde Soeiro Pereira Gomes escreveu, por exemplo, os Esteiros. Sou de Santa Iria da Azóia e sempre sofri a influência , política, cultural e social , dessa corrente, podemos assim dizer, que vem de Santarém e Vila Franca. Comecei muito cedo na fábrica, tinha 14 anos. Havia ali uma geração de operários com uma grande dimensão cultural, pessoas interessadas , autodidactas. E lembro-me de que os primeiros livros que o "mestre", portanto o soldador, me perguntava se eu gostava de ler - e eu gostava mesmo de ler - eram, de facto, do Soeiro. Marcaram a minha juventude.
Você vem de uma família comunista ou é o primeiro?
JS - A minha família não era comunista.
Mas era politizada?
JS - Não. Quer dizer, tinha consciência da exploração, mas não era...
Mas você cresceu muito cedo no meio operário.
JS - Sim. Entrei para a fábrica aos 14 anos. E acho que tive a primeira aula de marxismo quando um operário mais velho me perguntou quanto ganhava."Dez escudos" disse-lhe. "Estás a ver a exploração? O teu trabalho vale 50 escudos, pelo menos."
Era a mais-valia.
JS - Era a mais-valia, o lucro do patrão...
Mas você disse, na Festa do Avante, que o PCP não é contra o lucro, mas apenas contra o lucro ilícito... Ora o lucro é a mais-valia...
JS - Acho que disse "lucro abissal"...
Disse ilícito.
JS - Ouça , nós não queremos empresas descapitalizadas , nem operários sem meios ou estatuto. O que não queremos é que o lucro cresça de uma forma obscena...
Quer dizer , sem regressar à sociedade, e beneficiar a mesma...
JS - Sim, quando o lucro é excessivo e significa apenas o triunfo do monopólio e do seu dono...
Olhando para as condições de trabalho, diria que os trabalhadores, nas fábricas que visita, possuem hoje uma condição mais humana?
JS - É tudo muito diferente. As grandes unidades operárias foram praticamente destruídas (falo da Quimigal, da Siderurgia Nacional, dos Mármores). Dezenas de milhares de operários, conscientes e avançados , assistiram ao desmantelamento do aparelho produtivo nacional. Entre o milhão e 200 mil trabalhadores de hoje, há uma tentativa de imposição de "valores" como o egoismo, o individualismo, o salve-se quem puder. Depois há a juventude , fustigada pelo desemprego e outros problemas sociais. É uma geração que já não teve de lutar pelos seus direitos e que assiste à sua sonegação, por exemplo no plano legislativo...
Está a dizer-me que o operariado se tornou mais macio, mais disciplinado...
JS - É uma classe operária que , em termos de evolução da própria consciencia, é, nalguns pontos, talvez mais despolitizada. Mas a gente de hoje cresce e aprende mais depressa. Na minha infância, eu sabia que, fazendo o ensino básico, independentemente do grau de inteligência e capacidade , tinha um destino implacável , que era trabalhar na fábrica.
O PCP foi criado noutro mundo, com outras realidades, há quase um século. Imagino que as mudanças os tenham ... mudado. Sobre a propriedade privada, por exemplo: discutem hoje a sua aceitação ou só reconhecem , verdadeiramente, a propriedade pessoal (a camisa , a casa, os bens de sobrevivência)...?
JS - Discutimos, sim. Nas bases do nosso programa definimos o que queremos. Claro que o objectivo histórico é a sociedade socialista...
Mas como sociedade onde todos são proprietários ou nenhum é?
JS - Nós temos um projecto de fundo, que olhamos como objectivo histórico, e que é a construção, como disse, de uma sociedade socialista. Mas , em termos programáticos , achamos que o instrumento para isso é o que chamamos "democracia avançada no limiar do século XXI": regime de liberdades indissociáveis (política, económica, cultural, social, e nacional) e uma democracia que deve permitir o pluralismo partidário e tem como valor intrínseco a liberdade. No plano económico, consideramos três sectores fundamentais: público, privado e cooperativo, obviamente com a valorização e o apoio às micro e médias empresas e o combate aos monopólios. No plano cultural, queremos a formação integral do indivíduo. E a afirmação também da soberania nacional, económica, de um Portugal independente. Queremos, nesse aspecto, a cooperação com todos os povos e países do mundo. Temos assim, simultaneamente , uma dimensão patriótica e internacionalista.
Quando me fala do vosso programa, não me parece surpreendente, nem muito diferente do elenco da Constituição da República Portuguesa de 76. O que é mais "avançado"? A Constituição ou o programa do PCP?
JS - Obviamente , o programa do Partido Comunista Português. Mais avançado , tendo em conta os nossos projectos de alteração, de revisão, de manutenção constitucionais e, fundamentalmente , numa coisa: na sua efectivação.
Solidariedade internacionalista... Durante muito tempo, o PCP era olhado como tendo um modelo internacional conhecido. Hoje você revê-se totalmente nalgumas experiência estrangeira? Há, por assim dizer, um modelo estrangeiro perfeito e aplicável em Portugal?
JS - Não, claro que não. Apreciamos várias formas de construção do socialismo, somos solidários com muitas experiências, mas temos também diferenças e divergências com elas. Não há modelos perfeitos lá fora ou que se apliquem aqui ao PCP. Por outro lado, deixe-me dizer que o partido sempre esteve embrenhado nas raízes nacionais, durante as duras lutas que travou. Talvez a chave do segredo do partido seja esta ligação profunda com o povo português e uma experiência própria de um grande colectivo partidário.
Unidos como os dedos da mão...
JS - Se quiser, Se quiser...
LN
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Novos livros a sair na editora Antigona
Título: O SANTO CONDESTÁVEL – ALEGAÇÕES DO CARDEAL DIABO (ensaio)
Autor: Tomás da Fonseca
A Antígona inicia, com este título, a edição das obras de Tomás da Fonseca (1877-1968), famoso iconoclasta, que viu alguns dos seus livros proibidos durante o Estado Novo. Autor de uma vasta obra, nenhum dos seus títulos foi editado nos últimos cinquenta anos.
O Santo Condestável – Alegações do Cardeal Diabo reproduz uma conferência realizada na Universidade Livre de Coimbra, em 1932, de onde o autor foi obrigado a sair escoltado, não tendo terminado a sua comunicação.
Num ano (2009) em que Nun’Álvares foi oficialmente canonizado, fica o eco das palavras de Tomás da Fonseca: «Nossa Senhora terá vergonha de ter ao seu lado um militar-santo com as mãos sujas de sangue.»
Título: NA COVA DOS LEÕES (ensaio)
Autor: Tomás da Fonseca
Na Cova dos Leões, o livro mais anticlerical de sempre, que desmonta e denuncia a grande e espectacular mentira de Fátima, humilhando a Igreja e a padralhada em geral.
No Blog De Rerum Natura
Aqui está um livro que tem muitos laços com o Blog Sobretudo, e que tenho muito prazer em patriocinar. :) LN
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (13)
Ver Video no site da Sábado
http://www.sabado.pt//Pessoas_V2/Entrevista-Dura/Jeronimo-de-Sousa/Jeronimo-de-Sousa.aspx
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (12)
LIBERDADE - Sérgio Godinho
Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
625 mil desempregados em Julho de 2009!!!
Mais de 10% de população no desemprego!!!
Onde está a Liberdade? Que Libedade é esta?
" uma taxa 6,9% de DESEMPREGO é a Marca de uma governação Falhada", José Sócrates, 2005
Pois é sr. engenheiro Sócrates
LN
Arredondar os números
" Há dias, estava eu a assistir à minha "missa das 22 horas" [i.e., a Edição da Noite com a inefável Ana Lourenço], quando ouço numa das peças o secretário de Estado da Saúde referir-se ao facto de que Governo cumprira o objectivo de baixar a MEDIANA do tempo de espera. "Mediana?" Disse-o para mim. De todas as médias, a mediana não é com certeza a mais utilizada. Conhecendo um pouco de estatística e bastante a arte de bem jogar com os números por parte de algumas pessoas, atrevi-me escrever este ensaio sobre a arte de bem usar a estatística por parte da classe política. "
Poema , Jorge de Sena
Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de nascido nela.
Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.
Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço. És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não.
Araraquara, 6/12/1961,
do Capítulo "Tempo de Peregrinatio ad loca infecta" (1959-1969) do livro "40 Anos de Servidão", 2ª edição revista, Círculo de Poesia da Moraes Editores, 1982
Jorge de Sena
no Blog De Rerum Natura
LN
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (11)
"Defendemos um sistema fiscal mais justo na redistribuição da riqueza; uma política social sustentada na valorização do trabalho e também na oferta de serviços públicos, que garantam com qualidade as necessidades das populações; a valorização das políticas ambientais e de preservação do património natural como componente determinante para a dinamização de actividades económicas sustentáveis." Este é , em traços gerais , o manifesto eleitoral do Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) que concorre às Legislativas integrando, em conjunto com o PCP, a Coligação Democrática Unitária (CDU). A 27 de Setembro, Heloisa Apolónia espera conquistar o voto dos eleitores, como forma de reconhecimento pela "seriedade, a lealdade e o empenho" que caracterizou o trabalho do PEV no Parlamento.
A intervenção, em Julho último, na Assembleia da República, aquando do Debate da Nação, foi reveladora do quão incisivo é o espirito da deputada. Dirigindo-se ao Primeiro-Ministro atirou a matar:"O senhor mente descaradamente ao País!". Numa sessão parlamentar pautada por um sem número de peripécias políticas, as declarações da deputada do PEV soaram assim, claramente, sem pruridos ou falhas de semântica. "Tenho consciência que é uma expressão forte, mas depois de quatro anos e meio a ouvir anúncios de medidas que se revelaram 'flops';
Há muito que a deputada trocou a advocacia pela política. Sem arrependimentos. Em Setúbal, círculo pelo qual foi eleita, tem desenvolvido uma estratégia séria de intervenção social em prol da defesa ambiental, chamando 'à pedra' promessas eleitorais por cumprir.
"Ao longo da legislatura, o ministro do Ambiente demonstrou que a politica do ambiente não é uma prioridade, revelando que esta só serve para gerar negócio - veja-se a co-incineração, a privatização da água, o aeroporto ou a nova travessia do Tejo. Chateia a forma como o Governo tenta fazer passar certas medidas como se fossem preocupações ambientais, quando elas servem apenas para gerar negociatas!
Heloisa Apolónia interessou-se muito cedo pelos aspectos ambientais, intensificando a sua participação política no município da Moita, onde cumpriu dois mandatos antes de se candidatar à Assembleia da República, integrada nas listas da CDU.
Agora, em véspera de eleições, pretende seduzir o eleitorado com as propostas do PEV. "O que está em causa nestas Legislativas é dar mais força aos que trabalharam, propuseram e levantaram sempre a voz em benefício da justiça e da qualidade de vida das populações. As pessoas precisam de saber que não estamos a eleger nenhum Primeiro-Ministro, mas 230 deputados à Assembleia da República e que a sua distribuição fará toda a diferença na próxima Legislatura. A opção não está entre escolher PS ou PSD. Isso é tudo mais do mesmo."
Eleições legislativas - VOTAR à ESQUERDA! (10)
P - O Bloco de Esquerda (BE) ambiciona assumir responsabilidades governativas. Quer chegar a Primeiro-ministro, é isso?
P - Reconhece, no entanto, que o Bloco de Esquerda não está em condições de garantir sozinho uma maioria de esquerda?...
Francisco Louçã - O BE teve 11% nas últimas eleições. Como tal , o nosso caminho é longo no sentido de criar uma nova política e uma nova consciência. Estamos num momento de crise que é revelador das dificuldades de um país com dois milhões de pobres, onde há 400 mil jovens a trabalho temporário, em que há mais de um milhão de trabalhadores precários. Esta desagregação social que Portugal sofre no contexto da recessão acentua a necessidade de alternativas. O BE concentra-se em dar respostas de justiça na economia, por isso é que a nossa intervenção pode conduzir a uma transformação rápida das condições da política.
P - Se a 'rivalidade' política é com o PS e com o PSD, a coligação com Jerónimo de Sousa e com o PCP é então para avançar?
Francisco Louçã - Não falámos em nenhuma coligação com o Partido Comunista, embora hajam pontos em que temos convergências políticas. A criação de uma nova maioria implica a mobilização de toda a esquerda portuguesa. Para o futuro é preciso juntar forças a partir das quais, em nome de valores essenciais da luta pela justiça social, estejamos dispostos a criar uma politica que acentue essas prioridades e uma economia com responsabilidade.
P - Pretende-se transmitir a ideia de que a esquerda está finalmente unida?
Francisco Louçã - Não. Não está! Mas tinha de estar. O PROBLEMA É QUE O PS ROMPEU TODOS OS COMPROMISSOS QUE TINHA COM UMA POLÍTICA DE ESQUERDA SOCIALMENTE CONSISTENTE. O resultado da reforma da Segurança Social de José Sócrates, que aumenta a idade da reforma diminuindo o valor da mesma; o Código do Trabalho; o ataque à Educação. Ou seja: no que respeita aos serviços públicos essenciais da democracia o PS falhou sempre. É por isso que tantos eleitores socialistas exigem hoje uma politica consistente para a esquerda e é isso que dá força ao BE. E vai ser precisamente aí que se vão decidir estas eleições.
P - Em suma, o que realmente interessa ao BE é impedir a reelição do PS?
Francisco Louçã - Queremos combater um situacionismo que tem degradado o País. A causa disso é a forma como tanto PS como PSD, e também o CDS, governaram ao longo destes últimos anos. O nosso objectivo é afirmar um programa alternativo de politica económica que seja consistente, realizável, praticável e que responda às dificuldades para todos os eleitores, em particular aqueles que deram a maioria absoluta ao Partido Socialista, há quatro anos e meio, e mostrar que há alternativas a uma economia em queda livre. É PRECISO APROXIMAR AS CORES DA ESQUERDA de todas as pessoas que sejam COERENTES COM OS VALORES ESSENCIAIS DA Justiça Social e Económica. Portugal tem sido governado por uma elite que conduziu o País a um 'pântano' social e económico e, como tal, é preciso uma nova governação e uma política de democracia, de transparência e de responsabilidade social que dê uma resposta directa às desigualdades e a todo este colapso social. O BE já começou o processo de criação de uma grande maioria de esquerda para responder aos problemas do País. Queremos uma transformação na política e sabemos que tem de ser profundíssima.
P - Classifica o programa do PS como 'manhoso'. Um programa que os socialistas dizem ser "de ambição para o futuro do País"...
Francisco Louçã - É manhoso porque não está lá tudo. Acho que há um programa secreto do Partido Socialista. O PS prevê a continuação da privatização de uma parte da GALP, da EDP, das Águas de Portugal. Tudo isso está previsto para os próximos anos de mandato, mas não consta do programa eleitoral. É secreto. O que é gravíssimo!
Mas falamos de um partido que já mentiu no passado, a propósito do referendo sobre o Tratado de Lisboa e que mentiu sobre o aumento dos impostos. O PSD já antes o tinha feito, o CDS também. A rotina das políticas sociais mais agressivas vai-se instalando através de programas que não dizem claramente o que pretendem.
Muita pena que só agora em vésperas de eleições é que o Francisco Louçã se tenha lembrado que é necessário uma união das forças de esquerda, para se fazer uma forte oposição aos partidos de centro e direita (PS e PSD).
LN